quarta-feira, 30 de setembro de 2015

RELÍQUIAS DE SANTA TERESA DE LIXIEUX E DE SEUS PAIS EXPOSTAS EM ROMA

 

Roma (RV) -  As Urnas contendo as relíquias de Santa Teresa do Menino Jesus e de seus Beatos pais serão expostas para veneração dos fieis na Capela da Virgem Salus Populi Romani na Basílica de Santa Maria Maior, de 4 a 25 de outubro de 2015, durante o Sínodo Ordinário dos Bispos dedicado à família.

Os cônjuges Louis Martin e Zélie Guérin serão canonizados em 18 de outubro pelo Papa Francisco na Praça São Pedro. Trata-se do primeiro casal não-mártir na história da Igreja que será elevado à honra dos altares na mesma cerimônia, o que adquire maior relevância por realizar-se, por decisão do Pontífice, justamente durante o Sínodo sobre as famílias.
 “Louis e Zélie demonstraram com as suas vidas que o amor conjugal é um instrumento de santidade, é um caminho em direção à santidade realizado junto por duas pessoas – declarou o Vice Postulador da Causa de Canonização, o Padre carmelita Antonio Sangalli. Isto é hoje, na minha opinião, o elemento mais importante para analisar a família. Existe uma necessidade enorme de uma espiritualidade simples realizada na vida cotidiana”.
Também a exposição das relíquias na Santa Maria Maior assume um significado particular, por ser justamente diante da Virgem Salus Populi Romani que o Papa Francisco pediu para rezar pelos frutos dos trabalhos sinodais e por todas as famílias do mundo.
As relíquias poderão ser veneradas durante o horário normal de abertura da Basílica, ou seja, diariamente das 7 às 19 horas.
Por outro lado, a filha do casal, a Serva de Deus Irmã Francisca Teresa (Leonia Martin), irmã da Santa de Lisieux, teve aberta a causa de canonização em 2 de julho passado em Caen, na França. (JE)
(from Vatican Radio)
 
Fonte: Rádio Vaticano

PAPA FRANCISCO ENCONTRA 400 DOENTES ACOMPANHADOS PELA ORDEM DE MALTA


Cidade do Vaticano (RV) - Antes da Audiência Geral desta quarta-feira (30/09), o Papa Francisco encontrou-se com um grupo de quatrocentos doentes, na Sala Paulo VI, acompanhados por quatrocentos membros da seção alemã da Ordem de Malta.
“A audiência de hoje será feita em dois lugares: aqui e na praça. Como o tempo não parecia muito bom, achamos melhor que vocês ficassem aqui, tranquilos e cômodos para ver a audiência através dos telões. Agradeço-lhes muito por esta visita e peço-lhes para que rezem por mim”, sublinhou o pontífice.
  Francisco disse que a doença não é algo bom. “Existem os médicos, que são competentes, os enfermeiros, os remédios, tudo, mas é sempre uma coisa feia”, disse ele.
  “Porém, existe a fé, a fé que nos encoraja, e aquele pensamento que vem a todos nós: Deus se fez doente por nós enviando o seu Filho que tomou sobre si todas as nossas doenças. Olhando Jesus com a sua paciência, a nossa fé fica mais forte”, frisou o Papa.
Francisco disse ainda que com a doença caminhamos junto com Jesus. “Ele sabe o que significa o sofrimento, Ele nos compreende, nos consola e nos dá força”, disse.
  Por fim, o Papa abençoou os doentes e rezou com eles a Ave-Maria. (MJ)(from Vatican Radio)

Fonte: Rádio Vaticano 

PAPA FRANCISCO ABENÇOA ESTÁTUA DE SANTA RITA DE SEIS METROS

 


Cidade do Vaticano (RV) – Na Audiência Geral desta quarta-feira o Papa Francisco abençoou uma imagem de Santa Rita de Cássia de seis metros trazida do Líbano e que no dia 18 de outubro será instalada na entrada da cidade italiana de Cássia.
“Ao abençoar esta grande estátua da Santa – disse o Santo Padre -  convido a todos, no próximo Jubileu da Misericórdia, a reler sua extraordinária experiência humana e espiritual como como sinal da potência da misericórdia de Deus”.
A grande estátua foi colocada na Praça São Pedro às 5 da manhã da terça-feira, 29, e sua remoção será realizada na madrugada da quinta-feira, 1º de outubro. Após, acompanhada por milhares de fieis, a estátua será instalada em uma rotatória na entrada da cidade de Cássia no dia 18 de outubro, de forma a dar as boas vindas aos milhares de peregrinos que visitam anualmente a cidade onde a santa viveu. O Patriarca Maronita Bechara Boutros Raï presidirá uma celebração no Santuário de Cássia.
A obra foi realizada em Ayto, no norte do Líbano, pelo famoso escultor libanês Nayef Alwan, patrocinada pelo mecenas Sarkis Sarkis, muito devoto da santa. O artista trabalhou por meses na obra, baseado em um esboço aprovado em comum acordo com a administração e a comunidade agostiniana de Cássia, dando forma e vida a um gigantesco bloco de pedra extraído das montanhas do Líbano a 2 mil metros de altitude. No início de setembro, a estátua foi embalada e embarcada em um navio até o porto italiano de Salerno.
Na tarde desta quarta-feira um grande grupo de peregrinos participará de uma celebração na Basílica de São Pedro às 15h30, presidida pelo Arcebispo de Spoleto-Norcia. (JE)(from Vatican Radio)

Fonte: Rádio Vaticano

CONSTRUIR PONTES, POIS OS MUROS CAEM: PAPA FRANCISCO RECORDA VIAGEM A CUBA E EUA

 

Cidade do Vaticano (RV) – A recente viagem a Cuba e aos Estados Unidos foi o tema da Audiência Geral de Francisco esta quarta-feira (30/09), o primeiro compromisso público do Papa de regresso ao Vaticano.

