sexta-feira, 2 de novembro de 2007

MORTE ENCONTRO COM O ABSOLUTO

Dom Geraldo M. Agnelo, 74,
É cardeal arcebispo de Salvador (BA)

O "dia de finados" acontece hoje.
O pensamento da morte não nos deixa colocá-lo de lado ou removê-lo com pequenas astúcias. A maioria de nós procura reprimi-lo. Empregamos notável parte de nossas energias para ter longínquo o pensamento da morte. Esforço psicológico para cobrir o que tende sempre a ser descoberto.
Alguns ostentam segurança de si mesmo, dizendo que sabem que devem morrer, mas não se preocupam excessivamente; pensam na vida e não na morte. É a posição do homem secularizado que procura ser independente da fé, e de Deus. Isso não é senão um de tantos modos com que se tenta exorcizar o medo.
Muitas pessoas tentaram dar resposta ao problema da morte. Os poetas não propõem soluções, mas tomam consciência de nossa situação. Parece vento impetuoso que levanta ondas altas do mar e não se sabe o que mais atingirá nem como, haja visto o tsuname. “Assim, diz um poeta, sou eu que sem rumo, giro pelo mundo, sem pensar de onde vim, nem para onde vou”.
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