Sexto domingo da Páscoa
Estamos vivendo plenamente as alegrias da Páscoa. A espiritualidade deste tempo é a da Ressurreição - vida nova em Cristo Jesus, uma espiritualidade de vida nova, de "vida do alto", como repete a Liturgia, relembrando o ensinamento da carta aos colossenses: "Uma vez que ressuscitastes com Cristo - o cristão é alguém que, no batismo, morreu e ressuscitou com Cristo - buscai as coisas do alto, onde Cristo se encontra sentado à direita de Deus" ( cf. Cl. 3,1 ). O cristão não pode rastejar no apego e na sujeição às coisas terrenas, aos prazeres deste mundo. Tem que saber saborear as coisas do alto e não as coisas da terra.
E para nos ajudar eficazmente nessa tarefa, a Igreja nos vai fazendo ler o que Jesus ensinou, numa nova e saborosa leitura, iluminada pela luz da Páscoa, que leva a penetrar as profundezas da sabedoria de Deus. E, como nem podia ser diversamente, predominam os textos de S. João com sua sábia teologia e com a sua elevada mística.
No Evangelho deste 6º domingo da Páscoa ( João 14,15-21 ), é apresentada para nós a Promessa do Espírito, já que se aproxima a Festa de Pentecostes. O trecho do Evangelho de hoje faz parte do discurso da despedida de Jesus ( João 13-17 ). É o testamento que Jesus, antes de partir, deixa à sua Comunidade. O Evangelho apresenta dois pontos importantes: a) O Amor; b) O Espírito Santo - espírito da verdade e advogado dos cristãos.
O amor não é algo abstrato. É, sim, o fundamento para saber se os cristãos são, de fato, seguidores de Jesus; se são capazes de amar na comunidade e fora dela. O amor para Jesus não pode ser vivido em circuito fechado, egoisticamente, mas projetado para fora, da mesma forma como Jesus agiu, e vai trazer a vida em plenitude para todos. Amor, para Jesus, é dar a vida. É guardar os mandamentos que foram resumidos no amor a Deus e ao Próximo.
O Espírito Santo, espírito da verdade, advogado dos cristãos, é o defensor que permanece para sempre na vida da comunidade. Ele é chamado o espírito da verdade, isto é: aquele que estará presente em todas as ações dos cristãos em defesa da liberdade e da vida, como fez Jesus. Espírito da verdade é a memória de fidelidade de Jesus na vida da comunidade cristã. É ele quem nos protege contra o erro e a mentira, pois o mundo da mentira se opõe ao Espírito da Verdade.
Ainda neste Evangelho encontramos dois aspectos da realidade de Deus que estavam escondidos até que o Espírito iluminasse a mente dos apóstolos: 1) Deus se revela a nós não como um ser solitário, fechado em si mesmo; Deus se revela como Pai, Filho e Espírito Santo. Deus se revela como Comunhão. 2) Deus se revela como o "bem que se difunde", o bem que se comunica, diz o grande teólogo da Igreja, Santo Tomás de Aquino. Deus é amor. Fazer conhecer esse amor, difundir esse amor é a nossa missão.
Que a prolongada celebração da Páscoa nos ajude a criar em nós uma forte espiritualidade da alegria, da vida e da esperança. Um bom domingo a todos!
Pe. Raimundo Neto
Pároco de São Vicente de Paulo
Estamos vivendo plenamente as alegrias da Páscoa. A espiritualidade deste tempo é a da Ressurreição - vida nova em Cristo Jesus, uma espiritualidade de vida nova, de "vida do alto", como repete a Liturgia, relembrando o ensinamento da carta aos colossenses: "Uma vez que ressuscitastes com Cristo - o cristão é alguém que, no batismo, morreu e ressuscitou com Cristo - buscai as coisas do alto, onde Cristo se encontra sentado à direita de Deus" ( cf. Cl. 3,1 ). O cristão não pode rastejar no apego e na sujeição às coisas terrenas, aos prazeres deste mundo. Tem que saber saborear as coisas do alto e não as coisas da terra.
E para nos ajudar eficazmente nessa tarefa, a Igreja nos vai fazendo ler o que Jesus ensinou, numa nova e saborosa leitura, iluminada pela luz da Páscoa, que leva a penetrar as profundezas da sabedoria de Deus. E, como nem podia ser diversamente, predominam os textos de S. João com sua sábia teologia e com a sua elevada mística.
No Evangelho deste 6º domingo da Páscoa ( João 14,15-21 ), é apresentada para nós a Promessa do Espírito, já que se aproxima a Festa de Pentecostes. O trecho do Evangelho de hoje faz parte do discurso da despedida de Jesus ( João 13-17 ). É o testamento que Jesus, antes de partir, deixa à sua Comunidade. O Evangelho apresenta dois pontos importantes: a) O Amor; b) O Espírito Santo - espírito da verdade e advogado dos cristãos.
O amor não é algo abstrato. É, sim, o fundamento para saber se os cristãos são, de fato, seguidores de Jesus; se são capazes de amar na comunidade e fora dela. O amor para Jesus não pode ser vivido em circuito fechado, egoisticamente, mas projetado para fora, da mesma forma como Jesus agiu, e vai trazer a vida em plenitude para todos. Amor, para Jesus, é dar a vida. É guardar os mandamentos que foram resumidos no amor a Deus e ao Próximo.
O Espírito Santo, espírito da verdade, advogado dos cristãos, é o defensor que permanece para sempre na vida da comunidade. Ele é chamado o espírito da verdade, isto é: aquele que estará presente em todas as ações dos cristãos em defesa da liberdade e da vida, como fez Jesus. Espírito da verdade é a memória de fidelidade de Jesus na vida da comunidade cristã. É ele quem nos protege contra o erro e a mentira, pois o mundo da mentira se opõe ao Espírito da Verdade.
Ainda neste Evangelho encontramos dois aspectos da realidade de Deus que estavam escondidos até que o Espírito iluminasse a mente dos apóstolos: 1) Deus se revela a nós não como um ser solitário, fechado em si mesmo; Deus se revela como Pai, Filho e Espírito Santo. Deus se revela como Comunhão. 2) Deus se revela como o "bem que se difunde", o bem que se comunica, diz o grande teólogo da Igreja, Santo Tomás de Aquino. Deus é amor. Fazer conhecer esse amor, difundir esse amor é a nossa missão.
Que a prolongada celebração da Páscoa nos ajude a criar em nós uma forte espiritualidade da alegria, da vida e da esperança. Um bom domingo a todos!
Pe. Raimundo Neto
Pároco de São Vicente de Paulo
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