domingo, 18 de novembro de 2007

SABEDORIA,. UM DOM

No mundo de hoje são muitas as conquistas da ciência e muitos os avanços da técnica, que nos faz lembrar a sábia expressão do Papa Paulo VI: “Os tempos de hoje parecem mais orientados para a conquista da terra do que para o reino de Deus”. Em muitas circunstâncias, Deus é esquecido, é como se não existisse.
A ciência tem o seu atrativo, mas precisamos implorar a ajuda de Deus para que não sejamos seduzidos e coloquemos a ciência em primeiro lugar. A missão da Igreja é aquela de voltar-se para o homem nos dias de hoje, com um diálogo aberto, franco e construtivo, oferecendo ao mundo todos os meios e especialmente o Evangelho como sua maior riqueza.
Todos nós, fiéis e seguidores, precisamos mais do que nunca viver a nossa fé, de um modo tal, que arda de amor por Nosso Senhor Jesus Cristo e sua Igreja. A Igreja é mãe e mestra. Mas ela acontece e se concretiza nas comunidades. Na comunidade, unida às outras comunidades, na paróquia e na diocese ela se encontra e se realiza.
Precisamos de muita sabedoria, que não é esperteza, vivacidade e muito menos acúmulo de conhecimento, de saber e ciências, mas da sabedoria que é o espírito que ama os homens, que é um reflexo da luz eterna, que é espelho sem mancha da atividade de Deus e imagem da sua bondade (cf. Sab 7,26-29).
A ciência do bem e do mal foi negada ao homem, porque ele queria se tornar igual a Deus (cf. Gn 2,17). Querer tal ciência para si, seria um atentado contra Deus. Deus é o Senhor e dono de toda sabedoria e de toda ciência, distribuindo dons e graças aos que ele ama. Pelo dom do Espírito Santo, o homem, na fé, chega a contemplar e a saborear o mistério divino (GS, 247).
Busquemos a sabedoria que é o próprio Deus: “dia após dia era as suas delícias, folgando perante em todo tempo. Regozinjando-se no seu mundo habitável, e achando as minhas delícias com os filhos dos homens” (Pv 8, 30-31).

Pe Geovane Saraiva,
Pároco de Santo Afonso

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