segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

SANTA SÉ: "SOLIDARIEDADE É ESSENCIAL PARA PROTEGER MEIO-AMBIENTE"

"A solidariedade é o elemento-chave para proteger o meio ambiente", afirmou, em Nova Iorque, o arcebispo Celestino Migliore, núncio apostólico e observador permanente da Santa Sé ante as Nações Unidas na última quarta-feira, 13.Intervindo na "62ª sessão da Assembléia Geral" organizada pelas Organizações das Nações Unidas (ONU), o arcebispo recordou "a ineludível responsabilidade de todos de promover um meio ambiente são para as gerações presentes e futuras"."A Onu mostrou que através de uma maior preocupação por novos vizinhos, em especial pelos mais vulneráveis à mudança climática, estamos mais preparados para adotar estratégias e políticas que equilibrem as necessidades da humanidade com a urgência de uma administração mais responsável" afirmou. "A solidariedade se apresenta, portanto, como linha-guia na ação para a salvação do ambiente", complementou."Pôr em comum os recursos torna as iniciativas de redução e adaptação economicamente acessíveis à maior parte dos países, ajudando os menos preparados a perseguir o desenvolvimento, salvaguardando ao mesmo tempo o meio ambiente", destacou o arcebispo."Esta atitude é crucial também com relação a um fator especialmente importante do desenvolvimento sustentável, o uso de tecnologias limpas. Para ajudar os países em vias de desenvolvimento a evitar os erros que outros cometeram no passado, os altamente industrializados deverão compartilhar com eles este tipo de tecnologia", observou o arcebispo.Quanto ao compromisso da Santa Sé, o arcebispo recordou que o empenho pessoal e os numerosos chamados públicos do Papa Bento XVI suscitaram campanhas de conscientização por um renovado senso de respeito pela necessidade de salvaguardar a criação de Deus.Desde um ponto de vista mais prático, a Santa Sé já tomou medidas para reduzir e compensar as emissões de carbono no Estado da cidade do Vaticano, como o uso de painéis solares.Segundo o observador permanente, corresponde a cada indivíduo e a cada nação assumir seriamente a própria parte de responsabilidade para encontrar e implementar o enfoque mais equilibrado possível ao desafio da mudança climática.O arcebispo constatou que o desenvolvimento sustentável proporciona a chave para uma estratégia que leve em conta harmoniosamente as exigências da conservação ambiental, da mudança climática, do desenvolvimento econômico e das necessidades humanas fundamentais.Apesar da degradação ambiental que se constata em muitas partes, o núncio observou que indivíduos e comunidades começaram a modificar seus estilos de vida, conscientes do fato de que o comportamento pessoal e coletivo tem um impacto no clima e no bem-estar geral do meio ambiente. "Do mesmo modo, os mercados devem ser animados a patrocinar ‘economias verdes’ e não a sustentar a demanda de bens cuja própria produção é causa de degradação ambiental", assinalou.Os consumidores devem saber que suas tendências de consumo têm um impacto direto sobre a saúde do ambiente. Deste modo, mediante a interdependência, a solidariedade e a responsabilidade, os indivíduos e as nações serão mais capazes de equilibrar as necessidades do desenvolvimento sustentável com aquelas da boa administração em todos os níveis.A respeito da conquista dos objetivos de um melhor cuidado do ambiente, concluiu: "Exige uma aliança global para a adaptação de uma estratégia política internacional coordenada, visando a um ambiente saudável para todos".
Rádio Vaticano/Canção Nova Notícias

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