CIENTISTAS RECONHECEM MILAGRE ATRÍBUIDO A LEIGO ESPANHOL

Uma comissão de cinco médicos, por encargo da Congregação para as Causas dos Santos, reconheceu como, cientificamente inexplicável, o que se considera que é um milagre atribuído à intercessão do leigo Manuel Lozano Garrido, conhecido entre seus amigos como Lolo, jornalista e deficiente.O reconhecimento dos médicos constitui um passo decisivo para a beatificação do jornalista. Agora este caso será analisado pela comissão de teólogos e depois pela de cardeais.Em entrevista concedida a Zenit, o Postulador, Dom Rafael Higueras, que viu este leigo de Linares morrer em seus braços, fala da vida de Manuel Lozano: "ele fez parte da Ação Católica e que criou grupos de oração em mosteiros que rezavam, e rezam ainda, pelos comunicadores".Bento XVI aprovou, em 17 de dezembro, a publicação do decreto que reconhece as virtudes heróicas deste espanhol, que viveu boa parte de sua vida (1920-1971) em uma cadeira de rodas e nos últimos anos ficou cego e paralítico."Esta semana faz justamente um mês desde que se declararam as virtudes heróicas de Lolo. Nessa ocasião, o Papa recebeu os postuladores e nesse mesmo dia assinou o decreto de virtudes heróicas de Lolo", afirma Dom Rafael.O Postulador disse que "é práxis da Igreja que nunca se estude um milagre se antes não se reconheceu a vida e virtudes da pessoa. Hoje a equipe de consultoria médica se reuniu e deu seu voto positivo. Agora resta reunir uma comissão de teólogos para que analisem se este fato cientificamente inexplicável teve por invocação a Deus através da intercessão de Lolo, e não outras razões também para a inexplicabilidade da cura. Depois os cardeais voltarão a estudá-lo. Só depois o Papa pode assinar o sim ao milagre.Segundo Dom Rafael o milagre atribuido a Manuel foi a cura do menino Rogelio de Haro Sagra, de sepse por germes gram-negativos (1972). Um menino de um ano e meio em 1974 (Lolo morreu em 1971) que teve apendicite, peritonite, foi operado, o quadro se complicou, tiveram de extirpar um metro e meio de seu intestino. A situação complicou-se com vômitos. O avô levou a mortalha para enterrá-lo no povoado natal. Colocam sobre ele o crucifixo de Lolo e depois de três ou quatro dias ele já estava em sua casa."Lolo era um enamorado da vida, tão enamorado que falava de qualquer coisa, do que acontecia na rua e do que os meninos brincavam; do que acontecia na cidade pela situação mineira de Linares", declara o Postulador. E conclui, "Lolo era um defensor da vida. Ele sabia que em qualquer momento podia morrer, mas que sempre tinha de estar fazendo o que estivesse em suas mãos para servir na dor, ainda que custasse muito.
Zenit/Canção Nova Notícias