Na Praça S. Pedro, cerca de 30 mil fiéis acolheram calorosamente o Pontífice,  que os saudou a bordo do seu papamóvel antes de pronunciar a sua catequese. O Papa saudou também os doentes que acompanharam a Audiência na Sala Paulo VI através dos telões.
De modo especial, Francisco agradeceu aos Presidentes Raúl Castro e Barack Obama e ao Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, pela recepção que lhe reservaram.
Cuba
Recordando a primeira etapa de sua 10ª viagem internacional, o Papa diz que se apresentou em Cuba como “Missionário da Misericórdia”. “A misericórdia de Deus é maior do que qualquer ferida, de qualquer conflito e de qualquer ideologia; e com este olhar de misericórdia, pude abraçar todo o povo cubano, dentro e fora da pátria.”
Com os cubanos, disse ainda Francisco, pude compartilhar a esperança do cumprimento da profecia de São João Paulo II: “Que Cuba se abra ao mundo e o mundo se abra a Cuba”. “Não mais fechamentos, não mais exploração da pobreza, mas liberdade na dignidade”, pediu o Papa. Este é o caminho a seguir, acrescentou, buscando força nas raízes cristãs daquele povo que tanto sofreu. Símbolo desta unidade profunda da alma cubana é a Virgem da Caridade do Cobre, Padroeira da Nação.
A passagem de Cuba aos Estados Unidos foi emblemática, disse o Papa, pela ponte que está sendo reconstruída. “Deus sempre quer construir pontes; somos nós que construímos muros. E os muros caem, sempre.”
Estados Unidos
Em Washington, citou a canonização do Fr. Junípero Serra. Em Nova Iorque, recordou a visita à sede central da Organização das Nações unidas e seu apelo por mais esforços para a proteção do meio ambiente e contra as violências sofridas em conflitos pela sociedade civil e pelas minorias étnicas e religiosas.
Francisco citou ainda a oração inter-religiosa pela paz no Memorial Ground Zero e a missa no Madison Square Garden.
Famílias
O ápice da viagem, disse ele, foi o Encontro Mundial das Famílias em Filadélfia, onde teve a oportunidade de reiterar que a família, fundada na aliança entre o homem e a mulher, é a resposta ao grande desafio do nosso mundo. Desafio que Francisco apontou em dois fenômenos: a fragmentação e a massificação – dois extremos que convivem e promovem o modelo econômico consumista.
“A família é a resposta porque é a célula de uma sociedade que equilibra a dimensão pessoal e aquela comunitária e que, ao mesmo tempo, pode ser o modelo de uma gestão sustentável dos bens e dos recursos da criação. A família é o sujeito protagonista de uma ecologia integral.”
Para Francisco, foi providencial que o Encontro tenha se realizado nos Estados Unidos, o país que no século passado alcançou o máximo do desenvolvimento econômico e tecnológico, sem renegar as suas raízes religiosas.
“Agora, essas mesmas raízes pedem para partir novamente da família para repensar e transformar o modelo de desenvolvimento, pelo bem de toda a família humana.”
Fiéis brasileiros
Ao saudar os inúmeros grupos na Praça S. Pedro, o Papa agradeceu a presença dos fiéis brasileiros vindos de São Paulo, Rio de Janeiro, Itu e Campo Grande.(BF)(from Vatican Radio)

Fonte: Rádio Vaticano 

FESTA DOS ARCANJOS REÚNE MILHARES DE FIÉIS

                

A Missa pelos Enfermos, realizada às 19h, foi o ápice do evento, que começou às 15h com o Terço da Misericórdia. Também houve atrações musicais, como os cantores Batista Lima e Gabriele Carvalho ( Foto: Érika Fonseca )

A Comunidade Católica Shalom promoveu, ontem, a tradicional Festa dos Arcanjos. Na sua 9ª edição, o evento aconteceu no Condomínio Espiritual Uiarapuru (CEU), com entrada gratuita para o público. Com o tema "Com Ele está um braço de carne, conosco está o Senhor, nosso Deus, para nos auxiliar e combater conosco", a cerimônia teve como objetivo celebrar os arcanjos Gabriel, Miguel e Rafael.
De acordo com a organização da festa, a expectativa inicial de público, 10 mil pessoas, foi ultrapassada. Mais de 50 caravanas vindas de todo o Ceará, levaram fiéis para participar do evento, que teve como atrações musicais os cantores Batista Lima e Gabriele Carvalho. O ápice da celebração foi a Missa pelos Enfermos, presidida pelo padre e missionário da comunidade Shalom Antônio Furtado.
Apesar de ser realizado em um dia útil da semana, os fiéis não deixaram de marcar presença no evento, que começou às 15h, com o Terço da Misericórdia. "Eu preferia que a festa fosse no fim de semana, mas mesmo assim, a gente deu um jeitinho de comparecer", afirmou a estudante Ercilia Coelho, que compareceu à cerimônia católica junto com amigos.
O esquema de segurança para o evento contou com a presença de 60 policiais militares. A Autarquia Municipal de Trânsito (AMC) disponibilizou 50 agentes para disciplinar e organizar o trânsito nas proximidades do local e também para coibir o estacionamento irregular.
A Festa dos Arcanjos foi realizada em parceria com o Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará (Hemoce). Um posto de coleta esteve no local para a coleta de sangue e cadastro de medula óssea.
No primeiro ano de participação do Hemoce na celebração, o resultado foi favorável. Antes do fim da Festa dos Arcanjos, às 20h, 124 candidatos já tinham feito suas colaborações, o que, para o órgão, é um número positivo, comparando com outros eventos realizados em apenas um dia.
Cristo Rei
A data também foi celebrada na Paróquia Cristo Rei, às 18h. O Terço da Misericórdia foi recitado às 18h30 e às 19h, houve a Santa Missa dos Arcanjos.
Na cerimônia, os três arcanjos foram representados por meio de pessoas fantasiadas. Também houve encenações que relembram a passagem dos arcanjos em momentos históricos da humanidade.
Os católicos levaram objetos e imagens dos arcanjos para recebimento de uma bênção especial. Padres realizaram confissões individuais a partir das 18h.
Arcanjos
São Miguel
Um dos sete espíritos assistentes ao Trono do Altíssimo. A Bíblia cita uma batalha entre São Miguel e o Dragão, que perde o combate para o Arcanjo
São Gabriel
É citado nas profecias de Daniel. É também o anjo da anunciação do nascimento de Jesus
São Rafael
Um dos sete espíritos que assistem ao Trono de Deus. Rafael aparece no Antigo Testamento no Livro de Tobit.. Seu nome significa "Deus curou" ou "Medicina de Deus".

