No Angelus deste domingo (10), Francisco recorda o martírio da família polonesa beatificada por ter dado refúgio a judeus, perseguidos pelos nazistas. Da Segunda Guerra Mundial, olha para os conflitos atuais no mundo, em particular para a "martirizada Ucrânia": opor à força das armas aquela da caridade, à retórica da violência a tenacidade da oração.
Andressa
Collet - Vatican News
Pela
primeira vez uma família inteira foi beatificada pela Igreja de uma só vez. A
cerimônia aconteceu na manhã deste domingo (10) em Markowa, na Polônia,
inclusive com a presença do presidente do país, Andrzej Duda. Do Vaticano, após
a oração mariana do Angelus, na Praça São Pedro, Francisco recordou Józef Ulma,
a esposa Wiktoria Ulma e seus 7 filhos, todos mártires, não porque proclamavam
publicamente a fé católica, mas porque viviam como verdadeiros cristãos,
colocando o Evangelho em prática através das atitudes do dia a dia.
“Uma família inteira exterminada
pelos nazistas em 24 de março de 1944 por dar refúgio para alguns judeus que
estavam sendo perseguidos. Ao ódio e à violência que caracterizaram aquela
época, eles opuseram o amor evangélico. Que essa família polonesa, que
representou um raio de luz na escuridão da II Guerra Mundial, seja para todos
nós um modelo a ser imitado no ímpeto do bem e no serviço a quem mais precisa.”
Francisco,
então, convidou os peregrinos reunidos na Praça de São Pedro a seguirem o
exemplo dessa numerosa família polonesa de fidelidade a Deus, mas assassinada
por ódio à fé. Olhando para os conflitos atuais, o Pontífice novamente lembrou
da Ucrânia:
"E,
seguindo o exemplo deles, sintamo-nos chamados a opor à força das armas aquela
da caridade, à retórica da violência a tenacidade da oração. Façamos isso
especialmente por tantos países que sofrem por causa da guerra; de modo
especial, intensifiquemos nossa oração pela martirizada Ucrânia. Ali estão as
bandeiras da Ucrânia, que está sofrendo tanto, tanto!"
Ano Novo: reconciliação e paz ao povo etíope
O Papa
também lembrou que a Etiópia está prestes a comemorar o Ano Novo, já que o
seu calendário é diferente do Ocidental e disse:
"Depois de amanhã, 12 de
setembro, o querido povo etíope celebrará seu tradicional Ano Novo: gostaria de
estender meus mais calorosos votos a toda a população, desejando que seja
abençoada com os dons da reconciliação fraterna e da paz."
Fonte: https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2023-09/papa-francisco-angelus-apelo-10-setembro-2023.html
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