Representantes das conferências episcopais das Igrejas Lusófonas estão em Macau para refletir questões sociais à luz da globalização.
A diocese de Macau, China, é sede do VIII Encontro das Conferências Episcopais das Igrejas Lusófonas, que acontece desde o dia 24 de setembro, e aborda o tema “As questões sociais à luz da globalização”.
O encontro reúne onze bispos de nove países, sendo dois brasileiros: o vice-presidente da CNBB e arcebispo de Manaus (AM), dom Luiz Soares Vieira, e o responsável pela Pastoral Afro-Brasileira e bispo de Paranaguá, dom João Alves dos Santos. Estão presentes os bispos da Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, Timor Leste e Macau.
A abertura do encontro foi presidida pelo bispo de Macau, dom José Lai, que deu as boas-vindas aos participantes. Além disso, houve a apresentação dos delegados de cada Igreja, bem como a partilha de experiências.
Os bispos falaram sobre os problemas e desafios que vivem suas respectivas igrejas, assim como sobre linhas de orientação pastoral que estão sendo trabalhadas.
Entre os desafios foi citada a concentração de multidões de pessoas nas grandes cidades, o que exige da Igreja mais agentes evangelizadores e uma atenta análise dos múltiplos e complexos problemas com que seus fiéis se confrontam, sobretudo, os mais pobres, as vítimas de guerras, da corrupção, de injustiças e de gravíssimas situações no âmbito da saúde e da educação.
Outro assunto em pauta refere-se à forma como é conduzida na Europa a questão da imigração. Os bispos das Igrejas Lusófonas solicitaram à Conferência Episcopal de Portugal para que encontre formas de fazer chegar aos governos europeus a indignação destas igrejas quanto à maneira desumana de tratamento aos imigrantes.
Os bispos trataram ainda da situação do Timor Leste, especialmente do atentado ao presidente da república daquele país, e das eleições em Angola.
Os dois primeiros dias do encontro foram marcados pelo diálogo participativo sobre vários os problemas identificados por meio das partilha de experiências vividas pelos países de Igrejas Lusófonas. O encontro prossegue até sábado, 27.
CNBB
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