Os séculos VI-VII da era cristã se caracterizaram no centro-norte da Europa pelo grande esforço por parte dos monges na evangelização dos povos que, migrando de região em região, viviam em constantes guerras.
A Alemanha central conta com o ínclito apóstolo São Bonifácio, a Holanda com Santo Egberto e São Wilibrordo, Frisla e Flandres com São Suitberto, que hoje veneramos. Beneméritos na evangelização na Europa medieval foram os monges e os mosteiros de São Bento e de São Columbano, que se tornaram viveiros de apóstolos, redutos de cultura antiga, baluartes da civilização cristã.
A Irlanda, evangelizada por São Patrício no século V, destacou-se na formação dos monges que, ardendo de espírito apostólico, se transformaram em missionários.
Suitberto foi um destes monges formados na severa disciplina dos mosteiros irlandeses, sob a direção espiritual do grande mestre e apóstolo Santo Egberto. Este, de fato, foi uma alma cheia de ardente zelo pela glória de Deus, no empenho de levar a luz do Evangelho para a baixa Alemanha, onde ainda reinava o paganismo. Uma missão organizada em favor daquela região não teve, infelizmente, os resultados esperados, pela oposição do ímpio rei Rabod. Egberto não se conformou com este estado de coisas, e resolveu organizar mais uma expedição confiante na ajuda de Deus.
Doze missionários, monges irlandeses, foram destacados para esta obra evangelizadora. Entre estes, achava-se Suitberto. O chefe da expedição foi São Wilibrordo. Em 690 chegaram os operários de Cristo na boca do rio Reno e se dirigiram para a cidade de Utrecht, escolhida como centro da missão.
Tiveram o apoio por parte do rei Pepino que havia pouco tinha derrotado o ímpio rei Rabod, apoderando-se assim da Frísia.
São Suitberto pregou o Evangelho nesta região, em parte da província holandesa e em Flandres. Seu apostolado realizado no mais heróico sacrifício, foi ricamente abençoado, dando origem a milhares de conversões.
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