sábado, 31 de dezembro de 2016

EVANGELHO DO DIA

João 1,1-18

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.Glória a vós, Senhor. 1No princípio era a Palavra, e a Palavra estava com Deus; e a Palavra era Deus. 2No princípio, estava ela com Deus. 3Tudo foi feito por ela e sem ela nada se fez de tudo que foi feito. 4Nela estava a vida, e a vida era a luz dos homens. 5E a luz brilha nas trevas, e as trevas não conseguiram dominá-la.6Surgiu um homem enviado por Deus; seu nome era João. 7Ele veio como testemunha, para dar testemunho da luz, para que todos chegassem à fé por meio dele. 8Ele não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz: 9daquele que era a luz de verdade, que, vindo ao mundo, ilumina todo ser humano.10A Palavra estava no mundo – e o mundo foi feito por meio dela – mas o mundo não quis conhecê-la. 11Veio para o que era seu, e os seus não a acolheram. 12Mas, a todos os que a receberam, deu-lhes capacidade de se tornar filhos de Deus, isto é, aos que acreditam em seu nome, 13pois estes não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas de Deus mesmo.14E a Palavra se fez carne e habitou entre nós. E nós contemplamos a sua glória, glória que recebe do Pai como Filho unigênito, cheio de graça e de verdade. 15Dele, João dá testemunho, clamando: “Este é aquele de quem eu disse: O que vem depois de mim passou à minha frente, porque ele existia antes de mim”. 16De sua plenitude todos nós recebemos graça por graça. 17Pois por meio de Moisés foi dada a Lei, mas a graça e a verdade nos chegaram através de Jesus Cristo. 18A Deus, ninguém jamais viu. Mas o Unigênito de Deus, que está na intimidade do Pai, ele no-lo deu a conhecer. Palavra da Salvação.

REFLEXÕES SOBRE AS LEITURAS DE HOJE

31/12/2016 – Sábado – OITAVA DO NATAL

– 1 João 2, 18-21 - “ Estamos sempre vivendo o instante final da nossa vida”

São João, nesta leitura, nos exorta a viver a cada momento, como se fosse a última hora isto é, o instante final da nossa vida. A última hora é o dia de hoje, o agora da nossa vida, o tempo em que estamos vivendo e no qual podemos tomar decisões, voltar atrás nas nossas más inclinações e tentar caminhar conforme o desígnio que o Senhor nos reserva. Estamos sempre vivendo esta última hora. Precisamos também ter consciência de que muitas pessoas que hoje recebem conosco a mesma mensagem do Evangelho não alcançaram ainda o entendimento e, amanhã, podem se afastar tornando-se, muitas vezes, contra testemunho para o reino de Deus. Por isso, São João nesta leitura nos adverte sobre o anticristo e nos dá o entendimento de que todos os que fazem oposição ao projeto de amor de Deus são também considerados anticristo. Fazemos oposição ao projeto de amor de Deus quando vivemos desassociados (as) da Sua Palavra e seguimos as sugestões do nosso próprio querer. Temos o nosso “Deus particular” e, com as nossas ações, nos tornamos alguém completamente fora dos padrões de Jesus Cristo. “Nem todos são dos nossos”, diz São João. Uns ficam, outros se afastam, mas os que permanecem recebem a unção de Deus e conhecem a Sua verdade. É fato que nós nos entristecemos com isto, mas a palavra é clara quando nos afirma que se fossem realmente dos nossos teriam permanecido conosco. Quando temos o entendimento da verdade, quando realmente experimentamos a unção do Santo, nós permanecemos firmes e nada nos afastará do nosso posto de espera. Portanto, aproveitemos o momento do agora para nos fortalecer na Palavra de Deus que nos garante a felicidade do céu, hoje. Esta é a última hora. Vivemos da esperança, o Senhor virá e não tardará! - Você tem refletido sobre o seu momento presente? – Você pretende ficar firme no posto em que está hoje? – O que você espera do amanhã? – Você é a favor do projeto de amor de Deus ou às vezes lhe faz oposição?



Salmo 95 – “O céu se rejubile e exulte a terra”

Somos filhos de Deus e herdeiros do céu, portanto temos em nós a semente da eternidade. Deus nos criou para que sejamos habitantes do céu e, desde já, Ele nos prepara para que possamos nos aclimatar na nossa futura morada. Cantamos o canto novo do amor que deixa o nosso coração expectante com a chegada do Senhor que vem. Ele sempre está vindo embora que às vezes não O reconheçamos. Mesmo assim, pela Fé, nós podemos anunciar já a salvação que Ele nos trouxe e cantar hinos de louvor.


Evangelho – João 1, 1-18 – “Jesus é a Palavra de Deus”

