“Não se pode dizer que a globalização seja sinônimo de ordem mundial, bem ao contrário. Os conflitos pela supremacia econômica e a açambarcamento dos recursos energéticos, hídricos e das matérias primas, tornam difícil o trabalho de todos os que, em todos os níveis, se esforçam por construir um mundo justo e solidário. Ocorre uma esperança maior, que permita preferir o bem comum de todos ao luxo de poucos e à miséria de muitos”. A afirmação é do papa Bento XVI durante a homilia da missa da Epifania do Senhor, na Basílica de São Pedro, em Roma, neste domingo, 6.
O papa recordou, durante a missa, que “esta grande esperança não pode ser senão Deus… não um deus qualquer, mas o Deus… de rosto humano, manifestado no Menino de Belém e no Crucificado-Ressuscitado”. Para ele, “só quando existe uma grande esperança se pode perseverar na sobriedade. Caso contrário, procura-se a felicidade na embriaguez, no supérfluo, nos excessos, e assim se destrói a si mesmo e ao mundo”.
De acordo com Bento XVI, “só adotando um estilo de vida sóbrio, acompanhado por um sério empenho para uma equânime distribuição das riquezas, será possível instaurar uma ordem de desenvolvimento justo e sustentável. Para tal, ocorrem homens que alimentem uma grande esperança e possuam, portanto, muita coragem, a coragem dos Magos…”.
Em sua homilia, o papa lembrou, ainda, que a festa da Epifania é a celebração de Cristo que se manifesta como Luz do mundo. “A chegada dos Magos do Oriente a Belém para adorar o Messias recém-nascido é o sinal da manifestação do Rei universal aos povos e a todos os homens que procuram a verdade”, disse. “É o início de um movimento oposto ao de Babel: da confusão à compreensão, da dispersão à reconciliação”, completou.
Rádio Vaticano/CNBB
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