sexta-feira, 11 de abril de 2008

DOM GERALDO RESPONDE ÀS QUESTÕES LEVANTADAS NA ASSEMBLÉIA

Kelen GalvanIndaiatuba (SP)
Após a celebração de encerramento da 46ª Assembléia Geral dos Bispos do Brasil, o presidente da CNBB, Dom Geraldo Lyra Rocha, atendeu à imprensa em entrevista coletiva. O bispo falou sobre as novas Diretrizes da evangelização no País e sobre os principais pontos abordados neste encontro..: Qual a missão desta Assembléia para a missão evangelizadora? "Para a missão continental não se trata de inventar coisas novas, trata-se de continuar realizando este trabalho que a Igreja vem desenvolvendo com um novo espírito, um novo vigor e com mais entusiasmo. Queremos integrar neste conjunto o Ano Catequético e o Ano Paulino para elaborar um projeto com novo ardor missionário"..: Nesta Assembléia foi dito que a Igreja vai ao povo. Como isso acontece, concretamente? "A Igreja não pode viver voltada para si mesma. Ela recebe de Jesus um mandato que foi comunicado aos apóstolos e que, até hoje, é transmitido a nós. "Ide por todo mundo e anunciai o Evangelho a toda criatura”. Precisamos ir aos que estão longe, afastados. Iniciativas como visitas e acolhida já estão sendo promovidas. Precisamos estar atentos a todos os ambientes para que Igreja seja presente e aponte o caminho do Evangelho de Jesus". .: Qual relação existe entre Igreja e política? O que foi discutido sobre o assunto nesta Assembléia? "Mais de 30 entidades estão se articulando, junto a CNBB, nesta mobilização em vista da nova Lei de iniciativa popular para acabar com as expressões de corrupção no processo eleitoral. Aqueles que estão com pendência na justiça, com a aprovação desta lei, não poderão se candidatar, bem como, os que estão ameaçados de perder o mandato, não pdoerão renunciar para se ver livres do julgamento do Congresso e depois se candidatarem na eleição seguinte"..: O que foi discutido neste encontro, com relação a evangelização da juventude?O tema "Juventude" já foi tratado em uma de nossas Assembléias que originou um documento muito importante. Não estamos, portanto, criando coisas novas. Estamos dando ênfase ao peso que a juventude representa para o Brasil. A Igreja busca caminhos para estabelecer diálogo com a juventude. É não só a Igreja busca estes caminhos. Os próprios pais e as escolas, por exemplo, muitas vezes, têm dificuldades de diálogo com jovens e busca novos rumos para este relacionamento. A Igreja quer mostrar ao jovem que não se pode deixar levar por tantos atrativos que o mundo oferece..: Na Assembléia foi divulgada nota em defesa da vida. O que a Igreja fará se lei, que permite uso de células-tronco embrionárias, for aprovada?"A Igreja continuará afirmando o que sempre afirmou. O que é legal não é necessariamente ético. A posição da Igreja não é contra. É a favor. A favor da vida que se dá na fecundação e termina com a morte natural. A posição da Igreja é clara e definida, inclusive baseada em sérias e fortes posições científicas. Vida humana é digna de respeito e tem todos os seus direitos". .: Quais as novidades das novas Diretrizes de evangelização?A grande novidade está na incorporação dos grandes elementos que vêm da Conferência Episcopal que aconteceu em Aparecida e que está sintetizada no próprio tema da Conferência que vai se repetindo como um refrão: 'Discípulos e missionários de Jesus Cristo, para que nEle os povos tenham vida'. Isto foi desdobrado em muitos aspectos, como o encontro com Jesus que se dá na Palavra, nos Sacramentos, na vida da comunidade eclesial, com irmãos, especialmente pelos pobres. .: Qual é o papel dos leigos a partir das novas diretrizes?"Esta é uma ênfase especial, como definimos na Conferência de Aparecida. A missão evangelizadora não é privilégio dos ministros ordenados ou das pessoas consagradas. Evangelizar também é responsabilidade dos leigos que devem levar Jesus com sua palavra e testemunho de vida à família, ao trabalhos, ao mundo da cultura, da economia, da educação e aos meios de comunicação. Temos que nos coscientizar de que é necessária a presença do cristão em todas as estrtuturas da sociedade. A vivência da fé não pode ser 'privatizada'".

Kelen GalvanIndaiatuba (SP)

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