A mesma Palavra que criou o céu e a terra veio ao mundo e se fez carne para nos
trazer a salvação. Jesus é a Palavra de Deus, o Verbo que se encarnou no seio de uma virgem para dar vida ao mundo. Foi ele quem nos fez filhos de Deus e nos trouxe a Sua graça. Portanto, a Palavra de Deus já está no meio de nós. A Palavra de Deus é a Luz e Jesus é a Palavra, portanto, Jesus é a Luz! Ele é o personagem central da Bíblia. Todas as profecias, todas as orações, lamentações e súplicas das Escrituras foram inspiradas pelo Pai no Seu Filho Jesus Cristo pelo poder do Espírito Santo. “Tudo foi feito por ela e sem ela nada se fez de tudo que foi feito”! Por isso, neste tempo em que ainda vivenciamos as alegrias do Natal todos nós podemos refletir e meditar se estamos acolhendo a Palavra e se, realmente, nós a temos encarnada em nós de maneira que Ela dirija as nossas ações. Se o mundo foi criado por causa de Jesus Cristo, se a graça e a verdade nos chegaram através Dele e se Ele é a Palavra de Deus que veio habitar no meio de nós, é imprescindível que tenhamos esta Palavra entranhada em nossas mãos e no nosso coração. Pela Palavra nós tomamos conhecimento do Amor de Deus que é eterno e nos dá a garantia das Suas promessas para nós. Ela é a Luz que nos tira das trevas da ignorância e nos dá o entendimento de nós mesmos (as), de Deus e do nosso próximo. Assim como João Batista veio para dar testemunho desta Luz, nós também podemos irradiar o fulgor que se expressa por meio de nós quando anunciamos Jesus Cristo, a Palavra de Deus que veio nos transformar em novas criaturas. – Você já acolheu o Verbo de Deus que se fez carne e veio habitar entre nós? – A Palavra de Deus tem influenciado as suas ações? – Você tem sabido ouvi-La e vivê-La? – Você tem dado ao mundo testemunho da Luz de Cristo? - Qual é o testemunho que você pode dar ao mundo da presença de Cristo na sua vida?

Helena Serpa,
Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho



SANTO DO DIA - SÃO SILVESTRE I


São Silvestre I apagou-se ao lado de um Imperador culto e ousado como Constantino, o qual, mais que servi-lo se terá antes servido dele, da sua simplicidade e humanidade, agindo por vezes como verdadeiro Bispo da Igreja, sobretudo no Oriente, onde recebe o nome de Isapóstolo, isto é, igual aos apóstolos.
E na realidade, nos assuntos externos da Igreja, o Imperador considerava-se acima dos próprios Bispos, o Bispo dos Bispos, com inevitáveis intromissões nos próprios assuntos internos, uma vez que, com a sua mentalidade ainda pagã, não estava capacitado para entender e aceitar um poder espiritual diferente e acima do civil ou político.
E talvez São Silvestre, na sua simplicidade, tivesse sido o Papa ideal para a circunstância. Outro Papa mais exigente, mais cioso da sua autoridade, teria irritado a megalomania de Constantino, perdendo a sua proteção. Ainda estava muito viva a lembrança dos horrores por que passara a Igreja no reinado de Diocleciano, e São Silvestre, testemunha dessa perseguição que ameaçou subverter por completo a Igreja, terá preferido agradecer este dom inesperado da proteção imperial e agir com moderação e prudência.
Constantino terá certamente exorbitado. Mas isso ter-se-á devido ao desejo de manter a paz no Império, ameaçada por dissenções ideológicas da Igreja, como na questão do donatismo que, apesar de já condenado no pontificado anterior, se vê de novo discutido, em 316, por iniciativa sua.
Dois anos depois, gerou-se nova agitação doutrinária mais perigosa, com origem na pregação de Ario, sacerdote alexandrino que negava a divindade da segunda Pessoa e, consequentemente, o mistério da Santíssima Trindade. Constantino, inteirado da agitação doutrinária, manda mais uma vez convocar os Bispos do Império para dirimirem a questão. Sabemos pelo Liber Pontificalis, por Eusébio e Santo Atanásio, que o Papa dá o seu acordo, e envia, como representantes seus, Ósio, Bispo de Córdova, acompanhado por dois presbíteros.
Ele, como dignidade suprema, não se imiscuiria nas disputas, reservando-se a aprovação do veredito final. Além disso, não convinha parecer demasiado submisso ao Imperador.
Foi o primeiro Concílio Ecumênico (universal) que reuniu em Niceia, no ano 325, mais de 300 Bispos, com o próprio Imperador a presidir em lugar de honra. Os Padres conciliares não tiveram dificuldade em fazer prevalecer a doutrina recebida dos Apóstolos sobre a divindade de Cristo, proposta energicamente pelo Bispo de Alexandria, Santo Atanásio. A heresia de Ario foi condenada sem hesitação e a ortodoxia trinitária ficou exarada no chamado Símbolo Niceno ou Credo, ratificado por S. Silvestre.
Constantino, satisfeito com a união estabelecida, parte no ano seguinte para as margens do Bósforo onde, em 330, inaugura Constantinopla, a que seria a nova capital do Império, eixo nevrálgico entre o Oriente e o Ocidente, até à sua queda em poder dos turcos otomanos, em 1453.
Data dessa altura a chamada doação constantiniana, mediante a qual o Imperador entrega à Igreja, na pessoa de S. Silvestre, a Domus Faustae, Casa de Fausta, sua esposa, ou palácio imperial de Latrão (residência papal até Leão XI), junto ao qual se ergueria uma grandiosa basílica de cinco naves, dedicada a Cristo Salvador e mais tarde a S. João Batista e S. João Evangelista (futura e atual catedral episcopal de Roma, S. João de Latrão). Mais tarde, doaria igualmente a própria cidade.
Depois de um longo pontificado, cheio de acontecimentos e transformações profundas na vida da Igreja, morre S. Silvestre I no último dia do ano 335, dia em que a Igreja venera a sua memória. Sepultado no cemitério de Priscila, os seus restos mortais seriam transladados por Paulo I (757-767) para a igreja erguida em sua memória.
São Silvestre, rogai por nós!
Fonte: Canção Nova Notícias

sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

EVANGELHO DO DIA


Mateus 2,13-15.19-23

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus. Glória a vós, Senhor.13Depois que os magos partiram, o Anjo do Senhor apareceu em sonho a José e lhe disse: “Levanta-te, pega o menino e sua mãe e foge para o Egito! Fica lá até que eu te avise! Porque Herodes vai procurar o menino para matá-lo”.14José levantou-se de noite, pegou o menino e sua mãe, e partiu para o Egito.15Ali ficou até a morte de Herodes, para se cumprir o que o Senhor havia dito pelo profeta: “Do Egito chamei o meu Filho”.19Quando Herodes morreu, o anjo do Senhor apareceu em sonho a José, no Egito, 20e lhe disse: “Levanta-te, pega o menino e sua mãe, e volta para a terra de Israel; pois aqueles que procuravam matar o menino já estão mortos”.21José levantou-se, pegou o menino e sua mãe, e entrou na terra de Israel. 22Mas, quando soube que Arquelau reinava na Judeia, no lugar de seu pai Herodes, teve medo de ir para lá. Por isso, depois de receber um aviso em sonho, José retirou-se para a região da Galileia, 23e foi morar numa cidade chamada Nazaré. Isso aconteceu para se cumprir o que foi dito pelos profetas: “Ele será chamado Nazareno”.— Palavra da Salvação.

