segunda-feira, 31 de janeiro de 2022
EVANGELHO DO DIA
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Marcos 5,1-20
Naquele tempo: 1Jesus e seus discípulos chegaram à outra margem do mar, na região dos gerasenos. 2Logo que saiu da barca, um homem possuído por um espírito impuro, saindo de um cemitério, foi ao seu encontro. 3Esse homem morava no meio dos túmulos e ninguém conseguia amarrá-lo, nem mesmo com correntes. 4Muitas vezes tinha sido amarrado com algemas e correntes, mas ele arrebentava as correntes e quebrava as algemas. E ninguém era capaz de dominá-lo. 5Dia e noite ele vagava entre os túmulos e pelos montes, gritando e ferindo-se com pedras. 6Vendo Jesus de longe, o endemoninhado correu, caiu de joelhos diante dele 7e gritou bem alto: 'Que tens a ver comigo, Jesus, Filho do Deus altíssimo? Eu te conjuro por Deus, não me atormentes!' 8Com efeito, Jesus lhe dizia: 'Espírito impuro, sai desse homem!' 9Então Jesus perguntou: 'Qual é o teu nome?'
O homem respondeu: 'Meu nome é 'Legião', porque somos muitos.'
10E pedia com insistência para que Jesus não o expulsasse da região. 11Havia aí perto uma grande manada de porcos, pastando na montanha. 12O espírito impuro suplicou, então: 'Manda-nos para os porcos, para que entremos neles.' 13Jesus permitiu. Os espíritos impuros saíram do homem e entraram nos porcos. E toda a manada - mais ou menos uns dois mil porcos - atirou-se monte abaixo para dentro do mar, onde se afogou. 14Os homens que guardavam os porcos saíram correndo e espalharam a notícia na cidade e nos campos. E as pessoas foram ver o que havia acontecido. 15Elas foram até Jesus e viram o endemoninhado sentado, vestido e no seu perfeito juízo, aquele mesmo que antes estava possuído pela Legião. E ficaram com medo. 16Os que tinham presenciado o fato explicaram-lhes o que havia acontecido
com o endemoninhado e com os porcos. 17Então começaram a pedir que Jesus fosse embora da região deles. 18Enquanto Jesus entrava de novo na barca, o homem que tinha sido endemoninhado pediu-lhe que o deixasse ficar com ele. 19Jesus, porém, não permitiu. Entretanto, lhe disse: 'Vai para casa, para junto dos teus e anuncia-lhes tudo o que o Senhor,
em sua misericórdia, fez por ti.' 20Então o homem foi embora e começou a pregar na Decápole tudo o que Jesus tinha feito por ele. E todos ficavam admirados. Palavra da Salvação.
REFLEXÕES SOBRE AS LEITURAS DE HOJE
31
DE JANEIRO DE 2022
2ª. FEIRA DA 4ª. SEMANA DO
TEMPO COMUM
Cor Verde
1ª. Leitura – II Sam 15, 13-14.
30;16,5-13a
Leitura do
Segundo Livro de Samuel 15, 13-14. 30;16,5-13a
Naqueles dias: 13Um mensageiro veio dizer a
Davi: 'As simpatias de todo o Israel estão com Absalão'. 14Davi disse
aos servos que estavam com ele em Jerusalém: 'Depressa, fujamos, porque, de
outro modo, não podemos escapar de Absalão! Apressai-vos em partir, para que
não aconteça que ele, chegando, nos apanhe, traga sobre nós a ruína, e passe a
cidade ao fio da espada'. 30Davi caminhava chorando, enquanto subia o
monte das Oliveiras,
com a cabeça coberta e os pés descalços. E todo o povo que o acompanhava, subia
também chorando, com a cabeça coberta.
16,5Quando o rei chegou a Baurim, saiu de lá um homem da parentela de
Saul, chamado Semei, filho de Gera, que ia proferindo maldições enquanto
andava. 6Atirava pedras contra Davi e contra todos os servos do rei,
embora toda a tropa e todos os homens de elite seguissem agrupados à direita e
à esquerda do rei Davi. 7Semei amaldiçoava-o, dizendo: 'Vai-te embora!
Vai-te embora, homem sanguinário e criminoso! 8O Senhor fez cair sobre
ti todo o sangue da casa de Saul, cujo trono usurpaste,
e entregou o trono a teu filho Absalão. Tu estás entregue à tua própria
maldade, porque és um homem sanguinário'. 9Então Abisai, filho de
Sarvia, disse ao rei: 'Por que há de este cão morto
continuar amaldiçoando o senhor, meu rei? Deixa-me passar para lhe cortar a
cabeça'. 10Mas o rei respondeu: 'Não te intrometas, filho de Sarvia! Se
ele amaldiçoa e se o Senhor o mandou maldizer a Davi, quem poderia dizer-lhe:
'Por que fazes isto?'. 11E Davi disse a Abisai e a todos os seus servos:
'Vede: Se meu filho, que saiu das minhas entranhas, atenta contra a minha vida,
com mais razão esse filho de Benjamim. Deixai-o amaldiçoar, conforme a
permissão do Senhor. 12Talvez o Senhor leve em conta a minha miséria,
restituindo-me a ventura em lugar da maldição de hoje'.
13aE Davi e seus homens seguiram adiante. Palavra do Senhor.
