Já foi observado que o evangelista São João, depois do prólogo do seu Evangelho, enumera os primeiros fatos de vida pública de Jesus, desde o testemunho de João Batista até às bodas de Caná da Galiléia, numa seqüência de sete dias – uma semana a mais, como artifício literário, do que com rigor de anotação cronológica. Podemos dizer que ele, ao falar da “nova criação”, que é a obra de Jesus, imita a primeira semana da criação. E é assim que o texto do Evangelho deste segundo domingo do Tempo Comum ( João 1, 29 –34 ) diz: " No dia seguinte, João vê Jesus aproximar-se e diz: Eis o cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo".
É simplesmente profunda a expressão com que João Batista apresenta Jesus ao povo. Lembra o profeta Isaías, que se refere ao Messias como o "Servo de Javé”, que carrega o pecado do mundo e que caminha para o matadouro onde vai expiá-lo, como cordeiro manso que não abre a boca para se queixar ( cf. Is.53 ). Lembra o cordeiro que se imolava todos os dias no templo, e que tinha um sentido latrêutico, ou seja, de adoração a Deus, mas que adquiria, na consciência popular, um sentido também expiatório ( cf. Lv.14 ). Mas lembra sobretudo o cordeiro pascal, símbolo da redenção de Israel ( cf. Ex.12). Lembremos que, quando os soldados deixaram de quebrar as pernas de Jesus morto na cruz, o evangelista diz que assim fizeram, para cumprir o rito que prescrevia que não se quebrasse nenhum osso do cordeiro pascal. E já se preludia a glória da eternidade, onde Cristo glorioso está diante do altar de Deus, mas com a aparência de cordeiro imolado.
Cristo é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Esta é a grande conclusão que tiramos deste Evangelho. Ele é o servo do Senhor por excelência e cordeiro por antonomásia, o novo cordeiro pascal imolado precisamente no dia de Páscoa. A expressão “tira o pecado do mundo” no singular, engloba não somente apagar os pecados numericamente, mas também e sobretudo apagar situações de pecado do mundo na sociedade, a condição escravizada do homem pecador nos diversos campos em que se encontra: local, nacional, internacional, no mundo do trabalho, no mundo da família e no plano pessoal. Em síntese, podemos dizer que Cristo é o Cordeiro que se imola por nós. Ele é o nosso modelo. Não é por acaso que, em toda missa, antes da comunhão, Ele é apresentado para nós. Recebê-lo em alimento é mergulhar na santidade que Ele nos veio trazer. O pão eucarístico é o de nossa caminhada e é o penhor da ceia da eternidade, lá onde Jesus triunfa gloriosamente.
Não nos esqueçamos de que o Evangelho apresentado hoje contém esse belíssimo testemunho de São João Batista sobre a messianidade e divindade de Jesus, que está por iniciar sua vida apostólica. O Testemunho de João Batista tem dois momentos importantes: a) Ele é o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo; b) Eu vi e dei testemunho de que este é o Filho de Deus. Jesus é o filho de Deus que traz a plenitude do amor do Pai.
Demos honra e glória eternamente a nosso Senhor Jesus Cristo, cordeiro imolado para nossa salvação. Um bom domingo a todos!
Pe. Raimundo Neto
Pároco de São Vicente
É simplesmente profunda a expressão com que João Batista apresenta Jesus ao povo. Lembra o profeta Isaías, que se refere ao Messias como o "Servo de Javé”, que carrega o pecado do mundo e que caminha para o matadouro onde vai expiá-lo, como cordeiro manso que não abre a boca para se queixar ( cf. Is.53 ). Lembra o cordeiro que se imolava todos os dias no templo, e que tinha um sentido latrêutico, ou seja, de adoração a Deus, mas que adquiria, na consciência popular, um sentido também expiatório ( cf. Lv.14 ). Mas lembra sobretudo o cordeiro pascal, símbolo da redenção de Israel ( cf. Ex.12). Lembremos que, quando os soldados deixaram de quebrar as pernas de Jesus morto na cruz, o evangelista diz que assim fizeram, para cumprir o rito que prescrevia que não se quebrasse nenhum osso do cordeiro pascal. E já se preludia a glória da eternidade, onde Cristo glorioso está diante do altar de Deus, mas com a aparência de cordeiro imolado.
Cristo é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Esta é a grande conclusão que tiramos deste Evangelho. Ele é o servo do Senhor por excelência e cordeiro por antonomásia, o novo cordeiro pascal imolado precisamente no dia de Páscoa. A expressão “tira o pecado do mundo” no singular, engloba não somente apagar os pecados numericamente, mas também e sobretudo apagar situações de pecado do mundo na sociedade, a condição escravizada do homem pecador nos diversos campos em que se encontra: local, nacional, internacional, no mundo do trabalho, no mundo da família e no plano pessoal. Em síntese, podemos dizer que Cristo é o Cordeiro que se imola por nós. Ele é o nosso modelo. Não é por acaso que, em toda missa, antes da comunhão, Ele é apresentado para nós. Recebê-lo em alimento é mergulhar na santidade que Ele nos veio trazer. O pão eucarístico é o de nossa caminhada e é o penhor da ceia da eternidade, lá onde Jesus triunfa gloriosamente.
Não nos esqueçamos de que o Evangelho apresentado hoje contém esse belíssimo testemunho de São João Batista sobre a messianidade e divindade de Jesus, que está por iniciar sua vida apostólica. O Testemunho de João Batista tem dois momentos importantes: a) Ele é o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo; b) Eu vi e dei testemunho de que este é o Filho de Deus. Jesus é o filho de Deus que traz a plenitude do amor do Pai.
Demos honra e glória eternamente a nosso Senhor Jesus Cristo, cordeiro imolado para nossa salvação. Um bom domingo a todos!
Pe. Raimundo Neto
Pároco de São Vicente
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