O Paraguai, com extensão territorial 406 mil km/2 e com população de aproximadamente 6.100.000 (seis milhões e cem mil habitantes), tem novo presidente eleito. Trata-se de um bispo da Igreja católica, que governou a Diocese da San Pedro, lá no Paraguai, por 10 anos. Ganhou a eleição, numa aliança das esquerdas, derrotando o Partido Colorado, que há mais de sessenta anos governava aquele País.
Esperança, porque depois da Guerra que teve início 1864, o Paraguai, que antes era uma potência econômica na América Latina, era um país forte, nunca mais se encontrou. Era um país independente da Europa. O Império Inglês achava que o exemplo do Paraguai causava medo e que não devia ser seguido pelos demais países latino-americanos, que eram totalmente dependente do Reino Unido. Daí o apoio financeiro e militar a tríplice aliança.
Argentina, Brasil e Uruguai uniram suas forças e no dia 1º de maio de 1865 foi selado o acordo da tríplice aliança e a partir daí, os três países uniram-se, dando as mãos e juntos lutaram para deter o Paraguai, que era forte. Francisco Solano Lopes tinha o desejo de aumentar o seu território paraguaio e obter algo lhe faltava: uma saída para o Oceano Atlântico, através dos Rios da Bacia da Prata.
Muita dor e muito sangue nesta guerra que durou seis anos. O Brasil encontrou enormes dificuldades em organizar sua tropa. O lado Paraguaio era habilidoso e seguro nas suas ações e os soldados brasileiros tinham que lutar contra a falta de alimento, de comunicação e também a epidemia que os derrotavam.
O Paraguai tinha que fracassar e assim ser excluído esse exemplo de sucesso e de independência na América Latina. Duque de Caxias foi chamado para liderar o exército brasileiro e sob seu comando, a tropa se organizou e conquistou diversas vitórias, até chegar a Assunção, em 1869. Por fim, a guerra chegou a seu final, com a morte de Francisco Solano Lopes.
Deste modo o Paraguai perdeu a maioria da sua população: homens, crianças, exército, auto-estima e nunca mais voltou a ser aquela terra boa para sua gente e com excelente índice de desenvolvimento econômico, social e político.
Que Fernando Lugo, presidente eleito coloque o Paraguai no caminho certo, no caminha da auto-estima e desenvolvimento, levando sua gente a olhar para o futuro, sonhar e viver com esperança.
Pe Geovane Saraiva,
Pároco da Igreja de Santo Afonso, na Parquelândia
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