Reflexão - “a humilhação de Davi”
Perseguido pelo seu próprio filho Absalão, o rei Davi sofria ainda as
consequências do seu pecado contra Urias. No entanto, ele nos dá um verdadeiro
exemplo de humildade diante de Deus ao aceitar todas as afrontas que este lhe
fazia, assim como também os seus seguidores. Ele não se arvorou da sua condição
de rei de Israel, mas reconheceu que sofria as consequências dos seus próprios
pecados. Todavia a sua confiança no Senhor era ilimitada, por isso, ele
esperava de Deus misericórdia e piedade quando dizia: “Talvez Javé considere a minha
humilhação e me pague com bênçãos essas maldições de hoje”. É muito importante, que também, nós, quando
estivermos passando pelas aflições da vida, façamos uma reflexão das nossas
ações e das nossas omissões, reconhecendo no que erramos. Contudo, que não
fiquemos somente no reconhecimento da culpa, mas esperemos do Senhor a Sua
bênção em virtude da nossa humilhação. Deus nunca quer nos castigar por
castigar, apenas Ele nos chama à conversão para que tenhamos uma nova vida. – Você costuma refletir sobre as
consequências das suas ações? – A quem você atribui a culpa pelas coisas
desagradáveis que têm lhe acontecido? – Você é uma pessoa que reconhece
humildemente o seu erro?
Salmo - Sl 3,2-3. 4-5.
6-7 (R. 7b)
R. Levantai-vos, ó Senhor, vinde
salvar-me!
2Quão
numerosos, ó Senhor, os que me atacam;*
quanta gente se levanta contra mim!
3Muitos dizem, comentando a meu respeito: *
'Ele não acha a salvação junto de Deus!'R.
4Mas
sois vós o meu escudo protetor, *
a minha glória que levanta minha cabeça!
5Quando eu chamei em alta voz pelo Senhor, *
do Monte santo ele me ouviu e respondeu.R.
6Eu
me deito e adormeço bem tranqüilo;*
acordo em paz, pois o Senhor é meu sustento.
7Não terei medo de milhares que me cerquem *
e furiosos se levantem contra mim.R
Levantai-vos, ó Senhor, vinde salvar-me!
Reflexão - Quantas vezes na vida nós também nos sentimos assim como o salmista!
Tudo está contra nós e nada dá certo, as coisas que esperamos não acontecem,
tudo dá errado. As pessoas ao nosso redor zombam achando que não somos
abençoados por Deus e que clamamos o Seu Nome, em vão. No entanto, nós
confiamos na Sua resposta, porque muitas e muitas outras vezes Ele nos atendeu.
Sabemos que só Ele é o sustento da nossa caminhada e que no Senhor nós podemos
confiar. Ele virá nos salvar.
Evangelho - Mc 5,1-20
+ Proclamação
do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Marcos 5,1-20
Naquele tempo: 1Jesus e seus discípulos
chegaram à outra margem do mar, na região dos gerasenos. 2Logo que saiu
da barca, um homem possuído por um espírito impuro, saindo de um cemitério, foi
ao seu encontro. 3Esse homem morava no meio dos túmulos e ninguém
conseguia amarrá-lo, nem mesmo com correntes. 4Muitas vezes tinha sido
amarrado com algemas e correntes, mas ele arrebentava as correntes e quebrava
as algemas. E ninguém era capaz de dominá-lo. 5Dia e noite ele vagava
entre os túmulos e pelos montes, gritando e ferindo-se com pedras. 6Vendo
Jesus de longe, o endemoninhado correu, caiu de joelhos diante dele 7e
gritou bem alto: 'Que tens a ver comigo, Jesus, Filho do Deus altíssimo? Eu te
conjuro por Deus, não me atormentes!' 8Com efeito, Jesus lhe dizia:
'Espírito impuro, sai desse homem!' 9Então Jesus perguntou: 'Qual é o
teu nome?'
O homem respondeu: 'Meu nome é 'Legião', porque somos muitos.'
10E pedia com insistência para que Jesus não o expulsasse da região. 11Havia
aí perto uma grande manada de porcos, pastando na montanha. 12O espírito
impuro suplicou, então: 'Manda-nos para os porcos, para que entremos neles.' 13Jesus
permitiu. Os espíritos impuros saíram do homem e entraram nos porcos. E toda a
manada - mais ou menos uns dois mil porcos - atirou-se monte abaixo para dentro
do mar, onde se afogou. 14Os homens que guardavam os porcos saíram
correndo e espalharam a notícia na cidade e nos campos. E as pessoas foram ver
o que havia acontecido. 15Elas foram até Jesus e viram o endemoninhado
sentado, vestido e no seu perfeito juízo, aquele mesmo que antes estava
possuído pela Legião. E ficaram com medo. 16Os que tinham presenciado o
fato explicaram-lhes o que havia acontecido
com o endemoninhado e com os porcos. 17Então começaram a pedir que Jesus
fosse embora da região deles. 18Enquanto Jesus entrava de novo na barca,
o homem que tinha sido endemoninhado pediu-lhe que o deixasse ficar com ele. 19Jesus,
porém, não permitiu. Entretanto, lhe disse: 'Vai para casa, para junto dos teus
e anuncia-lhes tudo o que o Senhor,
em sua misericórdia, fez por ti.' 20Então o homem foi embora e começou a
pregar na Decápole tudo o que Jesus tinha feito por ele. E todos ficavam
admirados. Palavra da Salvação.
Reflexão - “as artimanhas dos espíritos do mal”
Neste Evangelho, nós acompanhamos a cura daquele homem que vivia nos cemitérios, no meio dos túmulos e assistimos como Jesus, com palavras fortes, expulsou a legião de espíritos imundos que o deixavam acorrentado. Jesus veio ao mundo para nos salvar da escravidão do pecado e da morte eterna, e nos cura para que possamos estar livres das amarras do inimigo que nos coloca em situações de pecado. Naquele tempo, Jesus expulsou os espíritos que entraram nos porcos, matando-os afogados. Hoje, também, muitas vezes somos reféns e escravos das artimanhas dos espíritos do mal, e perambulamos no mundo como quem caminha dentro de um cemitério. Insistimos em viver a cultura da morte. Não reconhecemos a Deus como nosso Pai e provedor e persistimos em lutar com armas que, ao invés de nos libertar são como algemas e correntes que nos prendem à mesma situação durante muito tempo da nossa vida. Os mortos que hoje nos cercam são o orgulho, a autossuficiência, o egoísmo, o amor-próprio e outros males que nos afligem como o medo, o desânimo, os ressentimentos, as mágoas, etc., todos, consequência do nosso ser pecador. Porém, o Pai não quer que se perca nenhum filho Seu, por isso, ainda hoje Jesus Cristo vem a nós a fim de nos libertar dos “espíritos maus” que nos perseguem e nos perdoa, nos purifica e nos ressuscita para nos tirar do sepulcro jogando para longe de nós os espíritos que nos prendiam. Depois que somos curados e libertados Jesus nos envia para amar e cultivar relacionamentos saudáveis a partir da nossa casa, na nossa família. Ele nos tira do meio dos sepulcros e nos conduz a uma vida de paz e harmonia conosco e com o próximo, bastando para isso, que nos rendamos ao Seu poder amoroso.
