quinta-feira, 26 de junho de 2008

IGREJA ABRE PROCESSO PARA BEATIFICAÇÃO DE FRADE CAPUCHINHO QUE VIVEU NO MARANHÃO

"Uma grande testemunha de caridade no dia-a-dia, capaz de fazer com que a vida se torne ensinamento do evangelho. Uma testemunha grande e silenciosa". Foi com essas palavras que o bispo diocesano de Bergamo, Itália, dom Roberto Amadei, deu início à solenidade de abertura do processo diocesano de beatificação de frei Alberto Beretta, italiano, sacerdote capuchinho, médico-missionário e irmão de Santa Gianna Beretta Molla. Frei Alberto viveu 31 anos na cidade de Grajaú, no interior do Maranhão.
A cerimônia, que aconteceu no último dia 18, na sala João XXIII da Cúria Diocesana de Bergamo, concluiu oficialmente a fase preparatória do inquérito sobre frei Alberto, "morto com fama de santidade".
Na ocasião foram lembrados a vida e o amor de frei Alberto pelos irmãos mais sofridos, suas atividades no Brasil, na diocese de Grajaú, seu retorno à Itália após sofrer um derrame. “Na casa do seu irmão sacerdote em Borgo Canale, em Bergamo, após 20 anos de sua doença, frei Alberto continuou a testemunhar Cristo por meio da oração e de sua serenidade”, disse o bispo. “Um testemunho importante na sociedade de hoje que considera como pessoas inúteis aqueles que não produzem", concluiu.
Vários testemunhos foram colhidos sobre as atividades de frei Aberto, como também foram examinados seus escritos. A documentação foi enviada à Santa Sé a fim de obter a necessária autorização para dar início ao processo de beatificação.
Estavam presentes na cerimônia de abertura do processo de beatificação o Postulador Geral e o vice-postulador dos Frades Capuchinhos, frei Florio Tessari e frei Claudio Resmini, além de numerosos confrades capuchinhos. Da família de frei Alberto marcaram presença seus irmãos, monsenhor Giuseppe e irmã Virgínia, alguns sobrinhos e parentes. O bispo emérito de Grajaú, dom Serafim Spreafico, representou a diocese de Grajaú.
O processo diocesano ficou a cargo do monsenhor Giuseppe Martinelli na qualidade de juiz; padre Eugenio Zanetti como juiz suplente; monsenhor Umberto Midali como promotor de justiça e Mariangela Tosi e Silvia Deho, como notários.
Após a entrega dos encargos e o juramento feito pela comissão que conduzirá o processo, dom Amadei completou dizendo: "É um dia de alegria para nossa Igreja de Bergamo - que o processo de beatificação, se torne uma ocasião para que todos conheçam frei Alberto Beretta e possam aprender e seguir seu exemplo de fé e caridade", sublinhou.
Para o frade capuchinho italiano, frei Luis Spelgatti, pároco da sede da diocese de Grajaú, a presença de 31 anos de frei Alberto em Grajaú ‘marcou e continua a marcar’ profundamente o povo grajauense por ter tido em seu meio alguém que viveu intensamente os ensinamentos do evangelho, pessoa que foi autêntico homem de Deus e que viveu a santidade no amor e no serviço aos irmãos.

CNBB

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