Desde o dia 19 de janeiro, os padres da Companhia de Jesus, mais conhecidos como jesuítas, têm novo Superior Geral. Foi eleito o espanhol, padre Adolfo Nicolas Pachón, 71, há 43 anos missionário no Japão e nas Filipinas. A eleição ocorreu durante a reunião da Congregação que se realiza em Roma, desde do dia 7 de janeiro, com previsão de término só em março.
Padre Nicolás. que foi conselheiro da Assembléia Especial do Sínodo dos Bispos para a Ásia em 1998, terá a missão de orientar os quase 20 mil jesuítas espalhados pelo mundo. “A função do Superior Geral, também chamado de Prepósito Geral, é animar, inspirar e dirigir a ordem dos jesuítas”, explica o secretário da Conferência dos Provinciais Jesuítas da América Latina e do Caribe, padre Martinho Lenz. “Ele faz isso através dos Superiores das 85 Províncias jesuítas no mundo, que por sua vez governam os 19.200 jesuítas. Além disso, é ele quem nomeia os Provinciais e superiores locais mais importantes”, esclarece padre Martinho. Só na América Latina são 3 mil jesuítas, dirigindo 31 Universidades e 98 colégios.
Padre Nicolás foi eleito em segundo escrutínio. “Não há candidaturas e é proibido fazer propaganda a favor ou contra alguém. Os quatro dias anteriores à votação são passados em silêncio, na oração, em diálogos e em consultas pessoais”, explica padre Martinho. O número de votos também não é revelado sendo necessário, no entanto, maioria absoluta.
A eleição do novo Superior Geral é comunicada imediatamente ao Papa e só é divulgada com seu consentimento. O cargo de Geral da Companhia de Jesus é vitalício. Em determinados casos, permite-se a renúncia por idade muito avançada ou por doença, como acontece agora com padre Peter-Hans Kolvenbach, a quem padre Nicolas sucederá, tornando-se o 29º sucessor de Inácio de Loyola à frente Companhia.
“O novo Geral é de caráter simples e alegre, é bem humorado e exato no falar”, descreve padre Marinho Lenz. “Com profunda consciência de justiça social, o novo Geral tem compromisso com o ecumenismo, o diálogo inter-religioso e intercultural. Conhece bem as religiões orientais, especialmente, budismo e chintoismo”, sublinha.
CNBB
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