REFLEXÕES SOBRE AS LEITURAS DE HOJE


30/12/2016 – 6ª.feira – SAGRADA FAMÍLIA DE JESUS, MARIA E JOSÉ

 –1ª. Leitura – Eclesiástico 3, 3-7.14-17 - “uma família feliz e equilibrada”


Por meio desta leitura o autor sagrado nos ensina a cultivar sentimentos de carinho e proteção para com as pessoas mais idosas e nos revela que todo o bem que lhes façamos nunca será esquecido por Deus. A honra e o respeito ao pai e à mãe são os atributos que ele exalta como sendo agradáveis a Deus. A leitura ressalta ainda a recompensa que o Senhor dá a todos os que têm respeito e honram o seu pai e a sua mãe, amparando-os na velhice. Na realidade, isto pode ser comprovado no nosso dia a dia nos relacionamentos entre pais, filhos, avós. Os filhos e as filhas que têm zelo e amor pelos seus genitores e os amparam nas suas necessidades têm uma vida repleta de graças e conseguem também manter uma família feliz e equilibrada. O aconchego de uma família unida e feliz vale muito mais do que muitos bens materiais acumulados. Honrar pai e mãe é o quarto mandamento da lei de Deus e pais e filhos constituem assim a primeira preocupação de Deus para salvar a terra, e nós somos estes mensageiros da reconciliação. A família é o berço da humanidade, é no berço que a criança é alimentada, cuidada e fortalecida. É a partir de cada família da Terra que o projeto de Deus para o futuro da humanidade se realiza. João Paulo II dizia que “A família é a esperança da humanidade”. Porque é uma Escola onde a humanidade é forjada para enfrentar os desafios da vida e do mundo. Através da Família toda existência humana é orientada para o futuro. E se a família for um lugar seguro onde Deus habita aí então ela terá, com certeza, um futuro abençoado.


Salmo 127 – “Felizes os que temem o Senhor e trilham seus caminhos!”

O salmista elogia os que têm amor pelo Senhor e seguem os caminhos por Ele traçados. Serão felizes, viverão do trabalho honesto, formarão uma família fecunda e serão abençoados. Todas estas coisas são necessidades básicas do nosso ser humano e se constituem no alicerce para que tenhamos uma vida cheia de paz. Portanto, se refletirmos bem, nós não precisaríamos lutar tanto por tantas conquistas que nunca obteremos, mas tão somente, “temer o Senhor e seguir os seus caminhos!”


Evangelho – Mateus 2, 13-15.19-23 – “a “estrela” que nos guia até Belém”

Os magos tiveram um encontro pessoal com o Menino Jesus depois que foram atraídos pela estrela. Assim também quando nós vislumbramos a “estrela” que nos guia até Belém, nós temos uma experiência de salvação. A caminho de Belém, isto é, quando buscamos a Salvação, nós também precisamos estar preparados, pois, aí começará a perseguição. O inimigo de Deus está atento e faz todo o possível para nos desviar do caminho que o Senhor traçou para nós. Não precisamos, porém, temer! Assim como fez com José e Maria, o Senhor também nos ordena: “Levanta-te, pega o menino e sua mãe e foge para o Egito!” Quando nos dispomos a fazer a vontade de Deus nós precisamos nos fortalecer em Jesus, com o auxílio da Sua Mãe, Maria, na oração, na penitência, no serviço ao irmão, na meditação da Palavra dando passos concretos. Não podemos ficar parados e inertes esperando a perseguição chegar. Precisamos nos antecipar e acolher todos os avisos que o Espírito Santo nos dá através das suas mensagens. Herodes representa aqui o inimigo de Deus que não se conforma com a nossa libertação. O Egito aqui é lugar de refúgio ou de dificuldade conforme o que o Senhor quer para nós. Jesus começou a ser perseguido, quando ainda era uma criancinha, nós também seremos perseguidos, mas também amparados. - Você já reconhece a estrela que o (a) leva a Belém? –Para você quem é a estrela? - Você já teve um encontro pessoal com Jesus Salvador? – Você já começou a ser perseguido (a)? Como você tem se fortalecido?

