"A distinção entre religião e política é uma conquista específica da cristandade e é uma de suas contribuições históricas e culturais fundamentais". Foi o que disse o Santo Padre o Papa Bento XVI, ao receber em audiência, hoje, 27, a nova embaixadora das Filipinas junto à Santa Sé, Cristina Castañer-Ponce Enrile, para a entrega de suas credenciais."A Igreja está convencida de que Estado e Igreja são chamados a amparar-se reciprocamente, para servir juntos, ao bem-estar pessoal e social de todos", afirmou o Papa.Bento XVI aproveitou a ocasião de receber em audiência a diplomata filipina, para reafirmar que "a harmoniosa cooperação entre Igreja e Estado exige que os líderes eclesiais e civis desempenhem seus deveres públicos com constante preocupação pelo bem comum. Cultivando um espírito de honestidade e imparcialidade, e mantendo no horizonte a finalidade da justiça, os líderes eclesiais e civis conquistam a confiança do povo e aumentam o senso de responsabilidade compartilhada entre todos os cidadãos, na promoção da civilização do amor", explicou o Pontífice."Todos deveriam ser movidos pelo desejode servir, ao invés de buscar interesses pessoais", sublinhou ainda, o Santo Padre, "ou de procurar beneficiar alguns poucos privilegiados. Além disso", observou, "os cidadãos deveriam fortalecer as instituições públicas, tutelando a corrupção da parcialidade e do elitismo". A tal propósito, o pontífice louvou as diversas iniciativas da sociedade filipina, voltadas a proteger os mais fracos, especialmente os nascituros, os doentes e os idosos. A seguir, pediu que o Governo de Manila tivesse particular solicitude para com os trabalhadores imigrados, "a fim de que sejam respeitados seus direitos e sejam integrados na sociedade, facilitando a possibilidade de que suas famílias possam reunir-se a eles". O Papa fez votos de "que a reforma agrária aprovada nas Filipinas, com o objetivo de melhorar as condições dos pobres, possa trazer o tão desejado desenvolvimento econômico e a expansão nos mercados internacionais, e expressou seus mais ardentes auspícios de que tais benefícios possam sem compartilhados pelas populações rurais"."É encorajador", concluiu Bento XVI, dirigindo-se à nova embaixadora das Filipinas junto à Santa Sé, "ver que sua nação continua a participar ativamente, de fóruns internacionais em favor do progresso da paz, da solidariedade humana e do diálogo inter-religioso, objetivos nobres que estão intimamente ligados ao desenvolvimento humano e à reforma social". Conteúdo acessível também pelo iPhone - iphone.cancaonova.com
Da Redação da Canção Nova Notícias, com Rádio Vaticano
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