– Você ainda continua lutando com as armas que o mundo lhe impõe ou já se rendeu ao poder do Deus que liberta o homem do pecado?
– Quais são os “espíritos maus” que insistem em prender você no meio dos sepulcros?
- Você ainda se vê caminhando entre os mortos ou já se sente capaz de amar na sua própria casa?
-Pense nisso!
Helena Serpa,
Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho
SANTO DO DIA - SÃO JOÃO BOSCO
Nasceu perto de Turim, na Itália, em 16 de agosto de 1815. Muito cedo conheceu o que significava a palavra sofrimento, pois perdeu seu pai tendo apenas 2 anos. Sofreu incompreensões por causa de um irmão muito violento que teve. Dom Bosco quis ser sacerdote, mas sua mãe o alertava: “Se você quer ser padre para ser rico, eu não vou visitá-lo, porque nasci na pobreza e quero morrer nela”.
Logo, Dom Bosco foi crescendo diante do testemunho de sua mãe Margarida, uma mulher de oração e discernimento. Ele teve de sair muito cedo de casa, mas aquele seu desejo de ser padre o acompanhou. Entrou para o seminário em 1835 e, em junho de 1841, aos 26 anos de idade, ele recebeu a graça da ordenação sacerdotal. Um homem carismático, Dom Bosco sofreu. Desde cedo, ele foi visitado por sonhos proféticos que só vieram a se realizar ao longo dos anos. Um homem sensível, de caridade com os jovens, que se fez tudo para todos. Dom Bosco foi ao encontro da necessidade e da realidade daqueles jovens que não tinham onde viver e necessitavam de uma nova evangelização, de acolhimento. Um sacerdote corajoso, mas muito incompreendido. Foi chamado de louco por muitos, devido à sua ousadia e à sua docilidade ao Divino Espírito Santo.
Dom Bosco, criador dos oratórios, e, por meio desses, as catequeses e orientações profissionais foram surgindo para os jovens. Enfim, Dom Bosco era um homem voltado para o céu e, por isso, enraizado com o sofrimento humano, especialmente dos jovens. Grande devoto da Santíssima Virgem Auxiliadora, foi um homem de trabalho e oração. Exemplo para os jovens, foi pai e mestre, como encontramos citado na liturgia de hoje. São João Bosco foi modelo, mas também soube observar tantos outros exemplos. Em 1859, tendo o auxílio de Papa Pio IX, fundou a Congregação dos Salesianos dedicada à proteção de São Francisco de Sales, que foi o santo da mansidão. Isso Dom Bosco foi também para aqueles jovens e para muitos, inclusive aqueles que não o compreendiam.
Para a Canção Nova, para a Igreja e para todos nós, ele é um grande intercessor, porque viveu a intimidade com Nosso Senhor. Homem orante, de um trabalho santificado, em tudo viveu a inspiração de Deus. Deixou uma grande família, um grande exemplo de como viver na graça, fiel ao Nosso Senhor Jesus Cristo.
Em 31 de janeiro de 1888, tendo se desgastado por amor a Deus e pela salvação das almas, ele partiu, mas está conosco no seu testemunho e na sua intercessão. Foi beatificado por Pio XI em 2 de junho de 1929 e canonizado pelo mesmo em 1 de abril de 1934. Por ocasião do centenário de sua morte, São João Paulo II, o declarou “pai e mestre da juventude”.
São João Bosco, rogai por nós!
Oração a São João Bosco:
Oh, Dom Bosco Santo, que com tão grande amor e zelo, cultivastes às múltiplas formas de ação católica que hoje florescem na Igreja, concedei a suas associações o maior progresso e desenvolvimento. Redobrai, em todos os corações, a devoção à Santíssima Eucaristia e a Maria Auxiliadora dos cristãos.
Acrescentai neles o amor ao Papa, o zelo pela propagação da fé, um solícito esmero pela educação da juventude e grandes entusiasmos para suscitar novas vocações sacerdotais, religiosas e missionárias. Fazei que, em cada uma das nações, fomente-se e inicie a guerra contra a blasfêmia, o mal falar e a imprensa ímpia; fazendo surgir em todas as partes novos cooperadores para as diversas formas de apostolado recomendadas pelo Vigário de Cristo.
Infundi em todos os corações católicos a chama de vosso zelo, para que, vivendo em caridade difusiva, possam, ao fim de suas vidas, recolher o fruto das muitas obras boas praticadas durante ela.
Rezar um Pai-Nosso, Deus te salve e Glória.
Conheça 10 fatos sobre a vida de São João Bosco. Assista ao vídeo!
Referências:
https://www.salesianos.pt/biografia/sao-joao-bosco/
domingo, 30 de janeiro de 2022
A SAUDAÇÃO DE FRANCISCO AOS SALESIANOS: "FAZEM TANTO BEM NA IGREJA"
"Pensemos neste grande Santo, pai e mestre da juventude. Não se fechou na sacristia, não se fechou nas suas coisas. Saiu pela rua em busca dos jovens, com aquela criatividade que o caracterizou", disse o Papa no Angelus.