Helena Serpa,
Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho





SANTO DO DIA - SAGRADA FAMÍLIA DE NAZARÉ


Se o Natal tiver sido ao domingo; não tendo sido assim, a Sagrada Família celebrar-se-á no domingo dentro da Oitava do Natal.
Da alocução de Paulo VI, Papa, em Nazaré, 5.1.1964:
O exemplo de Nazaré:
Nazaré é a escola em que se começa a compreender a vida de Jesus, é a escola em que se inicia o conhecimento do Evangelho. Aqui se aprende a observar, a escutar, a meditar e a penetrar o significado tão profundo e misterioso desta manifestação do Filho de Deus, tão simples, tão humilde e tão bela. Talvez se aprenda também, quase sem dar por isso, a imitá-la.
Aqui se aprende o método e o caminho que nos permitirá compreender facilmente quem é Cristo. Aqui se descobre a importância do ambiente que rodeou a sua vida, durante a sua permanência no meio de nós: os lugares, os tempos, os costumes, a linguagem, as práticas religiosas, tudo o que serviu a Jesus para Se revelar ao mundo. Aqui tudo fala, tudo tem sentido. Aqui, nesta escola, se compreende a necessidade de ter uma disciplina espiritual, se queremos seguir os ensinamentos do Evangelho e ser discípulos de Cristo. Quanto desejaríamos voltar a ser crianças e acudir a esta humilde e sublime escola de Nazaré! Quanto desejaríamos começar de novo, junto de Maria, a adquirir a verdadeira ciência da vida e a superior sabedoria das verdades divinas!
Mas estamos aqui apenas de passagem e temos de renunciar ao desejo de continuar nesta casa o estudo, nunca terminado, do conhecimento do Evangelho. No entanto, não partiremos deste lugar sem termos recolhido, quase furtivamente, algumas breves lições de Nazaré.
Em primeiro lugar, uma lição de silêncio. Oh se renascesse em nós o amor do silêncio, esse admirável e indispensável hábito do espírito, tão necessário para nós, que nos vemos assaltados por tanto ruído, tanto estrépito e tantos clamores, na agitada e tumultuosa vida do nosso tempo. Silêncio de Nazaré, ensina-nos o recolhimento, a interioridade, a disposição para escutar as boas inspirações e as palavras dos verdadeiros mestres. Ensina-nos a necessidade e o valor de uma conveniente formação, do estudo, da meditação, da vida pessoal e interior, da oração que só Deus vê.
Uma lição de vida familiar. Que Nazaré nos ensine o que é a família, a sua comunhão de amor, a sua austera e simples beleza, o seu caráter sagrado e inviolável; aprendamos de Nazaré como é preciosa e insubstituível a educação familiar e como é fundamental e incomparável a sua função no plano social.
Uma lição de trabalho. Nazaré, a casa do Filho do carpinteiro! Aqui desejaríamos compreender e celebrar a lei, severa mas redentora, do trabalho humano; restabelecer a consciência da sua dignidade, de modo que todos a sentissem; recordar aqui, sob este teto, que o trabalho não pode ser um fim em si mesmo, mas que a sua liberdade e dignidade se fundamentam não só em motivos econômicos, mas também naquelas realidades que o orientam para um fim mais nobre. Daqui, finalmente, queremos saudar os trabalhadores de todo o mundo e mostrar-lhes o seu grande Modelo, o seu Irmão divino, o Profeta de todas as causas justas que lhes dizem respeito, Cristo Nosso Senhor.
João Paulo II, na Carta dirigida à família, por ocasião do Ano Internacional da Família, 1994, escreve:
A Sagrada Família é a primeira de tantas outras famílias santas. O Concílio recordou que a santidade é a vocação universal dos batizados (LG 40). Como no passado, também na nossa época não faltam testemunhas do “evangelho da família”, mesmo que não sejam conhecidas nem proclamadas santas pela Igreja…
A Sagrada Família, imagem modelo de toda a família humana, ajude cada um a caminhar no espírito de Nazaré; ajude cada núcleo familiar a aprofundar a própria missão civil e eclesial, mediante a escuta da Palavra de Deus, a oração e a partilha fraterna da vida! Maria, Mãe do amor formoso, e José, Guarda e Redentor, nos acompanhem a todos com a sua incessante proteção.
Sagrada Família de Nazaré, rogai por nós!
Fonte: Canção Nova Notícias

quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

ALTARES, IMAGENS E TELAS DAS IGREJAS DE SOBRAL ESTÃO SENDO RESTAURADOS


Dom José Luís Gomes Vasconcelos informou que a Diocese de Sobral há mais de dois anos, desde quando dom Odelir José Magri ainda estava como bispo diocesano, foi iniciado um projeto, solicitado pela Diocese, aprovado pelo Governo do Estado, com a administração da Prefeitura, com a realização de técnicos do Iphan, um trabalho de restauração de altares, imagens e telas das igrejas de Sobral. Ele informou que as igrejas são tombadas e a Catedral é  de uma beleza singular, “mas estavam num estado sofrido”.

Foi feita a primeira parte, a parte estrutural, recuperação das estruturas básicas e agora estão sendo restaurados os altares, as imagens e as telas. É surpreendente, porque tudo tinha sido pintado por cima , sem muitos critérios. Agora estão sendo removidos “e estamos recuperando todo resplendor que tinha por trás de tudo aquilo, as folhas de ouro, as pinturas originais, um trabalho magnífico, uma riqueza cultural muito grande”.

Trata-se de um trabalho demorado e não há previsão de tempo para a conclusão . A princípio, não só da Igreja Catedral, mas está previsto também a recuperação da Igreja do Menino Deus, da Igreja Nossa Senhora das Dores, está tudo dentro desse projeto.

- Desde quando cheguei em Sobral, que eu vi aquela beleza – gosto de arte sacra, me identifico muito com isto – eu fechava os olhos e imaginava como aquela igreja poderia ser e agora estamos vendo esse sonho ser realizando. Estamos muito contentes”.


Ele revelou também sobre a apresentação do altar-mor da Catedral, que está em fase de conclusão,  ao povo sobralense, o que aconteceu na última terça-feira, dia 27,  com a presença do prefeito Veveu Arruda e a comissão. “O trabalho continua e é motivo de muita alegria para todos nós. E sabemos que desde os seus primórdios, desde a época de dom José Tupinambá da Frota,  sempre houve um grande apreço para com a  arte sacra. É tanto que nós temos um museu de arte sacra, que está entre o terceiro e o quinto do País. E não só de arte sacra, mas também de outros  objetos. Sobral sempre teve o cuidado de zelar pelo patrimônio histórico e nós estamos dando continuidade a esse trabalho.

