"Os divorciados e recasados também pertencem à Igreja e, assim, devem ser seguidos com misericórdia e amor, principalmente quando há filhos envolvidos." Esta é a afirmação do cardeal Alfonso Lopez Trujillo, presidente do Pontifício Conselho para a Família, destacando que os casais em crise não devem sentir a Igreja como ausente, intolerante ou madrasta, mas "mãe"."Ultimamente, depois da carta aos casais separados, divorciados e recasados, escrita pelo arcebispo de Milão, cardeal Dionigi Tettamanzi, fala-se muito sobre isso", afirma o cardeal em uma entrevista ao L'Osservatore Romano. "É curioso que suas palavras tenham sido vistas como 'novidade'. Não é assim", acrescenta.A exortação apostólica 'Familiaris consortio', de 1981, já indicava o comportamento pastoral a ser adotado, e recordava claramente que os divorciados não são expulsos ou excomungados; eles pertencem à Igreja. "Cometeram erros, em função de dificuldades e problemas, mas pertencem à Igreja e devem ser seguidos de perto", reafirma o cardeal colombiano.Dom Lopez Trujillo recorda que "isso não quer dizer que a Igreja aceite sua situação. Ela participa com dor, guia e acompanha; faz refletir e tem procurado, há anos, maneiras para convencer e explicar por qual motivo não podem receber a Eucaristia. Esse tema também foi amplamente discutido pelo papa e o último sínodo dos bispos. O que precisamos é dizer-lhes: 'Vocês são católicos, podem ir à missa, participar de certas ações da Igreja, de iniciativas de caridade e oração'".Enfim, segundo o cardeal, trata-se de uma questão "dolorosa e penosa", mas "nós nutrimos a esperança cristã de que, no final, a Palavra do Senhor, que está acima do papa e dos bispos, será mais bem compreendida", conclui.
Rádio Vaticano
Nenhum comentário:
Postar um comentário