sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

PAPA LEMBRA TAREFA DA IGREJA DIANTE DA CIÊNCIA

Papa lembra que tarefa da Igreja diante da ciência sexta: 01 de fevereiro de 2008
Ao receber em audiência os participantes da Plenária da Congregação para a Doutrina da Fé, na quinta-feira, 31, o papa Bento XVI afirmou que Igreja “não pode e não deve intervir sobre cada novidade da ciência, mas tem a tarefa de reiterar os grandes valores em jogo e de propor, a todos os homens de boa vontade, princípios éticos e morais”.
Para o Santo Padre há dois critérios para o discernimento moral neste campo. “Os dois critérios fundamentais para o discernimento moral neste campo são: a) o respeito incondicionado pelo ser humano como pessoa, desde sua concepção até a morte natural; b) o respeito pela originalidade da transmissão da vida humana mediante os atos próprios dos cônjuges”.
O papa lembra que “a Igreja aprecia e encoraja o progresso das ciências biomédicas que abrem perspectivas terapêuticas até então desconhecidas, mediante as terapias voltadas à restituição da fertilidade ou ao tratamento das doenças genéticas". Ao mesmo tempo, chama a atenção para o risco do desrespeito à dignidade humana provocado pela bioética. “Os novos problemas ligados, por exemplo, ao congelamento dos embriões humanos, à redução embrionária, ao diagnóstico pré-implantação, às pesquisas sobre as células-tronco embrionárias e às tentativas de clonagem humana, mostram claramente como, por exemplo, com a fecundação artificial extra corpórea, foi infringida a barreira colocada para tutelar a dignidade humana”.
"Quando seres humanos, no estado mais frágil e mais indefeso de sua existência, são selecionados, abandonados, assassinados ou utilizados como puro 'material biológico', como negar que eles foram tratados não mais como um 'alguém', mas como um 'alguma coisa', colocando assim em questão o próprio conceito de dignidade do homem?", disse o papa.
Segundo Bento XVI, a Igreja tem o dever de “iluminar as consciências de todos, a fim de que o progresso científico seja verdadeiramente respeitoso de todo ser humano, a quem deve ser reconhecida a dignidade de pessoa, tendo sido criada à imagem de Deus".
CNBB

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