Os assessores da CNBB participaram, na última terça-feira, 24, do Fórum sobre Desenvolvimento Regional, Governança Social e Educação Popular.
O evento foi transmitido por meio de uma vídeo-conferência a diversos lugares no Brasil e no exterior: Brasília, Ceará, Minas Gerais, Piauí, Maranhão, Amazonas, São Paulo, Alemanha, Estados Unidos e Cabo Verde.
Por meio da vídeo-conferência, os assessores puderam acompanhar parte do Fórum, promovido pelo Movimento de Educação de Base (MEB) e pelo Governo de Minas Gerais, através da Secretaria de Estado para o Desenvolvimento dos Vales do Jequitinhonha, Mucuri, São Mateus e Norte de Minas e do Instituto de Desenvolvimento do Norte e Nordeste de Minas Gerais (Sedvan/Idene).
O Fórum propôs uma reflexão e debate sobre o desenvolvimento regional, bem como sobre as estratégias de governança social aliadas à educação de base, ou seja, foram analisadas as ações desenvolvidas pelo sistema Sedvan/Idene e pelo MEB, sobretudo, as implementadas pelo Programa Cidadão Nota 10 no Vale do Jequitinhonha, Vale do Mucuri e Norte de Minas, assim como pela Secretaria de Educação do Estado do Piauí. O Programa Cidadão Nota 10 é uma política pública de controle e combate aos altos índices de analfabetismo no norte de Minas. Compreende 188 municípios que compõem a região.
O Fórum contou com a participação de especialistas que fizeram uma análise crítica das estratégias de governança social e de executores dos programas que falaram sobre os ganhos e os resultados da proposta de trabalho, realizada conjuntamente pelas instituições.
Durante o Fórum, foram apresentados os vídeos do Programa Cidadão Nota 10 e Palavras, temas e sua relação com o cotidiano: o Norte e o Nordeste em questão. Depois ocorreram os seguintes debates e exposições: A vivência a partir do Cidadão Nota 10; A experiência do Governo do Piauí; Governança Social e Educação Popular: traçando perspectivas.
Para o secretário executivo do MEB, padre Virgílio Leite Uchoa, o fórum foi uma tentativa de fazer uma avaliação do significado da educação popular. Também serviu para trocar informações, por meio da interatividade. Segundo o presbítero, mais de mil pessoas do Brasil e exterior acompanharam o evento por meio da vídeo-conferência. “A tecnologia facilita fazer uma capacitação ou treinamento de pessoas através do instrumento (vídeo-conferência)”. Além disso, especificamente no segundo dia de encontro, o MEB realizou uma reunião interna, também por meio da vídeo-conferência, durante a qual foram avaliadas a identidade, estratégias e maneira de agir do movimento.
Histórico
O MEB foi criado em março de 1961. É constituído como sociedade civil, de direito privado, sem fins lucrativos. Possui sede e foro no Distrito Federal. Trata-se de um organismo vinculado à CNBB, que tem como missão a promoção integral, humana e cristã de jovens e adultos, por meio do desenvolvimento de programas de educação popular e da metodologia Ver, Julgar e Agir.
De acordo com o assessor da CNBB, do Mutirão para a Superação da Miséria e da Fome, padre Nelito Dornelas, o movimento sempre usou a tecnologia de ponta para a educação de base. Nos anos 60, o rádio era a tecnologia usada pelo MEB, que fez parcerias com o governo, que comprava o rádio e doava para a comunidade. “Hoje, o movimento ainda existe com sua metodologia. O sucesso dessa metodologia se dá porque os próprios agentes do MEB produzem o material, que consegue chegar aonde o governo não chega. Só no norte de Minas, o MEB tem 200 mil alunos e alfabetizou 80 mil. Assim como no passado, o MEB continua a usar a tecnologia na educação de base”, acrescentou padre Nelito.
Fonte: CNBB
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