Jackson
Erpen – Cidade do Vaticano
Nesta segunda-feira, 31 de
janeiro, a Igreja festeja São João Bosco, nascido em 16 de agosto de 1815 em
uma família de camponeses, em Becchi, uma fração de Castel Nuovo de Asti, e
falecido em 31 de junho de 1888. Na véspera de sua festa litúrgica, o
Papa Francisco dirigiu uma saudação aos salesianos e salesianas, “que tanto bem
fazem na Igreja”:
Na
véspera da festa de São João Bosco, gostaria de saudar os salesianos e as
salesianas, que tanto bem fazem na Igreja. Acompanhei a Missa celebrada no
Santuário de Maria Auxiliadora [em Turim] pelo Reitor-Mor Ángel Fernández
Artime, rezei com ele por todos. Pensemos neste grande Santo, pai e mestre da
juventude. Não se fechou na sacristia, não se fechou nas suas coisas. Saiu pela
rua em busca dos jovens, com aquela criatividade que o caracterizou.
Felicidades a todos os salesianos e salesianos!
“Nem pessimista nem otimista, o salesiano do século XXI é um
homem cheio de esperança, porque sabe que o seu centro está no Senhor, capaz de
renovar tudo. Só isto nos salvará de viver numa atitude de resignação e
sobrevivência defensiva. Só isto tornará fecunda a nossa vida porque tornará
possível que o dom recebido continue a ser experimentado e expresso como boa
nova para e com os jovens de hoje”, havia escrito o Papa na longa mensagem aos
participantes do Capítulo Geral dos Salesianos, realizado em
Valdocco, de 16 de fevereiro a 4 de abril de 2020.
Francisco recordou na ocasião, que “um dos “gêneros literários”
de Dom Bosco eram os sonhos. Através deles o Senhor abriu caminho na sua
existência e na vida de toda a sua Congregação, ampliando a imaginação do
possível. Os sonhos, longe de o manter adormecido, ajudaram-no, como aconteceu
com São José, a assumir outra consistência e outra medida de vida, que brotam
das entranhas da compaixão de Deus. Era possível viver concretamente o
Evangelho... Ele teve um sonho e deu-lhe forma no Oratório.”
Dom Bosco foi beatificado por Pio XI em 1929 e canonizado em
1934
Fonte:
Vatican News
PAPA: DIANTE DE NOSSOS FECHAMENTOS, DEUS NÃO COLOCA FREIOS EM SEU AMOR
Os
longos anos de caminhada podem nos levar a pensar que conhecemos bem o Senhor,
e assim nos fecharmos às suas novidades e surpresas, fixos em nossas posições.
Para evitar isto, devemos ter a mente aberta e o coração simples e humilde:
"O Senhor pede uma mente aberta e um coração simples. E quando uma pessoa
tem uma mente aberta, um coração simples, tem a capacidade de surpreender-se,
de maravilhar-se. O Senhor nos surpreende sempre, é esta a beleza do encontro
com Jesus".
Jackson
Erpen - Cidade do Vaticano
“Que Nossa Senhora, modelo
de humildade e disponibilidade, nos mostre o caminho para acolher Jesus.” E
para acolher as suas novidades, devemos purificar-nos no "rio da
disponibilidade e em muitos banhos saudáveis de humildade."
A reflexão do Papa Francisco no Angelus deste IV
Domingo do Tempo Comum versa sobre a acolhida a Deus e seus desígnios, e parte
do Evangelho de Lucas proposto pela Liturgia do dia, que “narra a primeira
pregação de Jesus em sua cidade, Nazaré”, e "o êxito foi amargo",
encontra "incompreensão e também hostilidade".
De fato, "seus conterrâneos, mais do que uma palavra de
verdade – começa explicando Francisco aos fiéis reunidos na Praça São Pedro -
queriam milagres, sinais prodigiosos”. Mas “o Senhor não realiza nenhum e eles
o rejeitam, porque dizem que já o conhecem desde criança, que é o filho de
José, e assim por diante”, o que leva Jesus a pronunciar a célebre frase:
"Nenhum profeta é bem recebido em sua terra".
Deus não coloca freios em seu amor
Mas se Jesus, conhecendo o coração dos conhecidos e sabendo dos
riscos que corria de ser rejeitado, por que foi pregar em sua cidade assim
mesmo? - pergunta o Papa -, ”por que fazer o bem a pessoas que não estão
dispostas a te acolher?”:
“Essa é uma pergunta que
também nós muitas vezes nos fazemos. Mas é uma pergunta que nos ajuda a
compreender melhor Deus: Ele, diante de nossos fechamentos, não retrocede: não
coloca freios em seu amor. Vemos um reflexo disso naqueles pais que têm
consciência da ingratidão de seus filhos, mas nem por isso deixam de amá-los e
de fazer-lhes o bem. Deus é assim, mas em um nível muito mais elevado. E hoje
ele convida também a nós a acreditar no bem, a não deixar de fazer o bem.”
Humildade e disponibilidade
“Eles não foram acolhedores, e nós?”. A hostilidade em relação a
Jesus – observou Francisco - também nos provoca. E para ilustrar os “modelos de
acolhida que Jesus propõe hoje a seus conterrâneos e a nós”, volta seu
pensamento aos dois livros de Reis, que falam de dois estrangeiros – a viúva de
Sarepta de Sidônia e Naamã, o sírio – que acolhem Elias – “apesar da fome e
embora o profeta fosse perseguido político-religioso” e Eliseu – “que o levou a
se humilhar, a banhar-se sete vezes no rio, como se fosse uma criança
ignorante”.
Quer a viúva como Naamã, “acolheram com sua disponibilidade e
humildade. O modo de acolher Deus é sempre ser disponível, acolhê-Lo e ser
humilde". Ou seja, a fé passa pela “disponibilidade e humildade. Eles “não
rejeitaram os caminhos de Deus e de seus profetas; foram dóceis, não rígidos e
fechados”:
“Irmãos e irmãs, também
Jesus percorre o caminho dos profetas: apresenta-se como não esperávamos. Não o
encontra quem procura milagres, se nós buscarmos milagres não encontraremos
Jesus, que busca novas sensações, experiências íntimas, coisas estranhas, não!
