Prosseguindo a catequese da semana passada sobre Santo Agostinho, na audiência geral desta quarta-feira, Bento XVI referiu os últimos anos do Bispo de Hipona, quando designou o seu sucessor, Heráclio, consagrando o seu tempo ao estudo da Sagrada Escritura.“Foram anos de extraordinária atividade intelectual, mas realizou também grandes esforços de pacificação quando as tribos do sul acossaram as províncias africanas. Como ele dizia, a maior glória é vencer a guerra com a palavra, mais do que matar homens com a espada. Depois, o assédio de Hipona da parte dos Vândalos, em 429, aumentou ainda mais o desgosto de Agostinho. Na sua velhice, via desabar na sua terra o mundo da cristandade", relembrou o Papa. .: Leia a Catequese na íntegra Não obstante tudo, permaneceu firme, confirmando os outros com a meditação dos misteriosos desígnios da Providência. Se o mundo envelhece, dizia, Cristo permanece sempre jovem. A sua casa-mosteiro abriu-se aos irmãos no episcopado que lhe pediam hospitalidade. Já perto da morte, ocupava-se apenas da recitação dos Salmos penitenciais, porque, confessava, ninguém pode enfrentar a morte sem uma adequada penitência. Morreu a 28 de Agosto de 430. O seu corpo foi traslado para a Sardenha e, por volta de 725, a Pavia, onde repousa agora. Mas nós encontramo-lo ainda vivo nos seus escritos”.Ao concluir a audiência, o Papa evocou o costumada “Oitavário de Oração pela unidade dos cristãos”, que terá início nesta sexta-feira, 18 de Janeiro. Uma iniciativa que completa 100 anos. “O tema é o convite de São Paulo aos Tessalonicenses: "Rezai sem cessar". Convite que de bom grado faço meu e dirijo a toda a Igreja. Sim, é necessário rezar incessantemente, pedindo com insistência a Deus o grande dom da unidade entre todos os discípulos do Senhor. A força inexaurível do Espírito Santo nos estimule a um sincero empenho de busca da unidade, para que possamos professar todos juntos que Jesus é o único Salvador do mundo”.Os cinco mil peregrinos que esta manhã marcaram presença na audiência geral com Bento XVI fizeram questão de manifestar o seu apoio ao Papa com aplausos e palavras de incentivo, incluindo o grito “liberdade, liberdade, liberdade”. Os presentes demonstraram assim o seu descontentamento com os acontecimentos que levaram ao adiamento da visita do Papa à universidade “La Sapienza”, o mais antigo ateneu romano.
Rádio Vaticano
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