terça-feira, 31 de dezembro de 2024

O TEMPO DE DEUS

 

Pe. Johnja López Pedrozo

EVANGELHO DO DIA

 + Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João 1,1-18

1No princípio era a Palavra, e a Palavra estava com Deus;

e a Palavra era Deus. 2No princípio estava ela com Deus.

3Tudo foi feito por ela e sem ela nada se fez de tudo que foi feito.

4Nela estava a vida, e a vida era a luz dos homens. 5E a luz brilha nas trevas, e as

trevas não conseguiram dominá-la. 6Surgiu um homem enviado por Deus; Seu nome

era João. 7Ele veio como testemunha, para dar testemunho da luz, para que todos

chegassem à fé por meio dele. 8Ele não era a luz, mas veio para dar testemunho da

luz: 9daquele que era a luz de verdade,

que, vindo ao mundo, ilumina todo ser humano. 10A Palavra estava no mundo - e o

mundo foi feito por meio dela - mas o mundo não quis conhecê-la. 11Veio para o que

era seu,

e os seus não a acolheram. 12Mas, a todos que a receberam,

deu-lhes capacidade de se tornarem filhos de Deus isto é, aos que acreditam em seu

nome, 13pois estes não nasceram do sangue

nem da vontade da carne nem da vontade do varão, mas de Deus mesmo. 14E a

Palavra se fez carne e habitou entre nós. E nós contemplamos a sua glória, glória que

recebe do Pai como filho unigênito, cheio de graça e de verdade. 15Dele, João dá

testemunho, clamando: 'Este é aquele de quem eu disse: O que vem depois de mim

passou à minha frente, porque ele existia antes de mim'. 16De sua plenitude todos

nós recebemos graça por graça. 17Pois por meio de Moisés foi dada a Lei, mas a

graça

e a verdade nos chegaram através de Jesus Cristo. 18A Deus, ninguém jamais viu.

Mas o Unigênito de Deus, que está na intimidade do Pai, ele no-lo deu a conhecer.

Palavra da Salvação.

REFLEXÕES SOBRE AS LEITURAS DE HOJE

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31 DE DEZEMBRO DE 2024


75


3ª. FEIRA – 7º DIA NA OITAVA


DO NATAL


Cor Branco


1ª. Leitura – I Jo 2, 18-21

Leitura da Primeira Carta de São João 2,18-21

18Filhinhos, esta é a última hora. Ouvistes dizer que o Anticristo virá. Com efeito,

muitos anticristos já apareceram. Por isso, sabemos que chegou a última hora. 19Eles

saíram do nosso meio,

mas não eram dos nossos, pois se fossem realmente dos nossos,

teriam permanecido conosco. Mas era necessário ficar claro

que nem todos são dos nossos. 20Vós já recebestes a unção do Santo, e todos tendes

conhecimento. 21Se eu vos escrevi,

não é porque ignorais a verdade, mas porque a conheceis,

e porque nenhuma mentira provém da verdade.

Palavra do Senhor.

Reflexão - A última hora é o agora da nossa vida!

São João nos exorta a viver cada momento da nossa vida como se fosse a última hora,

isto é, o instante final da nossa existência. A última hora é o dia de hoje, o agora da

nossa vida, o tempo em que estamos vivendo e no qual podemos tomar decisões,

voltar atrás nas nossas más inclinações e tentar caminhar conforme o desígnio que o

Senhor nos reserva. Estamos sempre vivendo esta última hora! Precisamos também

ter consciência de que muitas pessoas que hoje recebem conosco a mesma

mensagem do Evangelho, não alcançaram ainda o entendimento e, amanhã, podem

se afastar tornando-se, talvez, até um contratestemunho para o reino de Deus. Por

isso, São João nos adverte sobre o anticristo e nos dá o entendimento de que todos

os que fazem oposição ao projeto de amor de Deus são também considerados

anticristos. Fazemos oposição ao projeto de amor de Deus quando vivemos desligados

da Sua Palavra e seguimos as sugestões do nosso próprio querer. Temos o nosso Deus

particular e, com as nossas ações, nos tornamos alguém completamente fora dos

padrões de Jesus Cristo. “Nem todos são dos nossos”, diz São João. Uns ficam,

outros se afastam, mas os que permanecem recebem a unção de Deus e conhecem a

Sua verdade. É fato que nós nos entristecemos com isto, mas a palavra é clara

quando nos afirma que se fossem realmente dos nossos teriam permanecido conosco.

Quando temos o entendimento da verdade, quando realmente experimentamos a

unção do Santo, nós permanecemos firmes e nada nos afastará do nosso posto de

espera. Portanto, aproveitemos o momento do agora para nos fortalecer na Palavra

de Deus que nos garante a felicidade do céu, hoje. Esta é a última hora. Vivemos da

esperança, o Senhor virá e não tardará! - Você tem refletido sobre o seu momento

presente? – Você pretende ficar firme no posto em que está hoje? – O que você

espera do amanhã? – Você é a favor do projeto de amor de Deus ou às vezes lhe

faz oposição?

Salmo 95 (96), 1-2. 11-12. 13 (R. 11a)

R. O céu se rejubile e exulte a terra!

1Cantai ao Senhor Deus um canto novo,*


76

cantai ao Senhor Deus, ó terra inteira!