Quem busca uma fé feita de poder e sinais externos. Não, não o encontrará.
Somente o encontra, por outro lado, quem aceita seus caminhos e seus desafios,
sem lamentações, sem suspeitas, sem críticas e sem cara feia.”
Para evitar fechamentos, o Senhor pede mente aberta e coração
simples
Assim, Jesus nos pede para acolhê-Lo na realidade cotidiana, na
Igreja de hoje, nos necessitados, nos problemas na família, nos pais, nos
filhos, nos avós, "acolher Deus ali, onde Ele está, e nos convida a nos
purificarmos no rio da disponibilidade e em muitos banhos saudáveis de
humildade. É preciso humildade para encontrar Deus, para deixar-se encontrar
por Ele”:
“E nós, somos acolhedores ou
nos assemelhamos aos seus conterrâneos, que achavam que sabiam tudo sobre ele?
'Eu estudei teologia, fiz aquele curso de catequese...eu sei tudo sobre Jesus',
como um "tolo"... Não seja tolo, tu não conheces Jesus. Quem sabe, depois
de tantos anos sendo crentes, pensamos que conhecemos bem o Senhor, com nossas
ideias e nossos julgamentos, tantas vezes. O risco é de nos acostumarmos com
Jesus, fechando-nos às suas novidades, ao momento em que Ele bate à porta e te
diz uma coisa nova, quer entrar em ti. Nós devemos sair desse estar fixos em
nossas posições. O Senhor pede uma mente aberta e um coração simples. E quando
uma pessoa tem uma mente aberta, um coração simples, tem a capacidade de
surpreender-se, de maravilhar-se. O Senhor nos surpreende sempre, é esta a
beleza do encontro com Jesus".”
Que Nossa Senhora, modelo de humildade e disponibilidade - disse
ao concluir - nos mostre o caminho para acolher Jesus.
Fonte:
Vatican News
DIA DA VIDA CONSAGRADA: CHAMADOS A SER IGREJA SINODAL
Em carta para o XXVI Dia Mundial da Vida Consagrada, o cardeal João Braz de Aviz e Dom José Rodríguez Carballo exortam a refletir sobre a palavra "participação" ligada ao caminho sinodal.
Vatican News
“Uma ocasião de encontro marcada pela fidelidade de
Deus, que se manifesta na alegre perseverança de tantos homens e mulheres,
consagradas e consagrados em institutos religiosos, monásticos, contemplativos,
nos institutos seculares e "novos institutos", membros do ordo
virginum, eremitas, membros de sociedades de vida apostólica de todos os
tempos”.
É o que escrevem o prefeito e o secretário da
Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida
Apostólica – cardeal João Braz de Aviz e o arcebispo José Rodríguez Carballho
O.F.M., respectivamente – na carta por ocasião do XXVI Dia Mundial da Vida
Consagrada, a ser celebrado em 2 de fevereiro
Se em 2020 o convite era para “praticar a espiritualidade
de comunhão”, neste ano a ênfase recai sobre a segunda palavra do Sínodo, “para
convidar cada um de nós a fazer sua parte, a participar”. Assim, que ninguém se
sinta excluído ou excluída deste caminho, que ninguém pense “não me diz
respeito”, mas a todos é pedido para entrar no “dinamismo da escuta recíproca,
conduzido em todos os níveis de Igreja, envolvendo todo o povo de Deus”,
recordando as palavras do Papa Francisco à Diocese de Roma.
Na mensagem dirigida à Vida Consagrada, é explicado
que se trata, sobretudo, “de um caminho que interpela cada comunidade
vocacional no seu ser expressão visível de uma comunhão de amor, reflexo da
relação trinitária, de sua bondade e de sua beleza, capaz de suscitar novas
energias para nos confrontarmos concretamente com o momento atual”.
“Se voltarmos ao nosso chamado vocacional –
escrevem -, reencontraremos a alegria de sentir e fazer parte de um projeto de
Amor para o qual outros irmãos e irmãs, antes de nós e conosco, colocaram a
própria vida à disposição”:
“Quanto
entusiasmo no início das nossas histórias vocacionais, quanto encanto ao
descobrir que o Senhor também me chama a realizar este sonho de bem para a
humanidade! Reavivemos e cuidemos de nossa pertença porque, o sabemos muito
bem, com o tempo corre o risco de perder força, sobretudo quando substituímos a
atratividade do nós pela força do eu.”
E enquanto é percorrido esse caminho eclesial, o
convite é para interrogar-se:
“Quem
são as irmãs, os irmãos que escutamos e, sobretudo, por que os escutamos? Uma
pergunta que, repetimos, todos somos chamados a fazer-nos, porque não podemos
chamar-nos comunidade vocacional e muito menos comunidade de vida, se falta a
participação de alguém.”
Assim, a exortação para entrar neste caminho de
toda a Igreja, “com a riqueza dos nossos carismas e da nossa vida, sem esconder
fadigas e feridas, firmes na convicção de que só podemos receber e dar o Bem,
porque "a vida consagrada nasce na Igreja, cresce e só pode dar frutos
evangélicos na Igreja, na comunhão viva do Povo fiel de Deus” (Papa Francisco, 11 de dezembro de 2021).
Nesse sentido, “a participação torna-se então uma
responsabilidade”:
“Não
podemos faltar, não podemos deixar de estar entre os outros e com os outros,
nunca e ainda mais neste chamado a ser Igreja sinodal! E mesmo antes disso,
sabemos bem que a sinodalidade começa dentro de nós: de uma mudança de
mentalidade, de uma conversão pessoal, na comunidade ou fraternidade, em casa,
no trabalho, em nossas estruturas para expandir-se nos ministérios e na
missão.”