Fonte: Diário do Nordeste

PAPA FRANCISCO NOMEIA NOVO BISPO DE LINS ((SP)

  
    
A Nunciatura Apostólica no Brasil comunicou a renúncia de dom Irineu Danelon, conforme prevê o Código de Direito Canônico

O papa Francisco aceitou, nesta quarta-feira, 30 de setembro, a renúncia do bispo de Lins (SP), dom Irineu Danelon, de acordo com o cânon 401, parágrafo primeiro do Código de Direito Canônico. No mesmo ato, o papa confirmou dom Francisco Carlos da Silva (à direita na foto), de Ituiutaba (MG), como novo bispo de Lins. 
Dom Irineu Danelon
Natural de Piracicaba (SP), dom Irineu Danelon nasceu em 04 de abril de 1940. No dia 16 de setembro, completou 48 anos de ordenação presbiteral. Foi ordenado bispo em 30 de janeiro de 1998, assumindo, no mesmo ano, o governo episcopal da diocese de Lins. Tem como lema “A caridade jamais passará”.
O bispo possui licenciatura em geografia e história, além de doutorado em teologia pela Universidade Salesiana de Roma. É autor dos livros “Desafio Jovem” e “Os jovens rezam”. Ao longo da caminhada no episcopado, dom Irineu foi membro da Comissão Episcopal Pastoral e responsável pelos setores da Juventude, Educação e Ensino Religioso, no período de 1995 a 1998. 
No ano de 1997, foi eleito delegado especial para a Assembleia do Sínodo da América, confirmado pelo então papa João Paulo II. É fundador e bispo referencial da Pastoral da Sobriedade em âmbito nacional. 
Dom Francisco Carlos
Nasceu em 30 de setembro de 1955, na cidade de Tabatinga, no interior de São Paulo. Dom Francisco Carlos da Silva é filho de Manuel Antônio da Silva e Alice Malaquias da Silva. Foi ordenado presbítero no dia 11 de dezembro de 1982, e bispo, em 2007, na cidade de Borborema (SP). Escolheu por lema episcopal “Ide para a vinha”. 
Em sua trajetória como bispo, atuou como primeiro suplente do Conselho Permanente do regional Leste 2 e membro da Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
 
Fonte: CNBB


PARTIR PARA OS CONFINS DO MUNDO



Padre Geovane saraiva*

Nossa especial deferência, em agradecimento ao nosso bom Deus, aos personagens iluminados de São Francisco Xavier e Santa Teresinha do Menino Jesus, Padroeira das Missões. Ele foi uma criatura de Deus, apaixonado pelo Reino, com grande disposição interior para o trabalho missionário, com seu jeito de viver e testemunhar a fé por ele professada, ao plantar a semente do Evangelho no Oriente. Ela quer nos ensinar sempre que a oração é o sustento da nossa ação missionária, e que o sucesso do nosso trabalho depende da nossa íntima e estreita união com Deus, na qual a contemplação da face de Deus é a arma imprescindível e poderosíssima, no sentido de sensibilizar as pessoas na realização de seus sonhos e projetos. Que a Igreja, sacramento de salvação, continue, corajosamente e com grande sabedoria e ardor, a anunciar o Evangelho da salvação aos homens hodiernos, sem nunca perder de vista a essência da missão, que é partir até aos confins do mundo.
Nesse sentido é que agradecemos igualmente pelo Santo Padre, o Papa Francisco, ao realizar a 10ª Viagem Apostólica do seu Pontificado que durou nove dias, de 19 a 27 de setembro de 2015, em duas etapas: Cuba e Estados Unidos. Ele foi como “missionário da misericórdia”, referindo-se com nítida clareza e já estreitando laços com o próximo Ano Santo da Misericórdia, que terá início no dia 8 de dezembro de 2015, dia da Imaculada Conceição de Maria. Missão de partir aos confins do mundo, que entrou em toda a sua plenitude no coração e na mente do Romano Pontífice, na sua generosa preocupação com o mundo e com todos os seres vivos, sobretudo os que nele buscam a sobrevivência, tendo sempre como prioridade a vida infra-humana de milhares de irmãos.
Como é maravilhoso, neste mês  de outubro, o mês das missões, pensar na generosidade, doação e renúncia do missionário da misericórdia, o Augusto Pontífice, que impulsiona a renovar o nossa chamado, à medida que refletimos sobre a vida dos Padroeiros das Missões: de um lado, São Francisco Xavier, com sua vida inteiramente apostólica; e de outro, Santa Teresinha do Menino Jesus, com sua vida essencialmente de amor e contemplação, vivida a partir do mundo das famílias, bem dentro do que Francisco asseverou, no Encontro Mundial das Famílias de 22 a 25 de setembro de 2015, na Filadélfia: “O amor exprime-se em pequenas coisas, que fazem com que a vida tenha sabor de casa; abrir aos milagres do amor”.
De acordo com o pastor dos empobrecidos, Dom Helder Câmara, “Missão é partir, caminhar, deixar tudo, sair de si, quebrar a crosta do egoísmo que nos fecha no nosso Eu”.  É exatamente essa afirmação que nos faz refletir sobre São Francisco Xavier (1506-1552), considerado o Apóstolo do Oriente, “o gigante da história das missões”. Ele era um sonhador, cheio de ambição e vaidade! Homem talentoso e de inteligência privilegiada, estudante da Universidade de Paris, doutorou-se em 1526. Ao iniciar sua vida acadêmica em Paris, logo conheceu Inácio de Loyola, com quem estabeleceu uma sólida e estreita relação de amizade. Foi justamente essa amizade e as constantes conversas fraternas, como também uma intensa vida de oração, que o transformaram por completo, passando de sonhador e idealista para um realista, fato evidenciado na sua opção pelo projeto de Nosso Senhor Jesus Cristo, dizendo “não” à glória humana, às vaidades e às riquezas ilusórias.
Do mesmo modo, Santa Teresinha do Menino Jesus (1873-1897), em uma vida tão curta e com morte prematura. Como poderia se tornar Padroeira das Missões, monja de vida contemplativa, sem jamais deixar a clausura? Quais foram as realizações de Teresinha para merecer tão honroso título? Veja o que ela disse: “Quereria percorrer a terra, pregar o teu nome, implantar no solo infiel a tua cruz gloriosa, mas, ó meu Bem Amado, uma missão só não me bastaria: Quereria, ao mesmo tempo, anunciar o Evangelho nas cinco partes do mundo e até nas ilhas mais longínquas”.
Como são encantadoras as palavras do Servo de Deus, Dom Helder Câmara, continuando sua assertiva: “Missão é partir, é não se deixar bloquear nos problemas do pequeno mundo a que pertencemos: a humanidade é maior. Missão é partir, mas não devorar quilômetros. É, sobretudo, abrir-se aos outros como irmãos, descobri-los e encontrá-los. E, se para encontrá-los e amá-los é preciso atravessar os mares e voar lá nos céus, então Missão é partir até aos confins do mundo”. Foi o que fez o Sucessor de Pedro: partiu, voou bem alto, foi bem longe! Abençoou a América, sim, mas também disse diante da dor e gemido do planeta: “A experiência humana da Igreja é a dor de tantos, de muitos, que não podem mais esperar”.
Que neste mês de outubro, Deus nos dê a graça do ardor missionário, inspirados nos santos padroeiros das missões, em Dom Helder Câmara, ao dizer: “Se eu pudesse, sairia povoando de sono e de sonhos as noites mal dormidas dos desesperados”, sem esquecer o Papa Francisco, homem de Deus, ao encantar todo o Universo, concretamente, pelos seus gestos de generosidade, doação, renúncia e entrega de sua própria vida, na abertura e respeito com o mesmo mundo, a ponto de dizer: “Quem sou eu para julgar”.