2Cantai e bendizei seu santo nome!*

Dia após dia anunciai sua salvação.R.

11O céu se rejubile e exulte a terra, *

aplauda o mar com o que vive em suas águas;

12os campos com seus frutos rejubilem *

e exultem as florestas e as matasR.

13na presença do Senhor, pois ele vem, *

porque vem para julgar a terra inteira.

Governará o mundo todo com justiça, *

e os povos julgará com lealdade.R.

Reflexão - Somos filhos de Deus e herdeiros do céu, portanto, temos em nós a

semente da eternidade. Deus nos criou para que sejamos habitantes do céu e, desde

já, Ele nos prepara para que possamos nos aclimatar na nossa futura morada.

Cantamos o canto novo do amor que deixa o nosso coração expectante com a

chegada do Senhor que vem. Ele sempre está vindo embora que às vezes não O

reconheçamos. Mesmo assim, pela Fé, nós podemos anunciar já a salvação que Ele

nos trouxe e cantar hinos de louvor.

Evangelho – Jo 1, 1-18

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João 1,1-18

1No princípio era a Palavra, e a Palavra estava com Deus;

e a Palavra era Deus. 2No princípio estava ela com Deus.

3Tudo foi feito por ela e sem ela nada se fez de tudo que foi feito.

4Nela estava a vida, e a vida era a luz dos homens. 5E a luz brilha nas trevas, e as

trevas não conseguiram dominá-la. 6Surgiu um homem enviado por Deus; Seu nome

era João. 7Ele veio como testemunha, para dar testemunho da luz, para que todos

chegassem à fé por meio dele. 8Ele não era a luz, mas veio para dar testemunho da

luz: 9daquele que era a luz de verdade,

que, vindo ao mundo, ilumina todo ser humano. 10A Palavra estava no mundo - e o

mundo foi feito por meio dela - mas o mundo não quis conhecê-la. 11Veio para o que

era seu,

e os seus não a acolheram. 12Mas, a todos que a receberam,

deu-lhes capacidade de se tornarem filhos de Deus isto é, aos que acreditam em seu

nome, 13pois estes não nasceram do sangue

nem da vontade da carne nem da vontade do varão, mas de Deus mesmo. 14E a

Palavra se fez carne e habitou entre nós. E nós contemplamos a sua glória, glória que

recebe do Pai como filho unigênito, cheio de graça e de verdade. 15Dele, João dá

testemunho, clamando: 'Este é aquele de quem eu disse: O que vem depois de mim

passou à minha frente, porque ele existia antes de mim'. 16De sua plenitude todos

nós recebemos graça por graça. 17Pois por meio de Moisés foi dada a Lei, mas a

graça

e a verdade nos chegaram através de Jesus Cristo. 18A Deus, ninguém jamais viu.

Mas o Unigênito de Deus, que está na intimidade do Pai, ele no-lo deu a conhecer.

Palavra da Salvação.

Reflexão – É imprescindível que tenhamos a Palavra de Jesus entranhada em


nosso coração.

77

Jesus é a Palavra de Deus, o Verbo que se encarnou no seio de uma virgem para dar

vida ao mundo. Portanto, a mesma Palavra que criou o céu e a terra veio ao mundo e

se fez carne para nos trazer a salvação. Foi ele quem nos fez filhos de Deus e nos

trouxe a Sua graça. Portanto, a Palavra de Deus já está no meio de nós. A Palavra de

Deus é a Luz e Jesus é a Palavra, portanto, Jesus é a Luz! Ele é o personagem

central da Bíblia. Todas as profecias, todas as orações, lamentações e súplicas das

Escrituras foram inspiradas pelo Pai no Seu Filho Jesus Cristo pelo poder do Espírito

Santo. “Tudo foi feito por ela e sem ela nada se fez de tudo que foi feito”! Por isso,

neste tempo em que ainda vivenciamos as alegrias do Natal todos nós podemos

refletir e meditar se estamos acolhendo a Palavra e se, realmente, nós a temos

encarnada em nós de maneira que Ela dirija as nossas ações. Se o mundo foi criado

por causa de Jesus Cristo, se a graça e a verdade nos chegaram através Dele e se Ele

é a Palavra de Deus que veio habitar no meio de nós, é imprescindível que tenhamos

esta Palavra entranhada em nossas mãos e no nosso coração. Pela Palavra nós

tomamos conhecimento do Amor de Deus que é eterno e nos dá a garantia das Suas

promessas para nós. Ela é a Luz que nos tira das trevas da ignorância e nos dá o

entendimento de nós mesmos, de Deus e do nosso próximo. Assim como João Batista

veio para dar testemunho desta Luz, nós também podemos irradiar o fulgor que se

expressa por meio de nós quando anunciamos Jesus Cristo, a Palavra de Deus que

veio nos transformar em novas criaturas.

 – Você já acolheu o Verbo de Deus que se fez carne e veio habitar entre nós?

 – A Palavra de Deus tem influenciado as suas ações?

 – Você tem sabido ouvi-La e vivê-La? 

– Você tem dado ao mundo testemunho da Luz de Cristo? 

- Qual é o testemunho que você pode dar ao mundo da presença de Cristo na sua vida?


