domingo, 27 de abril de 2008

PAPA ORDENA 29 PADRES E INVOCA A PAZ PARA ALGUNS PAÍSES DA ÁFRICA


Anunciar e testemunhar a alegria: este é o “núcleo central da missão” do padre, disse Bento XVI na homilia de ordenação de vinte nove diáconos, neste domingo de manhã, na basílica de São Pedro. Para além das leituras bíblicas proclamadas neste VI domingo do tempo pascal, o Papa chamou a atenção para o especial significado que assume, no rito de ordenação, a imposição das mãos, invocando em silêncio o Espírito santo sobre os ordinandos.Já depois do meio-dia, da janela dos seus aposentos na Praça de São Pedro, Bento XVI pronunciou a costumada alocução antes do canto do Regina Coeli, a antífona mariana deste tempo pascal. Também aqui o Papa recordou o que disse na homilia sobre a missão da Igreja e dos novos padres:“É este o sentido da missão da Igreja e em particular dos sacerdotes: semear no mundo a alegria do Evangelho! Onde Cristo é pregado com a força do Espírito Santo e acolhido com ânimo aberto, a sociedade, embora cheia de tantos problemas, torna-se cidade da alegria, como diz o título de um célebre livro sobre a obra de Madre Teresa de Calcutá. São estes os votos que faço aos novos padres, pelos quais vos convido a rezar: que eles possam difundir, aonde forem destinados, a alegria e a esperança que brotam do Evangelho”.Bento XVI observou que foi precisamente uma mensagem de alegria e de esperança a que levou aos Estados Unidos da América, na sua recente viagem apostólica a Washington e Nova Iorque. Prometendo dedicar a este assunto a audiência geral de quarta-feira, o Papa deu graças a Deus pelas bênçãos com que cumulou esta “singular experiência missionária”, permitindo-lhe ser “instrumento da esperança de Cristo para aquela Igreja e para aquele país”. E declarou ter-se sentido ele próprio “confirmado na esperança pelos católicos americanos”, que revelam “grande vitalidade e a decidida vontade de viver e testemunhar a fé em Jesus”.Neste domingo muitas Igrejas Orientais celebram, segundo o calendário juliano, a solenidade da Páscoa, Bento XVI exprimiu aos respectivos fiéis a sua “fraterna proximidade espiritual”:“Saúdo-os cordialmente, pedindo ao Deus uno e trino que os confirme na fé, que os encha da luz resplandecente que emana da ressurreição do Senhor e que os conforte nas difíceis situações em que têm que viver e testemunhar o Evangelho”.O Papa convidou todos a invocarem consigo “a Mãe de Deus, para que o caminho empreendido, de diálogo e de colaboração, leve sem tardar a uma comunhão mais completa entre todos os discípulos de Cristo, para que sejam um sinal cada vez mais luminoso de esperança para toda a humanidade”.Depois do canto do “Regina Coeli”, o Santo Padre lançou um apelo em relação a “alguns países africanos” de onde provêm dia a dia “notícias que continuam a ser motivo de profundo sofrimento e viva preocupação”. Pedindo que cada um reze e se faça porta-voz destas “trágicas situações”, Bento XVI referiu especialmente três:“Na Somália, especialmente em Mogadíscio, violentos encontros armados tornam cada vez mais dramática a situação humanitária desta querida população, desde há tantos anos sob o peso da brutalidade e da miséria. O Darfur, não obstante alguma leve e momentânea esperança, permanece uma tragédia sem fim para centenas de milhares de pessoas indefesas e abandonadas a si mesmas.Finalmente, o Burundi. Depois dos bombardeamentos dos últimos dias, que “atingiram e aterrorizaram os habitantes da capital Bujumbura”, Bento XVI fez um apelo: “perante o risco de uma nova guerra civil, convido todas as partes em causa a retomarem sem mais tardar a via do diálogo e da reconciliação. Confio em que as autoridades políticas locais, os responsáveis da comunidade internacional e todas as pessoas de boa vontade não se pouparão esforços para fazer cessar a violência, honrando os compromissos assumidos, de modo a que se lancem sólidos alicerces para a paz e o desenvolvimento”.Nas saudações aos peregrinos de diferentes línguas presentes na Praça de São Pedro, o Papa recordou o próximo início do “mês de maio, tradicionalmente dedicado, em muitos países, a Maria”. E convidou à recitação devota do Rosário, “pelas necessidades do mundo e da Igreja”.




Rádio Vaticano

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