QUATRO MILHÕES DE FIÉIS COM O PAPA FRANCISCO NO VATICANO EM 2016



Cidade do Vaticano (RV) – Quase quatro milhões de fieis (3.952.140) encontram o Papa Francisco em 2016 nas 11 Audiências Jubilares, 43 Audiências Gerais, Audiências especiais, Celebrações litúrgicas e Angelus. Os dados foram divulgados esta quinta-feira (29/12) pela Prefeitura da Casa Pontifícia.
 
Os dados são aproximativos, visto que são calculados com base nas solicitações que chegam à Prefeitura para participar dos eventos e dos bilhetes distribuídos gratuitamente.
A estes dados somam-se estimativas das presenças no AngelusRegina Coeli e celebrações na Praça São Pedro.
As presenças mais significativas foram registradas nos meses de março – em concomitância com a Semana Santa – e em setembro, por ocasião da canonização de Madre Teresa de Calcutá.
Os dados referem-se única e exclusivamente aos encontros realizados no Vaticano e não compreendem as atividades do Papa com grande participação de fieis, como as visitas realizadas na Diocese de Roma e na Itália, nem as viagens internacionais onde, como é sabido, o Santo Padre encontrou milhares de pessoas nas ruas por onde passou e estádios.
Neste sentido, recordamos as viagens em 2016 do Pontífice ao México, Lesbos, Armênia, Polônia, Geórgia, Azerbaijão e Suécia.(JE)(from Vatican Radio)
Fonte: Rádio Vaticano

PAPA FRANCISCO: A VIRTUDE DA ESPERANÇA NOS DÁ TANTA FORÇA


 
Vaticano (RV) – Quarta-feira, dia 28 de Dezembro de 2016, audiência geral, às 10 horas de Roma, com o Papa Francisco na Aula Paulo VI, repleta, como sempre, de fiéis e peregrinos provenientes de diversas partes da Itália e do mundo para assistir a habitual catequese do Santo Padre. O tema da catequese desta quarta-feira é, mais uma vez, a fé e a esperança cristã, uma leitura nas sendas do Patriarca Abraão, Pai na fé e na esperança cristã. Ele mesmo, recorda o Apóstolo Paulo, “contra o que podia esperar, acreditou que havia de ser pai de muitas nações, conforme tinha sido anunciado” (Rm 4,18) Firme na esperança contra todo o tipo de esperança humana. Este conceito é forte: mesmo quando não há esperança, eu continuo a esperar, observou o Santo Padre, referindo-se a figura de Abraão.
De facto, na vida de Abraão, disse o Papa, podemos aprender o que é o caminho da fé e da esperança. Um dia ouvira o Senhor que o chamava a deixar a sua terra partindo para outra que lhe indicaria; ele obedece e parte para a Terra Prometida. Esta seria possuída pelos seus herdeiros; só que Abraão não tinha filhos, nem via possibilidade de os ter, pois ele era já idoso e Sara, sua esposa, estéril. Mas acredita na promessa de Deus.
Confiando nesta esperança, Abraão se põe a caminho, aceita de abandonar a sua terra para se tornar estrangeiro, esperando neste “impossível” filho que Deus lhe teria dado não obstante o ventre de Sara fosse doravante como que morto. Abraão acredita, a sua fé se abre à uma esperança aparentemente irracional; essa é a capacidade de ir para além dos raciocínios humanos, da sabedoria e da prudência do mundo, para além daquilo que normalmente é considerado bom senso, para acreditar no impossível. A esperança abre novos horizontes, torna capaz de sonhar aquilo que não é tão pouco imaginável. A esperança faz entrar na escuridão de um futuro incerto para caminhar na luz. É bela a virtude da esperança; nos dá tanta força para caminhar.
A esperança, porém, é um caminho difícil, sublinha o Santo Padre. O próprio Abraão sentiu o peso da desilusão, do desânimo: o tempo passa, e o filho não vem. E lamenta-se com Deus. Mas também este lamento é uma forma de fé, é, disse Francisco, uma oração. Apesar de tudo, Abraão continua a crer em Deus e a esperar que algo possa ainda acontecer. Caso contrário, porquê interpelar o Senhor, lamentar-se com Ele, fazer apelo às suas promessas?
 A fé não é apenas silêncio que tudo aceita sem replicar; a esperança não dá uma certeza tal que te preserve de dúvidas e perplexidades. Mas, tantas vezes, a esperança é escuridão, mas é propriamente ali é que está a esperança que te faz andar avante. A fé é também lutar com Deus, mostrar-Lhe a nossa amargura sem piedosos fingimentos. “Zanguei-me com Deus e lhe disse isto, e aquilo. Mas Ele é Pai, Ele te compreendeu: vai em paz. É necessário ter essa coragem. E isto é a esperança. E a esperança é também não ter medo de olhar a realidade como está e aceitar as suas contradições.
Por isso Abraão concluiu dizendo o Santo Padre, na sua fé, dirige-se a Deus, para que o ajude a continuar a esperar. Então Deus fá-lo sair da tenda e fixar o céu estrelado. E, onde olhos normais só vêm estrelas, os olhos de Abraão vislumbram o sinal da fidelidade do Senhor.
Também hoje não faltou a habitual saudação do Papa Francisco aos peregrinos e fiéis de língua oficial portuguesa presentes na audiência:
Amados peregrinos de língua portuguesa, disse o Papa, a minha cordial saudação para todos, desejando-vos todas as consolações e graças do Deus Menino. Nos vossos corações, famílias e comunidades, resplandeça a luz do Salvador, que nos revela o rosto terno e misericordioso do Pai do Céu. Ele vos abençoe com um Ano Novo sereno e feliz!(from Vatican Radio)
Fonte: Rádio Vaticano

