quarta-feira, 23 de abril de 2008

DESAFIOS QUE SURGEM COM A URBANIZAÇÃO ACELERADA

O observador permanente do Vaticano na Organização das Nações Unidas (ONU), Arcebispo Celestino Migliore, pronunciou um discurso diante da 41ª Sessão do Conselho Econômico e Social da Comissão sobre a População e o Desenvolvimento. O Arcebispo Migliore disse que "as migrações e a urbanização das sociedades não devem ser medidos apenas em termos do seu impacto econômico. Buscamos formas de combater os desafios ocasionados pelas migrações e imigrações em massa, mas, não podemos nos esquecer que o que está no centro destes fenômenos são pessoas". "Com o surgimento de novas metrópoles, surgem novos problemas ambientais, sociais e econômicos”, disse. "Mas uma das conseqüências mais dolorosas na rápida urbanização é o número cada vez maior de pessoas vivendo em favelas. Em 2005 mais de 840 milhões de pessoas em todo o mundo já viviam nestas condições". Essas pessoas, avisou o Arcebispo, "ficam presas em um ciclo vicioso de pobreza extrema e de marginalização. Eles se sentem impotentes para exigir ainda mais os serviços públicos mais básicos". As autoridades políticas e a sociedade civil têm o dever de colocar essas pessoas junto às suas prioridades nas suas tomadas de decisão".O Arcebispo Migliore concluiu que se queremos atingir os objetivos do milênio, de até 2015 reduzir pela metade o número de pobres, temos que voltar, de forma mais intensa, a atenção às comunidades rurais, das quais 675 milhões de pessoas, aproximadamente, não têm acesso à água potável e das quais, dois mil milhões vivem sem acesso a saneamento básico. As políticas nacionais e internacionais deveriam assegurar que as comunidades tivessem acesso a serviços sociais de mais qualidade.
Rádio Vaticano

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