*Escritor, blogueiro, colunista, vice-presidente da Previdência Sacerdotal e Pároco de Santo Afonso, Parquelândia, Fortaleza-CE – geovanesaraiva@gmail.com



EVANGELHO DO DIA

Lucas 9,57-62)

 Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.— Glória a vós, Senhor.naquele tempo, 57enquanto Jesus e seus discípulos caminhavam, alguém na estrada disse a Jesus: “Eu te seguirei para onde quer que fores”. 58Jesus lhe respondeu: “As raposas têm tocas e os pássaros têm ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde repousar a cabeça”. 59Jesus disse a outro: “Segue-me”. Este respondeu: “Deixa-me primeiro ir enterrar meu pai”. 60Jesus respondeu: “Deixa que os mortos enterrem os seus mortos; mas tu, vai anunciar o Reino de Deus”. 61Um outro ainda lhe disse: “Eu te seguirei, Senhor, mas deixa-me primeiro despedir-me dos meus familiares”. 62Jesus, porém, respondeu-lhes: “Quem põe a mão no arado e olha para trás não está apto para o Reino de Deus”.  Palavra da Salvação.

REFLEXÕES SOBRE AS LEITURAS DE HOJE

30/09/2015 - 4ª. feira XXVI semana comum

- Neemias 2, 1-8 – “reconstruindo a cidade dos nossos pais”

 A cidade onde jaziam os pais do profeta Neemias estava em ruínas, por isso, ele expôs ao rei a tristeza do seu coração e pediu autorização para viajar a fim de que pudesse reconstruí-la. O rei, então, deu-lhe permissão e condições para que ele executasse o seu propósito. Neemias, então, exclamou: “E o rei concedeu-me tudo, pois a bondosa mão de Deus me protegia!” A mão de Deus também nos protege quando nos dispomos a reconstruir com Ele as ruínas da nossa casa. Assim como o profeta referia-se aos seus pais que jaziam em “túmulos”, muitas vezes também, na nossa família, dentro da nossa casa, nos nossos relacionamentos familiares, existem aqueles que estão como mortos e jazem dentro da escravidão da discórdia, do ressentimento, em fim, do pecado. Por isso, o nosso coração também se angustia e a tristeza toma conta dó nosso ser. Não podemos usufruir sozinhos (as) das bênçãos e graças de Deus. Não somos uma ilha, portanto, o Senhor também deseja reconstruir a cidade dos “nossos pais” e nos autoriza a ir com a Sua ajuda e proteção anunciar na nossa casa que o reino de Deus está próximo de cada um. Para isso, Ele nos concede as condições e nos fornece o material para o bom êxito no nosso empreendimento. O Espírito Santo é quem nos conduz e nos torna capazes de manifestar e testemunhar junto do nosso povo o amor misericordioso do Pai que se expressa em Jesus Cristo, nosso Salvador. - A cidade onde “seus pais” vivem também está em ruínas? - Tem alguém na sua família que se encontra como morto (a), enterrado (a) na discórdia, na malquerença, no pecado?- Você se angustia com essa situação? – Você tem pedido autorização de Deus e a ajuda do Espírito Santo para levar o Seu amor e a Salvação de Jesus Cristo até a sua casa?- Faça isso hoje, apresente ao Senhor a sua tristeza e peça a Ele que o (a) ajude a reconstruir a cidade em ruínas.\


Salmo 136 – “Que se prenda a minha língua ao céu da boca se de ti, Jerusalém, eu me esquecer!”

A saudade de Jerusalém é a falta que nós sentimos quando estamos afastados de Deus, quando vivemos no exílio do pecado e da iniquidade. O povo de Israel estava exilado na Babilônia porque era um povo infiel e, como consequência, estava sofrendo o exílio, no cativeiro, longe da terra e do templo. Por isso, ao invés de cantar eles choravam deixando penduradas as suas harpas. Assim acontece conosco quando em consequência dos nossos desatinos, nós nos deixamos desviar e afastamo-nos da graça de Deus. A alegria foge do nosso coração e, já não temos nem ânimo nem coragem. Porém, mesmo assim, Jerusalém, a cidade santa, ainda continua perto do nosso coração. O Senhor quer nos tirar do exílio e Jesus Cristo é quem vem nos libertar.



Evangelho Lucas 9, 57-62 – “aptos para o reino de Deus”

Neste Evangelho Jesus nos mostra que o Seu seguimento requer desprendimento da nossa parte em relação a todas as coisas e pessoas a quem humanamente falando estamos ligados e, como consequência, nos afastam da vivência da vontade de Deus. Dessa forma Jesus abria os olhos dos Seus discípulos e os conscientizava de que, para segui-Lo, eles teriam que abdicar de privilégios, de comodidade e teriam que enfrentar as dificuldades próprias da missão e os advertia com palavras duras: “deixa que os mortos enterrem os seus mortos, mas tu vai anunciar o reino de Deus.” O Senhor nos chama para anunciar a vida nova para a nossa família e não para nos acomodarmos esperando a hora de “enterrar” os nossos queridos, dando desculpas esfarrapadas de que temos outras coisas que fazer. Os mortos, (uma figuração) são aqueles que não se sentem chamados, aqueles que não são discípulos, aqueles que nem entendem nem querem seguir a Jesus, esses sim, podem ficar esperando o dia de enterrar os nossos mortos. Despedir-se dos familiares pode significar também perder tempo, correr riscos de desistir, tirar o foco do que Jesus nos propõe deixando a graça de Deus passar. O Senhor nos dá a graça necessária para que sejamos seus discípulos e discípulas, e precisamos nos apossar da graça do momento, não deixando para depois. Amanhã, será outro dia e poderá não haver outro chamado. Segue-me, diz o Senhor! Vamos com Ele sem olhar para trás, sem saudades do que passou, sem lamentações nem murmurações. O reino de Deus é presente, agora, nesse momento e felizes seremos todos nós se compreendermos as palavras desse Evangelho. “Quem põe a mão no arado e olha para trás não está apto para o reino de Deus!”- Você está apto para o reino de Deus? - Quais são as desculpas que você tem dado para não seguir a Jesus?- Você tem consciência de que para seguir Jesus você não deve ter vontade própria nem opiniões formadas? - Você prefere seguir a Jesus ou enterrar os “seus mortos”? - Que tal anunciar a eles que o reino de Deus está próximo? Fazendo isso, você estará seguindo a Jesus.