Helena Serpa,

Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho

SANTO DO DIA - SÃO SILVESTRE I

 

São Silvestre I apagou-se ao lado de um Imperador culto e ousado como Constantino, o qual, mais do que o servir, teria, antes, servido – se dele, da sua simplicidade e humanidade, agindo por vezes como verdadeiro Bispo da Igreja, sobretudo no Oriente, onde recebeu o nome de Isapóstolo, isto é, igual aos apóstolos.

A Intromissão de Constantino
Na realidade, nos assuntos externos da Igreja, o Imperador considerava-se acima dos próprios Bispos, o Bispo dos Bispos, com inevitáveis intromissões nos próprios assuntos internos, uma vez que, com a sua mentalidade ainda pagã, não estava capacitado para entender e aceitar um poder espiritual diferente e acima do civil ou político.

A prudência de São Silvestre I
E, talvez, São Silvestre I, na sua simplicidade, tivesse sido o Papa ideal para a circunstância. Outro Papa mais exigente, mais cioso da sua autoridade, teria irritado a megalomania de Constantino, perdendo a sua proteção. Ainda estava muito viva a lembrança dos horrores que passara a Igreja no reinado de Diocleciano, e São Silvestre I, testemunha dessa perseguição que ameaçou subverter por completo a Igreja, preferiu agradecer este dom inesperado da proteção imperial e agir com moderação e prudência.

São Silvestre I, 33º Papa da Igreja Católica

Medida exorbitante de Constantino
Constantino terá certamente exorbitado, mas isso ter-se-á devido ao desejo de manter a paz no Império, ameaçada por dissensões ideológicas da Igreja, como na questão do donatismo que, apesar de já condenado no pontificado anterior, vê-se de novo discutido, em 316, por iniciativa sua.

Agitação de Ario
Dois anos depois, gerou-se nova agitação doutrinária mais perigosa, com origem na pregação de Ario, sacerdote alexandrino, que negava a divindade da segunda Pessoa e, consequentemente, o mistério da Santíssima Trindade. Constantino, inteirado da agitação doutrinária, manda mais uma vez convocar os Bispos do Império para dirimirem a questão. Sabemos pelo Liber Pontificalis, por Eusébio e Santo Atanásio, que o Papa dá o seu acordo e envia, como representantes seus, Ósio, Bispo de Córdova, acompanhado por dois presbíteros. Ele, como dignidade suprema, não se imiscuiria nas disputas, reservando-se à aprovação do veredito final. Além disso, não convinha parecer demasiado submisso ao Imperador.

Heresia de Ario
Foi o primeiro Concílio Ecumênico (universal) que reuniu em Niceia, no ano 325, mais de 300 Bispos, com o próprio Imperador a presidir em lugar de honra. Os Padres conciliares não tiveram dificuldade em fazer prevalecer a doutrina recebida dos Apóstolos sobre a divindade de Cristo, proposta energicamente pelo Bispo de Alexandria, Santo Atanásio. A heresia de Ario foi condenada sem hesitação; e a ortodoxia trinitária ficou exarada no chamado Símbolo Niceno ou Credo, ratificado por São Silvestre I.

O final de um grande Pontificado

Inauguração de Constantinopla
Constantino, satisfeito com a união estabelecida, parte no ano seguinte para as margens do Bósforo onde, em 330, inaugura Constantinopla, a que seria a nova capital do Império, eixo nevrálgico entre o Oriente e o Ocidente, até a sua queda em poder dos turcos otomanos em 1453.

Doação Constantiniana
Data dessa altura a chamada doação constantiniana, mediante a qual o Imperador entrega à Igreja, na pessoa de São Silvestre I, a Domus Faustae, Casa de Fausta, sua esposa, ou palácio imperial de Latrão (residência papal até Leão XI), junto ao qual se ergueria uma grandiosa basílica de cinco naves, dedicada a Cristo Salvador e, mais tarde, a São João Batista e São João Evangelista (futura e atual catedral episcopal de Roma, S. João de Latrão). Mais tarde, doaria igualmente a própria cidade.

Páscoa
Depois de um longo pontificado (de 314 a 335), cheio de acontecimentos e transformações profundas na vida da Igreja, morre São Silvestre I, no último dia do ano 335, dia em que a Igreja venera a sua memória. São Silvério foi sepultado no cemitério de Priscila. Os seus restos mortais foram transladados por Paulo I (757-767) para a igreja erguida em sua memória.

Minha oração

“Ó grande defensor da fé, ilustre sábio da doutrina, defendei o povo fiel do mal das heresias, das mentalidades mundanas e de tudo o que nos circunda contra os valores humanos. Te rogamos a lucidez da doutrina e a graça de amar o Deus verdadeiro e servir a única Igreja. Amém.”

São Silvestre I, rogai por nós!

Fonte: Canção Nova Notícias

 

segunda-feira, 30 de dezembro de 2024

CONFIRA A AGENDA DO ARCEBISPO PARA O REVEILLON

O arcebispo de Fortaleza, Dom Gregório Paixão, OSB, participará de dois momentos marcantes na programação de comemorações da virada do ano, com Missa em ação de graças e a Bênção do Santíssimo Sacramento.

primeira celebração será a Missa em ação de graças pelo ano de 2024 , presidida por Dom Gregório na Catedral Metropolitana de Fortaleza, às 19h.

Dom Gregório Paixão, OSB no Réveillon da Paz 2024.

Em seguida, o arcebispo estará no Réveillon da Paz , tradicional evento promovido pela Comunidade Católica Shalom no Condomínio Espiritual Uirapuru (Avenida Alberto Craveiro, 2222, Dias Macedo).

Durante a programação, Dom Gregório vai participar da adoração ao Santíssimo Sacramento, marcada para início às 23h e benção durante a Virada , coroando a transição para o novo ano com um momento de fé e renovação da Esperança.

REVEILLON DA PAZ 2025

 Fonte: Serviço de Informação da 

Arquidiocese de Fortaleza

EVANGELHO DO DIA

 + Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 2,36-40

Naquele tempo: 36Havia também uma profetisa, chamada Ana,

filha de Fanuel, da tribo de Aser. Era de idade muito avançada;

quando jovem, tinha sido casada e vivera sete anos com o marido.

37Depois ficara viúva, e agora já estava com oitenta e quatro anos. Não saía

do Templo, dia e noite servindo a Deus com jejuns e orações. 38Ana chegou

nesse momento e pôs-se a louvar a Deus e a falar do menino a todos os que

esperavam a libertação de Jerusalém. 39Depois de cumprirem tudo, conforme

a Lei do Senhor, voltaram à Galiléia, para Nazaré, sua cidade.

40O menino crescia e tornava-se forte, cheio de sabedoria;

e a graça de Deus estava com ele. Palavra da Salvação.

REFLEXÕE SOBRE AS LEITURAS DE HOJE


30 DE DEZEMBRO DE 2024

2ª. FEIRA – 6º DIA NA OITAVA DO


NATAL


Cor Branco


73


1ª Leitura - 1Jo 2,12-17

Leitura da Primeira Carta de São João 2,12-17

12Eu vos escrevo, filhinhos: os vossos pecados foram perdoados

por meio do seu nome. 13Eu vos escrevo, pais: vós conheceis aquele que é

desde o princípio. Eu vos escrevo, jovens: vós vencestes o Maligno. 14Já vos

escrevi, filhinhos: vós conheceis o Pai. Já vos escrevi, jovens: vós sois fortes,

a Palavra de Deus permanece em vós, e vencestes o Maligno. 15Não ameis o

mundo, nem o que há no mundo. Se alguém ama o mundo, não está nele o

amor do Pai. 16Porque tudo o que há no mundo - as paixões da natureza, a

concupiscência dos olhos e a ostentação da riqueza - não vem do Pai, mas do

mundo. 17Ora, o mundo passa, e também a sua concupiscência; mas aquele

que faz a vontade de Deus permanece para sempre. Palavra do Senhor.

Reflexão - O pecado é uma carga pesada que nos deixa com sentimento de culpa.

Dirigindo palavras de esperança, São João encoraja os pais e os filhos, assim como

também os jovens, a permanecerem firmes no conhecimento de Deus a fim de vencer

o Maligno. Conhecer a Deus e à Sua Palavra é o segredo para que possamos nos livrar

das investidas do Príncipe das Trevas que é o inspirador da mentalidade do mundo.

“Não ameis o mundo nem as coisas do mundo”, nos diz São João! As coisas do mundo

significam tudo o que nos afasta da vivência dos mandamentos da Lei de Deus e

desvirtuam a nossa alma que se apega ao que oferece prazer apenas ao nosso

sensualismo. São as concupiscências, isto é, os desejos da carne, dos olhos e a

soberba da vida. São práticas que nos trazem alegria passageira e que deixam um

vazio imenso no nosso coração. Por isso, quando nos dedicamos exageradamente ao

exercício de comprar demais, beber e comer em demasia, ou quando destinamos

muito tempo cuidando do nosso corpo, da beleza física, quando passamos horas em

jogatinas e diversões abusivas, ou quando recebemos muitos elogios e vivemos

cercados de pessoas que nos enaltecem demais, percebemos que o nosso interior fica

empobrecido e nos sentimos entediados. Muitas pessoas, porque não têm

conhecimento de Deus, vivem nessa busca desenfreada e nada lhes preenche a alma.

Quando caímos na tentação das concupiscências, nós pecamos. O pecado é uma

carga pesada que nos deixa com sentimento de culpa e de infortúnio, por isso é que o

apóstolo João nos apresenta a misericórdia e o amor do Pai como uma força poderosa

para a nossa restauração. Na medida em que nos aprofundamos na ciência de Deus e

descobrimos a Sua mensagem de amor manifestada na pessoa do Seu Filho Jesus

Cristo nós nos vamos libertando dos atrativos do mundo e começamos a ser saciados

com o alimento do céu tornando-nos pessoas vitoriosas a qualquer momento e em

todas as circunstâncias. – Você é uma pessoa muito dedicada às coisas do mundo? –

Você dedica mais tempo a malhação e esquece a oração? – Qual o tempo que você

tem dispensado a reflexão com a Palavra de Deus? – Você tem crescido no

conhecimento do Pai? - Quais são os seus propósitos para o próximo ano?

Salmo - Sl 95 (96), 7-8a. 8b-9. 10 (R. 11a)

R. O céu se rejubile e exulte a terra!

7Ó família das nações, dai ao Senhor,+

ó nações, dai ao Senhor poder e glória,*

8adai-lhe a glória que é devida ao seu nome!R.


74

8bOferecei um sacrifício nos seus átrios,+

9adorai-o no esplendor da santidade,*

terra inteira, estremecei diante dele!R.

10Publicai entre as nações: 'Reina o Senhor!' +

Ele firmou o universo inabalável, *

e os povos ele julga com justiça.R.

Reflexão - O salmista nos convoca a praticar o que Deus deseja para nós; entrar em

unidade com o céu para entoarmos o mesmo louvor e sermos participantes da alegria

que reina lá. Por isso, ele convoca todas as famílias das nações, isto é, a família da

terra a dar ao Senhor o poder e a glória que são devidas ao Seu nome. Quando nós

oferecemos sacrifício de louvor, quando adoramos a Deus na Sua santidade nós nos

tornamos pessoas que têm a marca da família do céu e conseguimos refletir a Sua


glória no nosso rosto alegre.


Evangelho - Lc 2,36-40

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 2,36-40

Naquele tempo: 36Havia também uma profetisa, chamada Ana,

filha de Fanuel, da tribo de Aser. Era de idade muito avançada;

quando jovem, tinha sido casada e vivera sete anos com o marido.

37Depois ficara viúva, e agora já estava com oitenta e quatro anos. Não saía

do Templo, dia e noite servindo a Deus com jejuns e orações. 38Ana chegou

nesse momento e pôs-se a louvar a Deus e a falar do menino a todos os que

esperavam a libertação de Jerusalém. 39Depois de cumprirem tudo, conforme

a Lei do Senhor, voltaram à Galiléia, para Nazaré, sua cidade.

40O menino crescia e tornava-se forte, cheio de sabedoria;

e a graça de Deus estava com ele. Palavra da Salvação.

Reflexão – Jesus Cristo nasce em nós como criança, mas cresce em sabedoria no

nosso interior!

Ana era uma profetisa, de idade já avançada que vivia no templo e esperava com

confiança o Salvador que fora prometido por Deus nas escrituras. “Não saia do

templo, dia e noite servindo a Deus com jejuns e orações” Pela sua persistência e

confiança na Palavra de Deus Ana foi agraciada e reconheceu em Jesus o Filho de

Deus. Por isso, ela não se cansava de falar a todos sobre o menino com palavras de

esperança e louvor a Deus. Se nós também permanecermos firmes no templo, isto é,

na oração, no serviço a Deus, na adoração, com a mente e o coração voltados para as

revelações do céu, com certeza, distinguiremos a chegada de Jesus como uma

criança pequeninha que vem de mansinho e nos torna pessoas serenas, amáveis e de

palavras que expressam a nossa alegria interior. Jesus Cristo que nasce no nosso

coração vem como criança, mas também cresce em nós em sabedoria e graça na

medida em que perseveramos no Seu conhecimento na Sua intimidade. Desse modo,

a perseverança da profetisa Ana é para nós um exemplo a ser seguido, mesmo que já

tenhamos esperado muito e nada ainda tenha acontecido.

 – Você também tem esperado a libertação do seu coração? 

– O que ainda o tem deixado preso ao

mundo?

 – Você frequenta o templo com assiduidade? – Você é perseverante nas

coisas de Deus ou desiste com facilidade?


Helena Serpa,

Fundadora da Comunidade ission´ria Um Novo Caminho


SANTO DO DIA - SAGRADA FAMÍLIA

Origem

As origens da festa litúrgica remontam ao século XVII. Em 1895, Leão XIII fixou a celebração no terceiro domingo depois da Epifania; Bento XV, em 1921, colocou-o na oitava da Epifania; e, atualmente, a reforma litúrgica de 1968 fixou-o no domingo depois do Natal.

Nomenclatura
A Sagrada Família, como o nome sugere, é “sagrada” e “única” ao mesmo tempo. “Santo”, porque cada um dos seus componentes é santo: o Menino é Santo por natureza; a Mãe é santa por privilégio; e José é justo pela graça.

A Santidade
A santidade de toda a família é dada pela soma da santidade desigual de cada componente individual. “Única”, porque historicamente não houve outra família igual nem jamais haverá a mesma. E isso pelo simples fato de que cada membro de uma mesma família, como pessoa, não é apenas único e irrepetível, mas também exclusivo, pois a predestinação absoluta de Cristo e Maria é uma e única, e a santidade de José é declarada oficialmente a partir de Deus.

Sagrada Família: contemplemos a casinha de Nazaré

Empenho da família
O Natal já nos mostrou a Sagrada Família reunida na gruta de Belém, mas, hoje, somos convidados a contemplá-la na casinha de Nazaré, onde Maria e José se empenham em fazer crescer, dia após dia, o Menino Jesus. Os artistas, muitas vezes, o faziam em mil situações e atitudes, colocando a Santíssima Virgem ao lado de seu Menino em primeiro plano, ou o bom São José na carpintaria onde a criança também aprende o trabalho humano, brincando. Assim, as famílias são chamadas a realizar o mesmo para com Deus e seus filhos.

Amor e culto a Deus
Podemos intuir também o imenso acontecimento que se realiza em Nazaré: poder amar a Deus e amar o próximo com um único gesto indivisível! Com efeito, para Maria e José, o Menino é o seu Deus e o seu próximo mais querido. Foi, portanto, em Nazaré que os atos mais sagrados (rezar, conversar com Deus, ouvir a sua Palavra, entrar em comunhão com ele) coincidiam com as expressões coloquiais normais que toda mãe e todo pai dirigem ao filho. 

Neste dia, somos convidados a refletir sobre a nossa família

O início da história de todas as famílias cristãs
Foi em Nazaré que os “atos de culto devidos a Deus” (os mesmos que, entretanto, se celebravam no grandioso templo de Jerusalém) coincidiram com os habituais cuidados com que Maria vestiu o Menino Jesus, lavou-o, alimentou-o, entregou-se a seus jogos. Foi então que começou a história de todas as famílias cristãs, para as quais tudo (os afetos, os acontecimentos, a matéria da vida) pode ser vivido como sacramento: verdadeiro sinal e antecipação de um amor infinito. 

Exemplos para as famílias atuais
Certamente, a passagem da “sagrada família” à família humana é muito delicada e complexa. O primeiro serve de exemplo para toda família que deseja inspirar-se no desígnio autêntico de Deus. Um exemplo que se adapta a cada Personagem: a Cristo, autor da Vida e do Amor; a Maria, a primeira discípula; e a José, o primeiro seguidor de Maria. A família, em si mesma, constitui o núcleo vital da sociedade e da comunidade eclesial. No entanto, tudo depende da fé na sacramentalidade do matrimônio que os esposos devem reconhecer, aceitar, amar e permanecer fiéis a ela. 

É preciso escolher o amor

A Escolha 

Hoje, parece que justamente esta característica específica está em crise, para que uma nova evangelização ajude o povo de Deus nesta recuperação. Seria desejável que os esposos tivessem sempre claro na escolha do amor o belo pensamento do Concílio Vaticano II: “a família é o lugar onde as diversas gerações se encontram e se ajudam mutuamente para alcançar uma sabedoria humana mais completa e harmonizar as direitos da pessoa com as demais necessidades da vida social…” (GS 52). Para alcançar esta nobre meta espiritual de natureza cristocêntrica, o Concílio continua: Esta é uma parte do mistério da Sagrada Família.

 

Minha oração

“Ó Sagrada Família de Nazaré, ali Deus foi amado e cultuado com os mais altos louvores, dai a nós por tua intercessão o mesmo amor e cuidado com Deus. Ao mesmo tempo, rogamos ao Pai celeste que derrame nas nossas famílias graças especiais a fim de vivermos para transformar a sociedade através do testemunho e exemplo. Amém.”

Sagrada Família, rogai por nós!

 

Fonte: Canção ova Notícias

domingo, 29 de dezembro de 2024

EVANGELHO DO DIA

 + Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 2,41-52

41Os pais de Jesus iam todos os anos a Jerusalém, para a festa da Páscoa.

42Quando ele completou doze anos, subiram para a festa, como de costume.

43Passados os dias da Páscoa, começaram a viagem de volta, mas o menino

Jesus ficou em Jerusalém, sem que seus pais o notassem. 44Pensando que ele

estivesse na caravana,

caminharam um dia inteiro. Depois começaram a procurá-lo

entre os parentes e conhecidos. 45Não o tendo encontrado,

72

voltaram para Jerusalém à sua procura. 46Três dias depois, o encontraram no

Templo. Estava sentado no meio dos mestres,

escutando e fazendo perguntas. 47Todos os que ouviam o menino estavam

maravilhados com sua inteligência e suas respostas. 48Ao vê-lo, seus pais

ficaram muito admirados e sua mãe lhe disse:

'Meu filho, por que agiste assim conosco? Olha que teu pai e eu estávamos,

angustiados, à tua procura.' 49Jesus respondeu:

'Por que me procuráveis? Não sabeis que devo estar na casa de meu Pai?'

50Eles, porém, não compreenderam as palavras que lhes dissera. 51Jesus

desceu então com seus pais para Nazaré, e era-lhes obediente. Sua mãe,

porém, conservava no coração todas estas coisas. 52E Jesus crescia em

sabedoria, estatura e graça,

diante de Deus e diante dos homens. Palavra da Salvação.

REFLEXÕES SOBRE AS LEITURAS DE HOJE

29 DE DEZEMBRO DE 2024

DOMINGO DA SAGRADA FAMÍLIA DE

JESUS, MARIA E JOSÉ

5º Dia na Oitava de Natal


Cor Branco


1ª. Leitura – Eclo 3, 3-7.14-17ª

Leitura do Livro do Eclesiástico 3,3-7.14-17a

3Deus honra o pai nos filhos e confirma, sobre eles, a autoridade da mãe. 4Quem

honra o seu pai, alcança o perdão dos pecados;

70

evita cometê-los e será ouvido na oração quotidiana. 5Quem respeita a sua mãe é

como alguém que ajunta tesouros. 6Quem honra o seu pai, terá alegria com seus

próprios filhos; e, no dia em que orar, será atendido. 7Quem respeita o seu pai, terá

vida longa, e quem obedece ao pai é o consolo da sua mãe. 14Meu filho, ampara o

teu pai na velhice e não lhe causes desgosto enquanto ele vive. 15Mesmo que ele

esteja perdendo a lucidez,

procura ser compreensivo para com ele; não o humilhes, em nenhum dos dias de sua

vida, a caridade feita a teu pai não será esquecida, 16mas servirá para reparar os

teus pecados 17ae, na justiça, será para tua edificação. Palavra do Senhor

Reflexão A família é a esperança da humanidade.


O autor do Livro do Eclesiástico, nos motiva a cultivar sentimentos de carinho e

proteção para com as pessoas mais idosas e nos revela que Deus nunca esquecerá o

bem que fizermos aos nossos pais. Assim sendo, ele exalta a honra e o respeito ao pai

e à mãe como atributos que são agradáveis a Deus e imprescindíveis para que

sejamos ouvidos nas nossas reivindicações. A leitura ressalta ainda a recompensa que

o Senhor concede a todos os que reverenciam o seu pai e a sua mãe, amparando-os

na velhice. Na realidade, isto pode ser comprovado em nosso dia a dia nos

relacionamentos entre pais, filhos, avós. Os filhos e as filhas que têm zelo e amor

pelos seus genitores e os amparam nas suas necessidades têm uma vida repleta de

graças e conseguem também manter uma família feliz e equilibrada. O aconchego de

uma família unida e feliz vale muito mais do que muitos bens materiais acumulados.

Honrar pai e mãe é o quarto mandamento da lei de Deus e pais e filhos constituem

assim a primeira preocupação de Deus para salvar a terra, e nós somos estes

mensageiros da reconciliação. A família é o berço da humanidade, é no berço que a

criança é alimentada, cuidada e fortalecida. É a partir de cada família da Terra que

o projeto de Deus para o futuro da humanidade se realiza. Por isso, São João Paulo II

já afirmava que “a família é a esperança da humanidade”. A família é, portanto,

uma Escola onde a humanidade é forjada e preparada para enfrentar os desafios da

vida e do mundo. Por meio da Família toda existência humana é orientada para o

futuro. E se a família for um lugar seguro onde Deus habita aí então ela terá, com

certeza, um futuro abençoado. – Você reconhece o valor da sua família? - Você

tem seguido o mandamento de honrar pai e mãe? – Como você tem se relacionado

com os seus pais, ou com seus filhos? – Que valores você tem preservado na sua

família? – Você tem orado por ela?

Salmo 127,1-2.3.4-5 (R. Cf 1)

R. Felizes os que temem o Senhor e trilham seus caminhos!

1Feliz és tu se temes o Senhor* e trilhas seus caminhos! 2Do trabalho de tuas mãos

hás de viver,* serás feliz, tudo irá bem! R.

3A tua esposa é uma videira bem fecunda* no coração da tua casa;

os teus filhos são rebentos de oliveira* ao redor de tua mesa. R.

4Será assim abençoado todo homem* que teme o Senhor. 5O Senhor te abençoe de

Sião,* cada dia de tua vida. R.

Reflexão - O salmista elogia os que têm amor pelo Senhor e seguem os caminhos por

Ele traçados. Serão felizes, viverão do trabalho honesto, formarão uma família

fecunda e serão abençoados. Todas estas coisas são necessidades básicas do nosso ser

humano e se constituem no alicerce para que tenhamos uma vida cheia de paz.

Portanto, se refletirmos bem, nós não precisaríamos lutar tanto por tantas conquistas


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que nunca obteremos, mas tão somente, “temer o Senhor e seguir os seus

caminhos!”

2ª. Leitura – Col 3, 12-21

Leitura da Carta de São Paulo aos Colossenses 3,12-21

Irmãos: 12Vós sois amados por Deus, sois os seus santos eleitos.

Por isso, revesti-vos de sincera misericórdia, bondade, humildade, mansidão e

paciência, 13suportando-vos uns aos outros e perdoando-vos mutuamente, se um

tiver queixa contra o outro.

Como o Senhor vos perdoou, assim perdoai vós também. 14Mas, sobretudo, amai-vos

uns aos outros, pois o amor é o vínculo da perfeição. 15Que a paz de Cristo reine em

vossos corações, à qual fostes chamados como membros de um só corpo. E sede

agradecidos. 16Que a palavra de Cristo, com toda a sua riqueza,

habite em vós. Ensinai e admoestai-vos uns aos outros com toda a

sabedoria. Do fundo dos vossos corações, cantai a Deus salmos, hinos e cânticos

espirituais, em ação de graças. 17Tudo o que fizerdes, em palavras ou obras, seja

feito em nome do Senhor Jesus Cristo. Por meio dele dai graças a Deus, o Pai.

18Esposas, sede solícitas para com vossos maridos, como convém, no Senhor.

19Maridos, amai vossas esposas e não sejais grosseiros com elas.

20Filhos, obedecei em tudo aos vossos pais, pois isso é bom e correto no Senhor.

21Pais, não intimideis os vossos filhos, para que eles não desanimem. Palavra do

Senhor.

Reflexão – As virtudes são uma consequência da vivência do amor de Deus agindo


em nós!


A misericórdia, a bondade, a humildade, a mansidão e a paciência, virtudes que

cultivamos nos nossos relacionamentos, são o sinal que podemos dar ao mundo de

que realmente vivemos de acordo com os conselhos evangélicos. Todas essas

virtudes têm como fundamento o amor ao próximo que é o mandamento maior da Lei

de Deus. Quando perdoamos, nos suportamos uns aos outros, cultivamos a paz nos

nossos relacionamentos, e compreendemos uns aos outros, mostramos ao mundo que

todas essas virtudes são uma consequência da vivência do amor de Deus agindo em

nós. Este amor, segundo São Paulo, deverá ser praticado de uma maneira responsável

e isto implica também em ensinar e admoestar ao outro, com toda a sabedoria sem

omitir-se nas horas da necessidade de correção. Demonstramos também que vivemos

segundo os preceitos cristãos quando sabemos ser agradecidos e cantamos louvores

ao Senhor pelos Seus benefícios. Finalmente, São Paulo dá conselhos úteis aos

maridos e às mulheres, aos pais e filhos para que dentro da Lei divina do amor

recíproco saibam compartilhar a vida dando espaço uns aos outros para a vivência da

paz. – Você sabe perdoar? – Existe alguém na sua família a quem você precisa dar

ou pedir perdão? – Você se sente responsável pelo bem-estar da sua família? – O


que você tem feito para que isto aconteça?


Evangelho - Lc 2,41-52

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 2,41-52

41Os pais de Jesus iam todos os anos a Jerusalém, para a festa da Páscoa.

42Quando ele completou doze anos, subiram para a festa, como de costume.

43Passados os dias da Páscoa, começaram a viagem de volta, mas o menino

Jesus ficou em Jerusalém, sem que seus pais o notassem. 44Pensando que ele

estivesse na caravana,

caminharam um dia inteiro. Depois começaram a procurá-lo

entre os parentes e conhecidos. 45Não o tendo encontrado,

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voltaram para Jerusalém à sua procura. 46Três dias depois, o encontraram no

Templo. Estava sentado no meio dos mestres,

escutando e fazendo perguntas. 47Todos os que ouviam o menino estavam

maravilhados com sua inteligência e suas respostas. 48Ao vê-lo, seus pais

ficaram muito admirados e sua mãe lhe disse:

'Meu filho, por que agiste assim conosco? Olha que teu pai e eu estávamos,

angustiados, à tua procura.' 49Jesus respondeu:

'Por que me procuráveis? Não sabeis que devo estar na casa de meu Pai?'

50Eles, porém, não compreenderam as palavras que lhes dissera. 51Jesus

desceu então com seus pais para Nazaré, e era-lhes obediente. Sua mãe,

porém, conservava no coração todas estas coisas. 52E Jesus crescia em

sabedoria, estatura e graça,

diante de Deus e diante dos homens. Palavra da Salvação.

Reflexão - O Pai traçou o Seu Plano no mapa que está gravado no nosso interior.

Obedientes à Palavra de Deus, José e Maria cumpriam à risca todas as formalidades

participando dos eventos normalmente como todo o povo judeu. Jesus também os

acompanhava e lhes era submisso. Naquele dia, no entanto, em que se comemorava

em Jerusalém a festa da Páscoa, (relembrando a saída do povo de Deus do Egito),

percebendo o Seu chamado para ocupar-se das coisas do Pai, Jesus afastou-se deles e

ficou em Jerusalém. Foi encontrado no templo, entre os doutores da lei. Aos doze

anos, portanto, Jesus já dava testemunho de que conhecia as Escrituras e que a

sabedoria do Espírito estava com Ele, quando desvendava para os mestres da Lei, os

mistérios de Deus. Ao encontrá-los seus pais estavam angustiados, no entanto, as

Suas palavras os levaram à admiração, ao mesmo tempo em que, apesar de não

compreenderem, aceitarem, pois aquele acontecimento era obra de Deus Pai. “Sua

Mãe, porém, conservava no coração todas essas coisas!” A graça e a sabedoria do

Espírito nos fazem também perceber o tempo de ocuparmo-nos com as coisas do Pai.

Chega um momento na nossa vida que o Senhor nos atrai e nos chama para

enfrentarmos os mestres e os sábios do mundo, mesmo que nos achemos pequenos

demais para isto. O poder de Deus é imensurável, e é Ele quem nos capacita, nos

orienta e nos faz abrir a boca para ensinar aos doutores da Lei de hoje. Jesus não foi

encontrado no meio dos seus parentes, mas na casa do Pai, lá onde flui o amor, a

adoração, a oração, a comunidade. Nós também, como cristãos, não precisamos

estar somente pertinho dos nossos entes mais queridos, mas o Senhor quer que nós

também estejamos em Comunidade, edificando o Seu reino de amor. Assim como

Maria conservava no coração tudo o quanto percebia como sinal de Deus nós

precisamos também estar atentos pois o Pai traçou o Seu Plano no mapa que está

gravado no nosso interior.

 – Você é uma pessoa submissa à vontade de Deus? 

– Você tem ajudado a que outras pessoas compreendem as Escrituras? 

– Você já está também crescendo em sabedoria e graça? 

– Como é o seu testemunho dentro da sua casa?

- As pessoas notam que você é de DEUS?


Helena Serpa,

Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho