29 DE FEVEREIRO
5ª. FEIRA DA II SEMANA DA
QUARESMA
Cor roxo
1a. Leitura – Jer 17. 5-10
Leitura do Livro do Profeta Jeremias 17,5-10
5Isto diz o Senhor: 'Maldito o homem que confia no homem e faz consistir sua
força na carne humana, enquanto o seu coração se afasta do Senhor; 6como
os cardos no deserto, ele não vê chegar a floração, prefere vegetar na secura
do ermo, em região salobra e desabitada. 7Bendito o homem que confia no
Senhor, cuja esperança é o Senhor; 8é como a árvore plantada junto às águas,
que estende as raízes em busca de umidade, por isso não teme a chegada do
calor: sua folhagem mantém-se verde, não sofre míngua em tempo de seca e
nunca deixa de dar frutos.
9Em tudo é enganador o coração, e isto é incurável;
quem poderá conhecê-lo? 10Eu sou o Senhor, que perscruto o coração e provo
os sentimentos, que dou a cada qual conforme o seu proceder e conforme o
fruto de suas obras. Palavra do Senhor.
Reflexão - Bendito é aquele que confia em Deus e não depende da força
dos homens!
O homem que confia no Senhor é bendito e aquele que confia no próprio
homem é maldito, isto nos diz o profeta. Dentro desta perspectiva, cada um
de nós pode fazer uma avaliação de que realmente está confiando mais em
Deus ou nos homens. As consequências dessas duas condições manifestam-se
dentro de nós, no interior do nosso coração e são claramente perceptíveis: se
temos paz, esperança e fé, mesmo passando por dificuldades, é porque somos
como uma árvore plantada junto às águas e, por isso, se conserva verde até
no tempo da seca e nunca deixa de dar frutos. Nesse caso, com certeza, nós
estamos depositando a nossa confiança e esperança no Senhor e esperando
Dele a orientação para as nossas ações, produzindo frutos conforme a Sua
vontade. Por outro lado, a revolta, o desassossego, a ira, o ressentimento e a
murmuração são sinais sensíveis da nossa alma quando colocamos a nossa
confiança nos homens, em nós mesmos, nos negócios, nas facilidades da vida
e esquecemo-nos de olhar para Deus. Quando estamos agindo assim, é porque
estamos caindo na tentação e, por isso, nunca encontramos saída para nossas
mazelas. Ao mesmo tempo, também, nunca estamos satisfeitos com o que
possuímos, queremos sempre mais. Assim sendo, a nossa vida se torna
amarga. Bendito é aquele que confia em Deus e não depende da força dos
homens! Maldito é aquele que deixa de confiar em Deus para confiar nos
homens! Se, somos benditos ou malditos, somente o Senhor que sonda o
nosso coração e prova os nossos sentimentos, é quem poderá julgar. No
entanto, tenhamos cuidado para não colocarmos a confiança nas criaturas que
passam, mas tenhamos sempre em mente que o Senhor conhece as nossas
necessidades e somente Ele poderá nos ajudar. – Qual é a sua situação? -
Você é como cardo no deserto ou como árvore plantada junto às águas? -
Nos seus empreendimentos e problemas em quem você confia mesmo? –
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Você dá muito valor aos homens poderosos do mundo? – Você é uma pessoa
muito cheia de si ou reconhece que precisa de ajuda?
Salmo 1,1-2.3.4.6 (R. Sl 39,5a)
R.É feliz quem a Deus se confia!
1Feliz é todo aquele que não anda*
conforme os conselhos dos perversos;
que não entra no caminho dos malvados,*
nem junto aos zombadores vai sentar-se;
2mas encontra seu prazer na lei de Deus*
e a medita, dia e noite, sem cessar. R.
3Eis que ele é semelhante a uma árvore,*
que à beira da torrente está plantada;
ela sempre dá seus frutos a seu tempo,
e jamais as suas folhas vão murchar.*
Eis que tudo o que ele faz vai prosperar. R.
4Mas bem outra é a sorte dos perversos.
Ao contrário, são iguais à palha seca*
espalhada e dispersada pelo vento.
6Pois Deus vigia o caminho dos eleitos,*
mas a estrada dos malvados leva à morte. R.
Reflexão - O salmo é uma confirmação da profecia de Jeremias. O salmista
faz uma comparação entre as pessoas que andam conforme os conselhos dos
perversos, isto é, dos homens que têm a mentalidade do mundo e as pessoas
que meditam na lei de Deus em todos os momentos da sua vida. Os que
seguem a teoria do mundo são como a palha seca que se espalha e é dispersa
pelo tempo. Porém, os que andam segundo a Lei do Senhor, prosperam e têm
uma vida profícua, portanto, são felizes
Evangelho – Luc 16, 19-31
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 16,19-31
Naquele tempo, Jesus disse aos fariseus: 19'Havia um homem rico,
que se vestia com roupas finas e elegantes e fazia festas esplêndidas todos os
dias. 20Um pobre, chamado Lázaro, cheio de feridas, estava no chão à porta
do rico. 21Ele queria matar a fome
com as sobras que caíam da mesa do rico. E, além disso, vinham os cachorros
lamber suas feridas. 22Quando o pobre morreu, os anjos levaram-no para
junto de Abraão. Morreu também o rico e foi enterrado. 23Na região dos
mortos, no meio dos tormentos,
o rico levantou os olhos e viu de longe a Abraão, com Lázaro ao seu lado.
24Então gritou: 'Pai Abraão, tem piedade de mim!
Manda Lázaro molhar a ponta do dedo para me refrescar a língua,
porque sofro muito nestas chamas'. 5Mas Abraão respondeu: 'Filho, lembra-te
que tu recebeste teus bens durante a vida e Lázaro, por sua vez, os males.
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Agora, porém, ele encontra aqui consolo e tu és atormentado. 26E, além
disso, há um grande abismo entre nós:
por mais que alguém desejasse, não poderia passar daqui para junto de vós, e
nem os daí poderiam atravessar até nós'. 27O rico insistiu: 'Pai, eu te suplico,
manda Lázaro à casa do meu pai,
28porque eu tenho cinco irmãos. Manda preveni-los, para que não venham
também eles para este lugar de tormento'. 29Mas Abraão respondeu: 'Eles têm
Moisés e os Profetas, que os escutem!'
30O rico insistiu: 'Não, Pai Abraão, mas se um dos mortos for até eles,
certamente vão se converter'. 31Mas Abraão lhe disse:
`Se não escutam a Moisés, nem aos Profetas, eles não acreditarão,
mesmo que alguém ressuscite dos mortos'.' Palavra da Salvação.
Reflexão – A existência do pobre é uma chance que Deus dá ao rico de
construir sua morada no céu!
Aqui na terra nós recebemos as condições para nos apropriarmos dos terrenos
do céu. Há, porém, uma condição imprescindível, que é a de partilharmos os
bens dos nossos terrenos da terra com os outros moradores. Ninguém é tão
pobre que não possua nada para dar nem igualmente é tão rico que não
necessite partilhar com alguém a sua riqueza. Esta parábola nos mostra uma
situação, ainda hoje, persistente dentro da nossa realidade de vida. A
conjuntura do rico e do Lázaro nos dá uma amostra do julgamento de Deus.
Jesus nos fala que o rico recebe os bens durante a vida e o pobre os males,
mas que na outra vida dar-se-á o contrário. Precisamos ter em mente, porém,
que ser rico, em si não é um mal. O mal é quando queremos ter tudo somente
para nós e desprezamos àqueles que vivem à nossa porta implorando por
migalhas, porque não possuem o suficiente para viver com dignidade. A
existência do pobre é uma chance que Deus dá ao rico para bem empregar os
seus bens e assim poder obter ainda muito mais para ajudar a quem precisar.
Nunca se ouviu dizer que alguém tenha ficado pobre porque deu a quem
precisava tudo o que tinha, no entanto, sabemos que muitos chegam à ruína
porque empregaram mal a sua fortuna. Jesus também nos mostra a
perspectiva da eternidade para o rico avarento e o pobre humilhado: para o
primeiro a região dos mortos que é a ausência de Deus e para o segundo, o
seio de Abraão, isto é, a presença de Deus e o consolo para as suas dores. A
mensagem final do Evangelho nos faz refletir no tempo atual da nossa vida
quando temos a oportunidade de pôr em prática todos os ensinamentos de
Jesus a fim de não termos a mesma sorte dos mesquinhos, assim como
também a responsabilidade que temos de abrir os olhos das pessoas da nossa
família que ainda não acolheram Jesus como Salvador
. – Quais os bens que você tem recebido na vida
- Como é a sua vida: você tem recebido maisbens ou mais feridas?
-Existe alguém na sua porta, ferido, chagado e
faminto que precisa de um pouquinho do que você possui?
– Pense nisso!
Helena Serpa,
Fundador da Comunidade Missionária Um Novo Caminho