terça-feira, 25 de dezembro de 2007

DOM ALOÍSIO NA CASA DO PAI

O nosso querido Dom Aloísio partiu para a casa do Pai! Para nós padres ele foi pai, irmão e amigo. Quando nos chamava para conversar e mesmo quando tinha alguma reclamação a fazer, era de uma humanidade ímpar, que de lá saíamos animados e confortados.
Grande homem, grande pai e grande pastor. Digo com firme convicção que Dom Aloísio foi o bom pastor, que em profundidade deu a vida por suas ovelhas, não excluindo ovelha alguma (cf. Jo 10,11). Tornou-se uma referência em todos os sentidos, pela sua coerência, seu jeito simples de viver e testemunhar o seu amor e sua coragem profética em favor dos carentes de toda natureza.
Ele tinha diante dos olhos, na mente e no coração o grande sonho de Deus, isto é, uma humanidade renovada e reconciliada na paz e no amor, onde todos pudessem participar dos bens e dons da criação (cf. Is 11, 1-10).
Dom Aloísio compreendeu em profundidade Igreja, a partir do Concílio Vaticano II e por ela deu a vida. Sonhava não com “um jeito de ser Igreja, mas um jeito da Igreja ser”.
Foi grande e extraordinário em tudo. Ninguém melhor do que Dom Aloísio na luta em favor dos direitos humanos, tornando-se um símbolo. “O ser humano só é grande em Deus” é uma frase desse homem que só soube fazer uma coisa: espalhar bondade e exercer com paixão a sua missão profética.
Dom Aloísio, o senhor partiu e nos deixou saudade! Lá do céu interceda por nós, para que a sua luta seja a nossa luta. Fique certo de que o senhor é um patrimônio de todos nós cearenses. Nunca iremos lhe esquecer.

Pe Geovane Saraiva,
Pároco de Santo Afonso, na Parquelândia

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