Helena Serpa,
Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho

SANTO DO DIA - SÃO JERÔNIMO

Neste último dia do mês da Bíblia, celebramos a memória do grande “tradutor e exegeta das Sagradas Escrituras”: São Jerônimo, presbítero e doutor da Igreja. Ele nasceu na Dalmácia em 340, e ficou conhecido como escritor, filósofo, teólogo, retórico, gramático, dialético, historiador, exegeta e doutor da Igreja. É de São Jerônimo a célebre frase: “Ignorar as Escrituras é ignorar a Cristo”.
Com posse da herança dos pais, foi realizar sua vocação de ardoroso estudioso em Roma. Estando na “Cidade Eterna”, Jerônimo aproveitou para visitar as Catacumbas, onde contemplava as capelas e se esforçava para decifrar os escritos nos túmulos dos mártires. Nessa cidade, ele teve um sonho que foi determinante para sua conversão: neste sonho, ele se apresentava como cristão e era repreendido pelo próprio Cristo por estar faltando com a verdade (pois ainda não havia abraçado as Sagradas Escrituras, mas somente escritos pagãos). No fim da permanência em Roma, ele foi batizado.
Após isso, iniciou os estudos teológicos e decidiu lançar-se numa peregrinação à Terra Santa, mas uma prolongada doença obrigou-o a permanecer em Antioquia. Enfastiado do mundo e desejoso de quietude e penitência, retirou-se para o deserto de Cálcida, com o propósito de seguir na vida eremítica. Ordenado sacerdote em 379, retirou-se para estudar, a fim de responder com a ajuda da literatura às necessidades da época. Tendo estudado as línguas originais para melhor compreender as Escrituras, Jerônimo pôde, a pedido do Papa Dâmaso, traduzir com precisão a Bíblia para o latim (língua oficial da Igreja na época). Esta tradução recebeu o nome de Vulgata. Assim, com alegria, dedicação sem igual e prazer se empenhou para enriquecer a Igreja universal.
Saiu de Roma e foi viver definitivamente em Belém no ano de 386, onde permaneceu como monge penitente e estudioso, continuando as traduções bíblicas, até falecer em 420, aos 30 de setembro com, praticamente, 80 anos de idade. A Igreja declarou-o padroeiro de todos os que se dedicam ao estudo da Bíblia e fixou o “Dia da Bíblia” no mês do seu aniversário de morte, ou ainda, dia da posse da grande promessa bíblica: a Vida Eterna.
São Jerônimo, rogai por nós!
Fonte: Canção Nova Notícias

terça-feira, 29 de setembro de 2015

PAPA REITERA: "NÃO EXISTE DIVÓRCIO CATÓLICO"


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Papa Francisco destaca a indissolubilidade do matrimônio e, sobre os divorciados que voltam a se casar, diz que é “simplista dizer que possam comungar”
“Não existe divórcio católico: é que não existiu matrimônio. E, se existiu, é indissolúvel”, disse o Santo Padre na entrevista coletiva a bordo do avião de volta para Roma.
Respondendo a uma das perguntas dos jornalistas, o papa explicou que, a recente reforma dos processos de nulidade matrimonial foi pedida “pela maioria dos padres sinodais nas reuniões do ano passado. Era preciso agilizar os processos. Havia processos que duravam dez, quinze anos”.
A dupla sentença, quando era válida, “foi criada por Bento XIV porque na Europa Central, não digo em qual país, havia alguns abusos. Para pará-los, ele introduziu a dupla sentença”. E acrescentou que “os processos mudam e a jurisprudência é melhorada sempre”.
O novo motu proprio “facilita os processos no tempo, mas não é um divórcio, porque o matrimônio é indissolúvel quando é sacramento e isto a Igreja não pode mudar: é doutrina, é um sacramento indissolúvel”.
Os processos legais, explicou o Santo Padre, são para provar que aquilo que “parecia sacramento” na verdade não era: por falta de liberdade, por exemplo, ou por falta de maturidade, ou por doença mental… São muitos os motivos.
O Santo Padre também falou do problema dos divorciados em nova união: “É simplista dizer que se pode fazer a comunhão. O que o Instrumentum Laboris propõe é mais”. O papa citou os jovens que não se casam, o que é outro “problema pastoral” ligado à “maturidade afetiva”. E falou de outro problema: “a preparação para o matrimônio”. A este respeito, ele observou que, “para ser sacerdote, há uma preparação de no mínimo 8 anos”, mas, para casar-se, “fazem quatro cursos. Tem algo que não funciona”.
Fonte: Comunidade Shalom

VATICANO DIVULGA MENSAGEM PARA O DIA MUNDIAL DO ENFERMO 2016


Papa Francisco diz que a doença coloca em crise a existência humana e precisa de atenção da sociedade

“Cada hospital ou casa de cura pode ser sinal visível e lugar para promover a cultura do encontro e da paz”, escreveu o papa Francisco em mensagem para o 24º Dia Mundial do Enfermo 2016. O texto divulgado pelo Vaticano, na segunda-feira, 30, traz reflexão sobre os cuidados e acolhida aos doentes.
Francisco afirma que “a doença, sobretudo se grave, põe sempre em crise a existência humana e suscita interrogativos que nos atingem em profundidade”.
A celebração ocorrerá no dia 11 de fevereiro do próximo ano, com o objetivo de recordar as pessoas que enfrentam algum tipo de enfermidade e necessitam da atenção da sociedade. Instituído pelo papa João Paulo II em 1992, o Dia Mundial do Doente marca a festividade de Nossa Senhora de Lourdes. 
Leia, na íntegra, o texto:
MENSAGEM DE SUA SANTIDADE FRANCISCO
PARA A XXIV JORNADA MUNDIAL DO ENFERMO
(11 DE FEVEREIRO DE 2016)
«Confiar em Jesus misericordioso, como Maria:
“Fazei o que Ele vos disser” (Jo 2, 5)»
 Amados irmãos e irmãs!
A XXIV Jornada Mundial do Enfermo dá-me ocasião para me sentir particularmente próximo de vós, queridas pessoas doentes, e de quantos cuidam de vós.
Dado que a referida Jornada vai ser celebrada de maneira solene na Terra Santa, proponho que, neste ano, se medite a narração evangélica das bodas de Caná (Jo 2, 1-11), onde Jesus realizou o primeiro milagre a pedido de sua Mãe. O tema escolhido – Confiar em Jesus misericordioso, como Maria: «Fazei o que Ele vos disser» (Jo 2, 5) – insere-se muito bem no âmbito do Jubileu Extraordinário da Misericórdia. A celebração eucarística central da Jornada terá lugar a 11 de Fevereiro de 2016, memória litúrgica de Nossa Senhora de Lurdes, e precisamente em Nazaré, onde «o Verbo Se fez homem e veio habitar conosco» (Jo 1, 14). Em Nazaré, Jesus deu início à sua missão salvífica, aplicando a Si mesmo as palavras do profeta Isaías, como nos refere o evangelista Lucas: «O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu para anunciar a Boa-Nova aos pobres; enviou-me a proclamar a libertação aos cativos e, aos cegos, a recuperação da vista; a mandar em liberdade os oprimidos, a proclamar um ano favorável da parte do Senhor» (4, 18-19).
A doença, sobretudo se grave, põe sempre em crise a existência humana e suscita interrogativos que nos atingem em profundidade. Por vezes, o primeiro momento pode ser de rebelião: Porque havia de acontecer precisamente a mim? Podemos sentir-nos desesperados, pensar que tudo está perdido, que já nada tem sentido...
Nestas situações, a fé em Deus se, por um lado, é posta à prova, por outro, revela toda a sua força positiva; e não porque faça desaparecer a doença, a tribulação ou os interrogativos que daí derivam, mas porque nos dá uma chave para podermos descobrir o sentido mais profundo daquilo que estamos a viver; uma chave que nos ajuda a ver como a doença pode ser o caminho para chegar a uma proximidade mais estreita com Jesus, que caminha ao nosso lado, carregando a Cruz. E esta chave é-nos entregue pela Mãe, Maria, perita deste caminho.
Nas bodas de Caná, Maria é a mulher solícita que se apercebe de um problema muito importante para os esposos: acabou o vinho, símbolo da alegria da festa. Maria dá-Se conta da dificuldade, de certa maneira assume-a e, com discrição, age sem demora. Não fica a olhar e, muito menos, se demora a fazer juízos, mas dirige-Se a Jesus e apresenta-Lhe o problema como é: «Não têm vinho» (Jo 2, 3). E quando Jesus Lhe faz notar que ainda não chegou o momento de revelar-Se (cf. v. 4), Maria diz aos serventes: «Fazei o que Ele vos disser» (v. 5). Então Jesus realiza o milagre, transformando uma grande quantidade de água em vinho, um vinho que logo se revela o melhor de toda a festa. Que ensinamento podemos tirar, para a Jornada Mundial do Doente, do mistério das bodas de Caná?
O banquete das bodas de Caná é um ícone da Igreja: no centro, está Jesus misericordioso que realiza o sinal; em redor d’Ele, os discípulos, as primícias da nova comunidade; e, perto de Jesus e dos seus discípulos, está Maria, Mãe providente e orante. Maria participa na alegria do povo comum, e contribui para a aumentar; intercede junto de seu Filho a bem dos esposos e de todos os convidados. E Jesus não rejeitou o pedido de sua Mãe. Quanta esperança há neste acontecimento para todos nós! Temos uma Mãe de olhar vigilante e bom, como seu Filho; o coração materno e repleto de misericórdia, como Ele; as mãos que desejam ajudar, como as mãos de Jesus que dividiam o pão para quem tinha fome, que tocavam os doentes e os curavam. Isto enche-nos de confiança, fazendo-nos abrir à graça e à misericórdia de Cristo. A intercessão de Maria faz-nos experimentar a consolação, pela qual o apóstolo Paulo bendiz a Deus: «Bendito seja Deus e Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias e o Deus de toda consolação! Ele nos consola em toda a nossa tribulação, para que também nós possamos consolar aqueles que estão em qualquer tribulação, mediante a consolação que nós mesmos recebemos de Deus. Na verdade, assim como abundam em nós os sofrimentos de Cristo, também, por meio de Cristo, é abundante a nossa consolação» (2 Cor  1, 3-5). Maria é a Mãe «consolada», que consola os seus filhos.
Em Caná, manifestam-se os traços distintivos de Jesus e da sua missão: é Aquele que socorre quem está em dificuldade e passa necessidade. Com efeito, no seu ministério messiânico, curará a muitos de doenças, enfermidades e espíritos malignos, dará vista aos cegos, fará caminhar os coxos, restituirá saúde e dignidade aos leprosos, ressuscitará os mortos, e aos pobres anunciará a boa nova (cf. Lc 7, 21-22). E, durante o festim nupcial, o pedido de Maria – sugerido pelo Espírito Santo ao seu coração materno – fez revelar-se não só o poder messiânico de Jesus, mas também a sua misericórdia.
Na solicitude de Maria, reflete-se a ternura de Deus. E a mesma ternura torna-se presente na vida de tantas pessoas que acompanham os doentes e sabem individuar as suas necessidades, mesmo as mais subtis, porque veem com um olhar cheio de amor. Quantas vezes uma mãe à cabeceira do filho doente, ou um filho que cuida do seu progenitor idoso, ou um neto que acompanha o avô ou a avó, depõe a sua súplica nas mãos de Nossa Senhora! Para nossos familiares doentes, pedimos, em primeiro lugar, a saúde; o próprio Jesus manifestou a presença do Reino de Deus precisamente através das curas. «Ide contar a João o que vedes e ouvis: os cegos veem e os coxos andam; os leprosos ficam limpos e os surdos ouvem, os mortos ressuscitam» (Mt 11, 4-5). Mas o amor, animado pela fé, leva-nos a pedir, para eles, algo maior do que a saúde física: pedimos uma paz, uma serenidade da vida que parte do coração e que é dom de Deus, fruto do Espírito Santo que o Pai nunca nega a quantos Lho pedem com confiança.
No episódio de Caná, além de Jesus e sua Mãe, temos aqueles que são chamados «serventes» e que d’Ela recebem esta recomendação: «Fazei o que Ele vos disser» (Jo 2, 5). Naturalmente, o milagre dá-se por obra de Cristo; contudo Ele quer servir-Se da ajuda humana para realizar o prodígio. Poderia ter feito aparecer o vinho diretamente nas vasilhas. Mas quer valer-Se da colaboração humana e pede aos serventes que as encham de água. Como é precioso e agradável aos olhos de Deus ser serventes dos outros! Mais do que qualquer outra coisa, é isto que nos faz semelhantes a Jesus, que «não veio para ser servido, mas para servir» (Mc 10, 45). Aqueles personagens anônimos do Evangelho dão-nos uma grande lição. Não só obedecem, mas fazem-no generosamente: enchem as vasilhas até cima (cf. Jo 2, 7). Confiam na Mãe, fazendo, imediatamente e bem, o que lhes é pedido, sem lamentos nem cálculos.
Nesta Jornada Mundial do Doente, podemos pedir a Jesus misericordioso, pela intercessão de Maria, Mãe d’Ele e nossa, que nos conceda a todos a mesma disponibilidade ao serviço dos necessitados e, concretamente, dos nossos irmãos e irmãs doentes. Por vezes, este serviço pode ser cansativo, pesado, mas tenhamos a certeza de que o Senhor não deixará de transformar o nosso esforço humano em algo de divino. Também nós podemos ser mãos, braços, corações que ajudam a Deus a realizar os seus prodígios, muitas vezes escondidos. Também nós, sãos ou doentes, podemos oferecer as nossas canseiras e sofrimentos como aquela água que encheu as vasilhas nas bodas de Caná e foi transformada no vinho melhor. Tanto com a ajuda discreta de quem sofre, como suportando a doença, carrega-se aos ombros a cruz de cada dia e segue-se o Mestre (cf. Lc 9, 23); e, embora o encontro com o sofrimento seja sempre um mistério, Jesus ajuda-nos a desvendar o seu sentido.
Se soubermos seguir a voz d’Aquela que recomenda, a nós também, «fazei o que Ele vos disser», Jesus transformará sempre a água da nossa vida em vinho apreciado. Assim, esta Jornada Mundial do Doente, celebrada solenemente na Terra Santa, ajudará a tornar realidade os votos que formulei na Bula de proclamação do Jubileu Extraordinário da Misericórdia: «Possa este Ano Jubilar, vivido na misericórdia, favorecer o encontro com [o judaísmo e o islamismo] e com as outras nobres tradições religiosas; que ele nos torne mais abertos ao diálogo, para melhor nos conhecermos e compreendermos; elimine todas as formas de fechamento e desprezo e expulse todas as formas de violência e discriminação» (Misericordiae Vultus, 23). Cada hospital ou casa de cura pode ser sinal visível e lugar para promover a cultura do encontro e da paz, onde a experiência da doença e da tribulação, bem como a ajuda profissional e fraterna contribuam para superar qualquer barreira e divisão.
Exemplo disto são as duas Irmãs canonizadas no passado mês de Maio: Santa Maria Alfonsina Danil Ghattas e Santa Maria de Jesus Crucificado Baouardy, ambas filhas da Terra Santa. A primeira foi uma testemunha de mansidão e unidade, dando claro testemunho de como é importante tornarmo-nos responsáveis uns pelos outros, vivermos ao serviço uns dos outros. A segunda, mulher humilde e analfabeta, foi dócil ao Espírito Santo, tornando-se instrumento de encontro com o mundo muçulmano.
A todos aqueles que estão ao serviço dos doentes e atribulados, desejo que vivam animados pelo espírito de Maria, Mãe da Misericórdia. «A doçura do seu olhar nos acompanhe neste Ano Santo, para podermos todos nós redescobrir a alegria da ternura de Deus» (ibid., 24) e levá-la impressa nos nossos corações e nos nossos gestos. Confiamos à intercessão da Virgem as ânsias e tribulações, juntamente com as alegrias e consolações, dirigindo-Lhe a nossa oração para que Ela pouse sobre nós o seu olhar misericordioso, especialmente nos momentos de sofrimento, e nos torne dignos de contemplar, hoje e para sempre, o Rosto da misericórdia que é seu Filho Jesus.
Acompanho esta súplica por todos vós com a minha Bênção Apostólica.
Vaticano, 15 de Setembro – Memória de Nossa Senhora das Dores – do ano 2015.
Francisco
 Fonte: CNBB

PAPA FRANCISCO PEDE ORAÇÕES PELO FIM DO TRÁFICO DE PESSOAS


Cidade do Vaticano (RV) – O fim do tráfico de pessoas está na intenção do Papa Francisco para o mês de outubro.
A intenção universal é: “Para que seja erradicado o tráfico de pessoas, a forma moderna de escravidão”.
Desde o início do seu pontificado, Francisco tem dado uma atenção especial a esta chaga da sociedade contemporânea. De modo especial, pediu à Pontifícia Academia das Ciências Sociais que organize periodicamente congressos, simpósios e seminários a respeito deste tema. Respondendo à exortação do Papa, a Pontifícia Academia já acolheu no Vaticano autoridades civis, políticas e religiosas, e inclusive vítimas do tráfico.
A última vez que o Pontífice tocou no tema foi durante seu pronunciamento na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque. Ao falar sobre a insuficiência dos compromissos assumidos, Francisco pediu vontade política “efetiva, prática e constante” para superar fenômenos como o tráfico de seres humanos, a exploração sexual de meninos e meninas e o trabalho escravo.
Missão na Ásia
Ainda no mês de outubro, o Pontífice propõe ao Apostolado da Oração a intenção pela evangelização: “Para que, com espírito missionário, as comunidades cristãs do continente asiático anunciem o Evangelho a todos aqueles que ainda não o conhecem”.(from Vatican Radio)
Fonte: Rádio Vaticano