PAPA FRANCISCO ENVIA SEIS MILHÕES DE EUROS PARA CRISE HUMANITÁRIA NA UCRÂNIA


Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco enviou seis milhões de euros para ajudar o povo ucraniano. 
Diante da crise humanitária na Ucrânia, que desde o início do conflito, em 2014, causou 9.758 mortos e mais de 22 mil feridos, o Pontífice está ajudando concretamente esta população. Dos 12 milhões de euros arrecadados em 24 de abril passado, com a coleta realizada nas igrejas europeias, quase seis milhões estão em processo de alocação.
  Entrevistado pela nossa emissora, eis o que disse o secretário do Pontifício Conselho Cor Unum, Dom Giovanni Pietro Dal Toso, que administra a distribuição dos fundos. 
Dal Toso: “O Pontifício Conselho fez duas viagens para formar uma Comissão técnica, em Zaporizhia, na Ucrânia. Em junho deste ano, o Secretário de Estado, Cardeal Pietro Parolin, visitou a Ucrânia para dar visibilidade concreta da proximidade do Papa à população ucraniana. Chegou esta primeira remessa de ajuda porque houve encontros com paróquias, organizações, comunidades de diferentes denominações religiosas às quais foi explicado como é possível ter acesso aos fundos.”
Com quais critérios vocês selecionaram as propostas através da Comissão técnica? 
Dal Toso: “Primeiramente, o critério deveria ser o da ajuda humanitária: por exemplo, garantir a sobrevivência, oferecer aquecimento, garantir medicamentos, o funcionamento de hospitais e assistência médica a tantas pessoas que estão abandonadas. Depois, há o problema dos refugiados, pois na Ucrânia existem dois milhões de refugiados que fugiram das áreas de guerra e uma parte foi para Kiev ou áreas de confim e não têm ainda um lugar estável onde estar. Nós aplicamos alguns critérios: os projetos devem ser comunitários, ou seja, não levado adiante singularmente. Outro critério é a distribuição geográfica, outro ainda é que não se fizesse distinção de pertença religiosa. Excluímos projetos de construção ou reconstrução, porque que nesta primeira fase a coisa mais importante era garantir a sobrevivência. Neste período, tivemos uma grande colaboração também com algumas entidades das Nações Unidas que tinham uma maior possibilidade de acesso em áreas difíceis.”
Como irão continuar controlando estes projetos?
Dal Toso: “Sobretudo com a Comissão técnica que continua trabalhando com afinco, acompanhada e apoiada pelo Núncio Apostólico na Ucrânia, Dom Gugerotti. A Comissão técnica se encarregará de enviar dinheiro concretamente a esses projetos e depois avaliar a realização efetiva deles.” 
No final dessa seleção vocês chegaram a 20 projetos e 39 iniciativas de solidariedade...
Dal Toso: “Estabelecemos três formas de projetos: o primeiro para as necessidades imediatas que às vezes se apresentam e que não têm necessidade de muita burocracia: existem povoados em que falta o básico para viver. Para as ajudas mais estruturadas, dividimos os projetos em duas categorias: projetos pequenos e grandes. Projetos pequenos significa de até 20 mil euros, os maiores até 250 mil. Vamos usar o dinheiro que chegou em novos projetos e novas necessidades”.
Há uma especial atenção aos menores em suas escolhas?
Dal Toso: “Certamente. Vimos que a questão da educação é sempre central em situações de crise. Portanto, também nesta crise damos às crianças uma atenção especial.”(MJ)(from Vatican Radio)
Fonte: Rádio Vaticano

EVANGELHO DO DIA


Lucas 2,22-35
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas. Glória a vós, Senhor. 22Quando se completaram os dias para a purificação da mãe e do filho, conforme a Lei de Moisés, Maria e José levaram Jesus a Jerusalém, a fim de apresentá-lo ao Senhor. 23Conforme está escrito na Lei do Senhor: “Todo primogênito do sexo masculino deve ser consagrado ao Senhor”. 24Foram também oferecer o sacrifício – um par de rolas ou dois pombinhos – como está ordenado na Lei do Senhor. 25Em Jerusalém, havia um homem chamado Simeão, o qual era justo e piedoso, 26e esperava a consolação do povo de Israel. O Espírito Santo estava com ele e lhe havia anunciado que não morreria antes de ver o Messias que vem do Senhor.27Movido pelo Espírito, Simeão veio ao Templo. Quando os pais trouxeram o menino Jesus para cumprir o que a Lei ordenava, 28Simeão tomou o menino nos braços e bendisse a Deus: 29 “Agora, Senhor, conforme a tua promessa, podes deixar teu servo partir em paz; 30porque meus olhos viram a tua salvação, 31que preparaste diante de todos os povos: 32luz para iluminar as nações e glória do teu povo Israel”.33O pai e a mãe de Jesus estavam admirados com o que diziam a respeito dele. 34Simeão os abençoou e disse a Maria, a mãe de Jesus: “Este menino vai ser causa tanto de queda como de reerguimento para muitos em Israel. Ele será um sinal de contradição. 35Assim serão revelados os pensamentos de muitos corações. Quanto a ti uma espada te transpassará a alma”.— Palavra da Salvação.

REFLEXÕES SOBRE AS LEITURAS DE HOJE


29/12/2016 – 5ª. feira – OITAVA DO NATAL

– 1 João 2, 3-11 – “Os que são da luz brilham por causa das ações de amor que praticam”

A garantia que temos para que a luz verdadeira brilhe em nós e por nosso intermédio é a vivência do amor ao próximo. “Aquele que diz estar na luz, mas odeia o seu irmão, ainda está nas trevas” nos diz São João nesta carta quando nos revela o critério para discernirmos se estamos com Jesus e se procedemos como ele procedeu. Precisamos, pois, estar atentos (as) às atitudes concretas do nosso dia a dia. Não podemos dizer que somos de Cristo e que vivenciamos os Seus ensinamentos e guardamos a Palavra de Deus, se estamos cultivando e trazendo dentro de nós, ressentimentos, mágoas, má querença e sentimento de vingança. Fomentar tudo isto dentro do nosso coração mostra que estamos vivendo nas trevas e escuridão. Os que são da luz brilham por causa das ações de amor que praticam e são chamados refletores da Luz de Cristo. Quando as nossas ações são de desamor nós estamos agindo contra o mandamento de Deus e, por isso, recebemos a paga pela nossa insensatez. – As suas ações dão sinal para o mundo de luz ou de trevas? – Você tem se colocado diante da Palavra de Deus para examinar o seu coração? – Você tem guardado mágoas e ressentimentos? – As suas palavras são sinal de Deus para o mundo?



Salmo 95 – “O céu se rejubile e exulte a terra!”

O canto que sai dos nossos lábios é um “canto novo” quando ele brota de um coração renovado. A nossa boca propaga o que há dentro do nosso coração. Portanto, se exercitamos em nós pensamentos alegres e cheios de esperança, com certeza, o nosso cantar será de júbilo. Assim, nós podemos fazer com que a terra exulte de alegria e o céu se rejubile em louvor.


Evangelho – Lucas 2, 22-35 – “ O Espírito Santo nos mostra Jesus”

Ao levarem Jesus ao templo para apresenta-lo ao Senhor, Maria e José encontraram Simeão, homem justo e piedoso. Simeão, iluminado pelo Espírito Santo, reconheceu o Salvador quando os seus olhos pousaram em Jesus. Assim, ele pôde dar graças a Deus pelo benefício que lhe fora concedido. Da mesma forma acontece com cada um de nós quando voltamos o nosso olhar para Jesus e cheios do Espírito Santo esperamos as promessas de Deus. É o Espírito Santo quem nos faz ter uma experiência de salvação com Jesus. Quando isto acontece nada mais será importante na nossa vida, pois o processo de conversão começa a nos transformar. Pode dizer que teve um encontro pessoal com Jesus todos aquele que sente a força do alto na hora do desamparo, que experimenta a alegria no momento de tristeza, que mantém acesa a chama da fé nas horas de maior desespero. Simeão, homem velho, já quase no final da vida, poderia estar desiludido e desanimado, no entanto, frequentava o templo todos os dias, porque o Espírito Santo já lhe havia anunciado antes, que ele não morreria sem ver o Messias. Por isso, ele continuou firme e cheio de esperança. O Espírito Santo também hoje nos assegura que Jesus já veio mais uma vez no Natal e que, se mantivermos os nossos olhos voltados para Ele, com certeza, poderemos ter novamente uma experiência de salvação. Sentir a presença de Jesus dentro do nosso coração é o maior bem e o melhor presente de Natal que podemos receber. - Você já teve essa experiência com Jesus? Como você tem olhado para Ele? - Você consegue perceber os “pensamentos do seu coração? Procure mergulhar em você mesmo (a) peça ao Espírito Santo que lhe revele o que o seu coração pensa.

Helena Serpa,
Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho




SANTO DO DIA - SÃO TOMÁS BECKET


Em 1155, Henrique II, rei da Inglaterra e de parte da França, nomeou seu chanceler Tomás Becket. Oriundo da Normandia, onde nasceu em 1117, e senhor de grande riqueza, era considerado um dos homens de maior capacidade do seu tempo.
Compararam-no a Richelieu, com o qual na realidade se parecia, pelas qualidades de homem de Estado e amor das grandezas. Ficou célebre a visita que fez, em 1158, a Luís VII, rei da França. Quando vagou a Sé de Canterbury, Henrique II nomeou para ela o chanceler. Tomás foi ordenado sacerdote a 1 de junho de 1162 e sagrado Bispo dois dias depois. Desde então, passou a ser a pessoa mais importante a seguir ao rei e mudou inteiramente de vida, convertendo-se num dos prelados mais austeros.
Convencido de que o cargo de primeiro-ministro e o de príncipe da Inglaterra eram incompatíveis, Tomás pediu demissão do cargo de chanceler, o que descontentou muito o rei. Henrique II ficou ainda mais aborrecido quando, em 1164, por ocasião dos “concílios” de Clarendon e Northampton, o Arcebispo tomou o partido do Papa contra ele. Tomás viu-se obrigado a fugir, disfarçado em irmão leigo, e foi procurar asilo em Compiègne, junto de Luís VII. Passou, a seguir, à abadia de Pontigny e depois à de Santa Comba, na região de Sens.
Decorridos quatro anos, a pedido do Papa e do rei da França, Henrique II acabou por consentir em que Tomás regressasse à Inglaterra. Persuadiu-se de que poderia contar, daí em diante, com a submissão cega do Arcebispo, mas em breve reconheceu que muito se tinha enganado, pois este continuava a defender as prerrogativas da Igreja romana contra as pretensões régias.
Desesperado, o rei exclamou um dia: “Malditos sejam os que vivem do meu pão e não me livram deste padre insolente”. Quatro cavaleiros tomaram à letra estas palavras, que não eram sem dúvida mais que uma exclamação de desespero. A 29 de dezembro de 1170, à tarde, vieram encontrar-se com Tomás no seu palácio, exigindo que ele levantasse as censuras que tinha imposto. Recusou-se a isso e foi com eles tranquilamente para uma capela lateral da Sé. “Morro de boa vontade por Jesus e pela santa Igreja”,disse-lhes; e eles abateram-no com as espadas.
São Tomás Becket, rogai por nós!
Fonte: Canção Nova Notícias

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

COMO É LINDA A MINHA FAMÍLIA




Natal. Reunião de família. Num café, quase almoço, reuni a minha linda família, composta por três filhos e oito netos. Claro, e minha esposa. Foram incluídos os genros. Foi uma manhã de recordações. Como a de espera do Papai Noel, que trazia os presentes.  Na minha história constava o presente que pedira a Ele  – um carrinho de madeira, de fabricação artesanal, não ganhei. Em seu lugar, uma baratinha. Mais de 60 anos depois, Papai Noel  enviou-me uma carta dando explicações. Muito convincentes.

Mas antes do café. Antes dos presentes, rezamos um Pai Nosso,  fizemos uma oração de entrega e agradecemos a Deus pelo dom da nossa vida. Pelo alimento que estava na nossa mesa. Isto nós fazemos todos os anos. Jesus Cristo sempre em primeiro lugar. Ele, menino, está ali à nossa Frente. Na hora da fotografia, estava nos braços de minha mulher. Depois das brincadeiras, tomamos o nosso café  de natal. Foi uma manhã muito linda, como linda é a minha família. A gente nota pelo semblante de cada um na foto, ao lado da árvore de Natal.

Eu só tenho é que agradecer a Deus pela família que tenho. Pelos filhos e netos e pelas esposas que ele me deu: Ivonise e Jânia. A primeira foi cedo para o céu. A segunda, Jânia, fui encontrá-la na Europa, depois de três anos de viuvez.

Obrigado, Senhor!



PAPA FRANCISCO: LAMENTAR-SE COM DEUS É UM MODO DE REZAR



Cidade do Vaticano (RV) – Passado o Natal e a série de celebrações no Vaticano, o Papa voltou a se reunir nesta quarta-feira (28/12) com os fiéis e peregrinos na habitual audiência geral, que no inverno se realiza na Sala Paulo VI.
 
Abraão, modelo de fé: foi este o tema de sua catequese, inspirada na carta de São Paulo aos Romanos que descreve “a esperança de Abraão em se tornar pai apesar de muito idoso, e sua esposa, estéril”. Mas Deus havia lhe prometido um filho e Abraão confiava neste anúncio.
Acreditar no impossível
“Abraão crê, sua fé se abre a uma esperança aparentemente irracional; é a capacidade de ir além do raciocínio humano, da sabedoria e da prudência do mundo, além do considerado como bom-senso para crer no impossível. A esperança abre novos horizontes, nos torna capazes de sonhar o impensável. A esperança nos conduz na escuridão de um futuro incerto para caminhar na luz”.
Momentos de crise
O Pontífice lembrou, no entanto, que este caminho é difícil e comporta também crises de desconforto. Abraão, por exemplo, se lamenta com Jesus porque o tempo passava e o ventre de Sara ‘permanecia fechado’ em sua esterilidade. Ele, quase centenário, não teria descendência. Seu herdeiro seria Eliézer de Damasco, um servo.
Pai de muitos povos
Uma noite, o Senhor lhe diz: “Olha para o céu e conta as estrelas, se fores capaz! Assim será tua descendência”. Abraão se sente só, cansado, perto da morte. Seu coração estava tomado pela desilusão e o desânimo. Não havia mais tempo para um filho. Como continuar a crer?
Segundo Francisco, a lamentação de Abraão é uma forma de fé. Não obstante tudo, ele continua a crer em Deus e espera que alguma coisa aconteça. Se não, por que interpelar Deus e pedir o cumprimento de sua promessa? De fato, o Papa explicou que “a fé não é só silêncio que aceita tudo sem replicar; a esperança não é certeza que protege das dúvidas e da perplexidade. Fé é também lutar com Deus, mostrar-lhe nossas amarguras sem fingimento. E esperança é não ter medo de ver a realidade como ela é, aceitando as contradições”.
A única certeza é a fé
Na fé, Abraão se dirige a Deus para que o ajude a continuar a esperar. E o Senhor responde, insistindo na promessa: o herdeiro não será um servo, mas um filho verdadeiro, gerado por ele. “Sua única certeza é confiar na palavra do Senhor”, concluiu o Papa.
Novamente uma promessa, algo a se esperar para o futuro. Como quando Deus o levou para fora da tenda e lhe mostrou as estrelas, esta é a fé.
“Para crer, é necessário saber ver com os olhos da fé; é este o caminho da esperança que cada um de nós deve percorrer. Quando a nossa única possibilidade é olhar para as estrelas, será a hora de confiar em Deus. Não há nada mais bonito do que isso”. 
Conclusão com o Circo
Na conclusão da última Audiência Geral de 2016 um momento de alegria com a presença de artistas do Golden Circus de Liana Orfei que ofereceram ao Papa e aos fiéis presentes exibições de malabarismos e equilibrismos. O momento circense, ao som tradicional das marchas de circo, se concluiu com a apresentação de algumas araras, uma das quais foi colocada sobre o braço do Papa Francisco.
Nas suas palavras, em língua italiana, Francisco agradeceu os artistas pela agradável exibição recordando que “a beleza sempre nos aproxima de Deus”.
Ainda na saudação final aos jovens, aos enfermos e aos recém-casados o Papa chamou esses últimos de “corajosos, porque é preciso coragem para se casar e fazer isso por toda a vida”. Recordou mais uma vez aos “corajosos” que “nunca terminem o dia sem fazer as pazes entre eles”.(cm)(from Vatican Radio)
Fonte: Rádio Vaticano