Trata-se de uma dinâmica gravada em nossa vida, e
como um eco daquela primeira resposta ao Amor do Pai que nos alcançou:
“É
aí, nessa dinâmica de apelo e de adesão que reside a raiz desta atitude de
estar dentro dos processos que dizem respeito à vida da comunidade e de cada
pessoa, a sentir na nossa carne as feridas e as expectativas, a fazer o que
pudermos, a começar por colocar tudo nas mãos de Deus com a oração, a não
substrair-se do esforço de testemunhar a esperança, dispostos a perder contanto
que se alimente aquele caminho juntos que começa com a escuta, que significa
abrir espaço para o outro em nossa vida, levando a sério o que é importante
para ele.”
A
participação assume assim o estilo de co-responsabilidade de referir-se antes
ainda que à organização e ao funcionamento da Igreja, à sua própria natureza, a
comunhão e ao seu sentido último: o sonho missionário de chegar a todos, de
cuidar de todos, de sentir que todos são irmãos e irmãs, juntos na vida e na
história, que é a história da salvação.
Fonte:
Vatican News
PAPA A MATTARELLA: SEU SERVIÇO É ESSENCIAL PARA CONSOLIDAR A UNIDADE
No
telegrama ao presidente da República italiana, Francisco fala do "espírito
de generosa disponibilidade" com que acolheu a reeleição neste momento de
pandemia e incerteza
Vatican News
"Seu serviço é ainda mais essencial para
consolidar a unidade". Com estas palavras, o Papa Francisco saudou a
reeleição do presidente da República italiana Sergio Mattarella. No telegrama
enviado ao chefe de Estado, o Pontífice apresenta as "cordiais
felicitações pela sua reeleição ao cargo supremo da República italiana" e
expressa "os seus melhores votos para o cumprimento da sua elevada missão,
que acolheu com espírito de generosa disponibilidade".
"Nestes tempos caracterizados pela pandemia -
escreve o Santo Padre - em que se multiplicaram tantas dificuldades e
incertezas, especialmente no âmbito do trabalho, e aumentou, junto com a
pobreza, também o medo, que leva a fechar-se em si mesmos, o seu serviço é
ainda mais essencial para consolidar a unidade e transmitir serenidade ao
país".
"Asseguro
ao senhor - conclui o Pontífice no telegrama ao chefe de Estado reeleito - as
minhas orações, para que possa continuar a apoiar o querido povo italiano na
construção de uma convivência cada vez mais fraterna e encorajá-lo a enfrentar
o futuro com esperança. Que os santos padroeiros da Itália o acompanhem e
intercedam pelo senhor”.
Fonte:
Vatican News
“A MELHOR PARTE”
Com uma
carinhosa dedicatória do autor, recebi o livro “A melhor parte”, escrito pelo
padre Geovane Saraiva, pároco da Paróquia Santo Afonso, do bairro Parquelândia,
o qual estou programando para lê-lo o mais rápido possível.
“A melhor
parte”, é uma coletânea de artigos, entre eles um
texto de Lucas 10, 38-42, que relata que Jesus ia para Jerusalém, mas antes
passou por Betânia, para visitar os irmãos Lázaro, Marta e Maria, aos quais o
Senhor amava muito. Eram seus amigos.
Jesus tem um
diálogo com Marta, que se ocupava em muitas coisas. Maria, pelo contrário,
preferia alimentar-se do que dizia o Senhor, que aproveitou a ocasião para
dizer “Marta , Maria escolheu a melhor parte, que não lhe será tirada”.
EVANGELHO DO DIA
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 4,21-30
Naquele tempo: Entrando Jesus na sinagoga disse: 21'Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura que acabastes de ouvir.'
22Todos davam testemunho a seu respeito, admirados com as palavras cheias de encanto que saíam da sua boca. E diziam: 'Não é este o filho de José?' 23Jesus, porém, disse: 'Sem dúvida, vós me repetireis o provérbio: Médico, cura-te a ti mesmo. Faze também aqui, em tua terra, tudo o que ouvimos dizer que fizeste em Cafarnaum.' 24E acrescentou: 'Em verdade eu vos digo que nenhum profeta é bem recebido em sua pátria. 25De fato, eu vos digo: no tempo do profeta Elias, quando não choveu durante três anos e seis meses e houve grande fome em toda a região, havia muitas viúvas em Israel. 26No entanto, a nenhuma delas foi enviado Elias, senão a uma viúva que vivia em Sarepta, na Sidônia.
27E no tempo do profeta Eliseu, havia muitos leprosos em Israel.
Contudo, nenhum deles foi curado, mas sim Naamã, o sírio.'
28Quando ouviram estas palavras de Jesus, todos na sinagoga ficaram furiosos. 29Levantaram-se e o expulsaram da cidade.
Levaram-no até ao alto do monte sobre o qual a cidade estava construída, com a intenção de lançá-lo no precipício. 30Jesus, porém, passando pelo meio deles, continuou o seu caminho. Palavra da Salvação.
REFLEXÕES SOBRE AS LEITURAS DE HOJE
30 DE JANEIRO DE 2022
4º DOMINGO DO TEMPO COMUM
Cor Verde
1ª. Leitura –
Jr 1, 4-5.17-19
Leitura do Livro do Profeta Jeremias 1,4-5.17-19
Nos dias de Josias, rei de Judá, 4Foi-me dirigida a palavra do Senhor, dizendo: 5'Antes de formar-te no ventre materno, eu te conheci;
antes de saíres do seio de tua mãe, eu te consagrei e te fiz profeta das
nações'. 17Vamos, põe a roupa e o cinto, levanta-te
e comunica-lhes tudo que eu te mandar dizer: não tenhas medo, senão, eu te farei
tremer na presença deles.
18Com efeito, eu te
transformarei hoje numa cidade fortificada,
numa coluna de ferro, num muro de bronze contra todo o mundo,
frente aos reis de Judá e seus príncipes, aos sacerdotes e ao
povo da terra; 19eles
farão guerra contra ti, mas não prevalecerão,
porque eu estou contigo para defender-te', diz o Senhor.
Palavra do Senhor.
Reflexão - “Nunca poderemos duvidar de que poderemos realizar grandes feitos”
Jeremias,
ainda quase uma criança, recebe o chamado de Deus para profetizar e assumir sem
temor a sua consagração. Com palavras firmes Deus fez a promessa de
transformá-lo numa cidade fortificada, numa coluna de ferro e muro de bronze e,
assim, livrá-lo de toda perseguição. A
Palavra de Deus ainda hoje continua viva e atuante e tem poder para nos tirar
da passividade e da estagnação a fim de que também tenhamos a consciência de
que “antes de sermos formados no seio da
nossa mãe, fomos consagrados pelo Senhor para sermos profetas das nações”!
Somos hoje os profetas do Senhor! O profeta é aquele (a) que abre a boca para
proclamar a Palavra de Deus e não tem medo de fazê-lo diante de “reis e de príncipes”, porque é o
próprio Deus quem o (a) sustenta e orienta. No nosso Batismo também recebemos a
missão de ser profeta, de falar em Nome de Deus com a autoridade que o Espírito
Santo nos dá. A nós compete tomar consciência e acreditar, vigiando e tendo
esperança de que tudo o que foi revelado ao profeta destina-se a nós como uma
missão. Nunca poderemos duvidar de que
poderemos realizar grandes feitos, porque a nós o Senhor também ordena: “Vamos, põe a roupa e o cinto, levanta-te e
comunica-lhe tudo que eu te mandar dizer: não tenhas medo, senão eu te farei
tremer na presença deles.” Há muito
o que ser feito e o Senhor espera muito de cada um de nós. Com o poder do Espírito Santo o Senhor
também pode nos transformar em uma cidade fortificada em uma coluna de ferro ou
um muro de bronze e nos fortalece e envia para falar em Seu Nome. Ele nos manda
também enfrentar os poderosos da terra e nos previne: “eles farão guerra contra ti, mas não prevalecerão, porque eu estou
contigo para defender-te!” Não tenhamos medo de assumir a missão de
profeta, pois o Senhor está conosco, pronto para defender-nos. – Você sabia que é convidado (a) para ser
profeta na sua casa, na sua família? – Você sabia que os reis e os príncipes
que têm de enfrentar estão na sua casa? – O que seria a roupa e o cinto que
falta você pôr para ser profeta? – Você já pensou que foi consagrado (a) ainda
no seio da sua mãe?
Salmo 70,1-2.3-4a.5-6ab.15ab.17 (R.15ab)
R.Minha boca
anunciará todos os dias, vossas graças incontáveis, ó Senhor.
1Eu procuro meu refúgio em vós, Senhor:*
que eu não seja envergonhado para sempre!
2Porque sois justo,
defendei-me e libertai-me!*
Escutai a minha voz, vinde salvar-me! R.
3Sede uma rocha protetora para mim,*
um abrigo bem seguro que me salve!
Porque sois a minha força e meu amparo,
o meu refúgio, proteção e segurança!
4aLibertai-me, ó meu Deus, das
mãos do ímpio. R.
5Porque sois, ó Senhor Deus, minha esperança,*
em vós confio desde a minha juventude!
6aSois meu apoio desde antes
que eu nascesse,
6bdesde o seio maternal, o meu
amparo. R.
15aMinha boca anunciará todos os dias*
15bvossa justiça e vossas
graças incontáveis.
17Vós me ensinastes desde a
minha juventude,*
e até hoje canto as vossas maravilhas. R.
Reflexão
- Quando temos consciência de que desde antes do nosso nascimento nós somos
amparados (as) pelo Senhor e que Ele continua sendo o nosso refúgio e proteção
nós temos confiança de anunciar a todas
as nações a Sua justiça e a Sua bondade, porque já a experimentamos. As graças
que recebemos na nossa vida dão testemunho ao mundo do Seu poder e da Sua
presença perto de nós. Por isso, podemos
anunciar a sua grandeza e cantar os Seus louvores, pois, só quem experimentou a
justiça de Deus que é o Seu amor, pode propagá-la ao mundo sem temor algum.
2ª. Leitura – I
Cor 12, 31-13,13
Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios
12,31-13,13
Irmãos: 31Aspirai aos dons mais elevados. Eu vou ainda
mostrar-vos um caminho incomparavelmente superior. 13,1Se eu falasse todas as línguas, as dos homens e as
dos anjos, mas não tivesse caridade, eu seria como um bronze que soa ou um
címbalo que retine. 2Se eu tivesse o dom da profecia, se
conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, se tivesse toda a fé, a ponto
de transportar montanhas, mas se não tivesse caridade, eu não seria nada. 3Se eu gastasse todos os meus bens para sustento dos
pobres, se entregasse o meu corpo às chamas, mas não tivesse caridade, isso de
nada me serviria. 4A caridade é paciente, é benigna; não é
invejosa, não é vaidosa, não se ensoberbece;
5não faz nada de
inconveniente, não é interesseira, não se encoleriza, não guarda rancor; 6não se alegra com a iniqüidade,
mas se regozija com a verdade. 7Suporta tudo, crê tudo,
espera tudo, desculpa tudo. 8A caridade não acabará nunca.
As profecias desaparecerão, as línguas cessarão, a ciência
desaparecerá. 9Com
efeito, o nosso conhecimento é limitado
e a nossa profecia é imperfeita. 10Mas, quando vier o que é perfeito, desaparecerá o que é imperfeito. 11Quando eu era criança, falava como
criança, pensava como criança, raciocinava como criança. Quando me tornei
adulto, rejeitei o que era próprio de criança. 12Agora nós vemos num espelho, confusamente,
mas, então, veremos face a face. Agora, conheço apenas de modo
imperfeito, mas, então, conhecerei como sou conhecido.
13Atualmente permanecem estas
três coisas: fé, esperança, caridade. Mas a maior delas é a caridade. Palavra do Senhor.
Reflexão – “Um Hino ao Amor”
Durante
toda a nossa vida nós buscamos “meios” para atingir a perfeição, procuramos nos
instruir e ser formados nas coisas de Deus e desejamos crescer espiritualmente
para tocar a realidade celeste! No entanto, se pararmos para refletir,
chegaremos à conclusão de que precisamos apenas nos exercitar para trilharmos o
caminho mais excelente de todos que é o caminho da caridade. Neste
Hino ao Amor, São Paulo nos dá, então, conhecimento do melhor itinerário para
pôr em prática os dons que recebemos de Deus nesse caminho da caridade. A
caridade se constitui no Amor de Deus que manifestamos ao nosso próximo durante
a na nossa vida, não simplesmente por meio das nossas boas ações e boas obras,
mas, principalmente, pelo sentido que damos ao bem que fazemos e a motivação
que damos às nossas atitudes. A verdadeira caridade é aquela que se fundamenta
no Amor que Deus tem por cada um de nós. Por isso, quando lemos que a caridade
é paciente, benigna, não é invejosa, etc. nós poderíamos dizer que Deus é
paciente, benigno, não é invejoso, porque Deus é a CARIDADE, DEUS É AMOR. Para nós, portanto, tudo se resume na
vivência do AMOR, pois viver o amor é viver do jeito que Deus nos ensina e da
mesma maneira como vivem os que estão no céu. Se quisermos antecipar o céu
precisamos viver desde já, o amor aqui na terra, nos envolvendo
e partilhando com o próximo o que ele necessita, mas fazendo-o, com
paciência, com bondade, sem inveja nem vaidade, sem alarde, sem querer aparecer
e, principalmente sem esperar recompensa. O amor com que realizamos todas as
coisas será o caminho que nos conduzirá ao céu. – Você é uma pessoa
caridosa? – Como você tem vivido a caridade? - Você se considera uma
pessoa boa porque tem dado muitas esmolas? – Você é uma pessoa paciente? – Você
se irrita com facilidade, você é grosseiro (a) com os outros.
Evangelho – Lc
4, 21-30
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo
Lucas 4,21-30
Naquele tempo: Entrando Jesus na sinagoga disse: 21'Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura que
acabastes de ouvir.'
22Todos davam testemunho a seu
respeito, admirados com as palavras cheias de encanto que saíam da sua boca. E
diziam: 'Não é este o filho de José?' 23Jesus, porém, disse: 'Sem dúvida, vós me repetireis o provérbio:
Médico, cura-te a ti mesmo. Faze também aqui, em tua terra, tudo o que ouvimos
dizer que fizeste em Cafarnaum.' 24E acrescentou: 'Em verdade eu vos digo que nenhum profeta é bem
recebido em sua pátria. 25De fato, eu vos digo: no tempo do profeta Elias, quando não choveu
durante três anos e seis meses e houve grande fome em toda a região, havia
muitas viúvas em Israel. 26No entanto, a nenhuma delas foi enviado Elias, senão a uma viúva que
vivia em Sarepta, na Sidônia.
27E no tempo do profeta
Eliseu, havia muitos leprosos em Israel.
Contudo, nenhum deles foi curado, mas sim Naamã, o sírio.'
28Quando ouviram estas
palavras de Jesus, todos na sinagoga ficaram furiosos. 29Levantaram-se e o expulsaram da
cidade.
Levaram-no até ao alto do monte sobre o qual a cidade estava
construída, com a intenção de lançá-lo no precipício. 30Jesus, porém, passando pelo meio deles, continuou o seu caminho. Palavra da Salvação.
Reflexão – “dentro da nossa casa”
A experiência com Jesus ressuscitado, nos motiva a propagar o Seu Nome e o primeiro lugar onde desejaríamos que todos também O conhecessem é no ambiente onde as pessoas nos acolhem e nos admiram. Entretanto, muitas vezes estas mesmas pessoas são as que menos acolhem os ensinamentos de Deus, e é por isso, que se torna difícil evangelizar às pessoas no lugar onde todos nos conhecem. É natural, que na nossa casa, no meio em que vivemos, tenhamos dificuldades de anunciar o Evangelho e falar em nome de Deus. Com Jesus também não foi diferente! Apesar de ser santo e justo Ele também foi vítima da incredulidade das pessoas que O conheciam por ser Ele apenas o filho de José! Dessa maneira, Jesus nos orienta e dá o seu próprio testemunho: “nenhum profeta é bem recebido em sua pátria!” As pessoas esperam de nós uma perfeição que ainda não atingimos e muitas vezes também nós as decepcionamos e damos contratestemunho, por isso a ação evangelizadora torna-se mais difícil. Não alcançamos os nossos propósitos porque não realizamos coisas mirabolantes, pois o ser humano espera por coisas extraordinárias para acreditar e Deus se manifesta por meio das pessoas mais simples e das coisas mais corriqueiras da nossa existência. Assim foi também no tempo de Jesus. Por isso, é que Ele nos recorda as figuras de Elias que fez prodígios na vida de uma viúva que não pertencia ao povo de Israel e Naamã, o sírio, que procurou Eliseu longe da sua terra para ser curado da lepra. Às vezes a nossa evangelização não tem sucesso dentro da nossa casa como queríamos, mas o Senhor nos envia a alguém a quem nem imaginamos, para que por nosso meio ele possa obter cura e libertação.
- A quem você se sente chamado (a) a evangelizar?
– Você já fez a experiência de ir à busca dessas pessoas?
– Para você o que é evangelizar?
–
Você acredita que dentro da sua casa
possa haver algum profeta, alguém que fala em nome de Deus?
Helena Serpa,
Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho