quarta-feira, 21 de novembro de 2007

CRIAÇÃO DE SISTEMA COORDENADO FRENTE A DESASTRES NATURAIS

Rádio Vaticano
A tragédia de Bangladesh, devastado pelo ciclone Sidr, demonstra a necessidade de se criar um sistema "coordenado e eficaz" de resposta aos desastres naturais: foi o apelo dirigido à comunidade internacional pelo observador permanente da Santa Sé na ONU, Dom Celestino Migliore, num pronunciamento ontem, segunda-feira, na sede do organismo internacional, em Nova Iorque.Na abertura de seu discurso, o arcebispo Migliore expressou o pesar da Santa Sé pelas vítimas do ciclone Sidr, em Bangladesh. Em seguida, fazendo eco às palavras do Papa no Ângelus de domingo passado, fez votos de que a máquina da solidariedade multiplique seus esforços para socorrer todas as pessoas provadas pelo desastre natural.A devastação de Bangladesh, afirmou o prelado, coloca em primeiro plano os efeitos devastadores que a natureza pode provocar em todas as partes do mundo. É então necessário, advertiu, criar um "sistema de resposta aos desastres, eficaz e coordenado. Não somente desastres naturais já que muitas vezes é o homem com as guerras quem provoca devastações".Em tal contexto, Dom Migliore reiterou que as partes comprometidas em conflitos devem respeitar as leis internacionais em matéria humanitária.Em seguida, o observador vaticano fez votos de que as Nações Unidas reforcem seu papel de coordenação para afrontar os desastres. Para essa finalidade, ressaltou, a ONU deve contar com a plena colaboração dos Estados diretamente envolvidos."Por outro lado, prosseguiu, com o proliferar das agências humanitárias é importante que a ONU desenvolva a colaboração entre elas no respeito pelas próprias especificidades. Uma sinergia com as realidades locais e as autoridades que ajude as populações atingidas também na transição da fase de resposta à emergência à fase de reconstrução".Dom Migliore concluiu o seu discurso reiterando a importância de intervenções de longo alcance. "As imagens de desastres provocam uma intervenção imediata e uma corrida de solidariedade internacional. Todavia, quando a atenção da opinião pública se volta para outras prioridades, aquilo que era considerada uma emergência é rapidamente esquecido com grave dano para as populações". Daí, a exortação do representante vaticano a se manter os compromissos assumidos e, aliás, a se colocar em primeiro plano justamente aquelas situações de crises esquecidas.

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