"PATRUM", O NOVO APLICATIVO DOS MUSEUS VATICANOS



Cidade do Vaticano (RV) – Pouco antes da viagem do Papa Francisco a Cuba e aos Estados Unidos, foi criado o Patrum, o novo aplicativo dos Museus Vaticanos, que já conta com mais de 4 mil downloads. A ideia de Juliana Biondo, dos serviços digitais do escritório dos “Patrons of Art”, poderá representar uma revolução para os projetos de restauração e um atrativo para as gerações jovens. Eis o que ela falou à Rádio Vaticano a respeito desta iniciativa:
“A ideia era a de criar um aplicativo que do ponto de vista do conteúdo, do desenho e do uso nos telefones celulares, fosse “social”, mas que também facilitasse a compreensão da história da Coleção de arte nos Museus Vaticanos e dos projetos de restauração. O App está configurado como uma barra contínua de atualizações: cada dia um conteúdo novo será publicado no aplicativo e todos ficarão disponíveis; existem ainda histórias divertidas que foram contadas pelos próprios restauradores, por exemplo, sobre a restauração do Perseu de Canova. Ou mesmo a história da Sistina, de Michelangelo e de Rafael. Depois, comentar, partilhar, colocar “curtir”; também entrar em contato com outras pessoas que deixam seus comentários; se pode contatar diretamente quem deixou uma mensagem. Acredito que seja uma ideia realmente interessante. Assim, a ideia era criar uma comunidade e induzir as pessoas a falarem de arte. É um App divertido, mas ao mesmo tempo intelectual e muito preciso no que diz respeito à coleção e aos Patrons”.
Os Museus Vaticanos arrecadam em torno de 80 milhões de euros a cada ano, mas bem pouco deste montante é destinado à seção dedicada às restaurações das obras de arte. De fato, a maior parte dos fundos acaba sendo destinada à manutenção do Estado Cidade do Vaticano e no pagamento dos 800 colaboradores dos Museus. Há mais de 30 anos os “Patrons of Arts of The Vatican Museums”, têm, portanto, a tarefa de preencher esta lacuna. A Associação se ocupa de salvaguardar e administrar as coleções presentes dentro da histórica estrutura de exposição, frequentemente através de patrocinadores estadunidenses. A cota associativa anual é de um montante de 600 dólares, como explica Juliana:
“E em troca, podem vir ao Museu quando quiserem e admirar o trabalho dos restauradores enquanto é executado, podem encontrá-los, participar de eventos e encontros privativos. Poderá, num certo sentido, estar por detrás dos bastidores e o App contempla também isto, porque poderás nos contatar diretamente através do App e nós responderemos...”.
O App dá vida a uma nova rede social entre os membros, mas não somente. A família dos apaixonados pela arte crescerá e cada um, mesmo sem ser um “Patron”, pode contribuir discutindo ou fazendo doações a partir de 10 dólares para financiar uma restauração e salvar uma parte da cultura.  Isto deveria atrair sobretudo as gerações mais jovens.
Larry Blanford, há poucas semanas membro da família dos “Patrons”, manifesta o seu entusiasmo pela possibilidade de seguir de perto a atividade dos trabalhadores de restauração e de ver o “backstage” artístico:
“Não somente pudemos admirar algumas das magníficas obras de arte que são restauradas neste laboratório, mas o que mais me tocou foi a paixão e a energia dos restauradores. De um lado são verdadeiros artistas, por outro tem uma fé muito radicada. Conjugam, portanto, o amor pela arte com o seu amor pela fé. Como novo “Patron” dos Museus foi emocionante ver a paixão e a energia com que trabalham”.
Muitos trabalhos de restauração nos Museus foram possíveis graças ao patrocínio dos “Patrons”. Um exemplo por excelência é exatamente o Perseu de Canova, adquirido pelo Papa Pio VII. Atualmente, muitos projetos aguardam um apoio financeiro: das insígnias etruscas (53.680 euros) até os Jardins Vaticanos, ou a necessidade das máquinas de laser para a limpeza das obras de arte (49.680 euros). Em outubro de 2016 os “Patrons” publicarão o novo “Wishbook”, no qual todos os Departamentos dos Museus Vaticanos indicarão os trabalhos de restauração mais urgentes. (JE)(from Vatican Radio)
Fonte: Rádio Vaticano

RV: SERVIR CRISTO É SER SERVO DA VERDADE


Cidade do Vaticano (RV) – “A festa dos arcanjos é a festa da Rádio Vaticano.” O Secretário de Estado, Card. Pietro Parolin, presidiu na capela da Anunciação, na sede da emissora, à missa por ocasião da festa de São Gabriel, padroeiro da Rádio do Papa.
Em sua homilia, o Cardeal recorda que os arcanjos são os portadores da mensagens celestes mais importantes. A eles, é confiada a missão de comunicar fielmente e de abrir o caminho ao Senhor.
Rádio Vaticano, mensageira de paz
“Não há dia mais apto do que este para celebrar a festa da Rádio Vaticano. A sua missão se une àquela dos anjos e a eles pede assistência e proteção. A Rádio Vaticano recebeu o mandato de comunicar as palavras, os gestos, a ação e a proposta do Santo Padre, fazendo ressoar a voz e aprofundando a sua mensagem. Uma voz e uma mensagem que brotam do Evangelho e ao Evangelho pretendem conduzir. Uma mensagem de paz, vida, solidariedade e perdão que se difunde através deste trabalho a todo o mundo”, destacou o Secretário de Estado.
O Cardeal Parolin ressalta também a tarefa da emissora de informar com objetividade os principais fatos da atividade eclesial e civil, oferecendo aos ouvintes um serviço de “notável utilidade”, já que é inestimável o valor de uma informação correta, que não esteja a serviço de interesses e poderes que, para alcançar seus objetivos, distorcem a informação.
Servir Cristo – disse ainda o Cardeal – oferece a vantagem de ser servos da Verdade. “A finalidade da Rádio Vaticano é fazer ressoar clara e forte a mensagem evangélica e de ser exemplo de boa informação. E assim a emissora se distingui desde o seu nascimento em 1931.”
O Secretário de Estado recordou ainda toda a produção da Rádio Vaticano, seja através das ondas do rádio, mas também na internet, em mais de  40 idiomas. “Um trabalho de equipe, de alto profissionalismo e ponto de referência para uma informação crível.”
E enalteceu o espírito de sacrifício de seus funcionários, demonstrado por exemplo durante a viagem do Papa a Cuba e aos Estados, trabalhando inclusive nas horas noturnas para divulgar a mensagem do Santo Padre. O mesmo afinco será demonstrado durante os próximos eventos, para a cobertura do Sínodo e do Jubileu Extraordinário.
Secretaria para a Comunicação
Por fim, o Cardeal Parolin citou a recém-instituída Secretaria para a Comunicação, chamada em nome do Papa a renovar, com novos meios, as comunicações da Santa Sé.
“Que os Santos Arcanjos protejam toda a Rádio Vaticano, para que seja capaz de renovar-se, permanecendo fiel a si mesma, e se torne instrumento sempre mais eficaz a serviço do Papa e daquela Igreja em saída, que é seu pedido a todos nós.”
Nesta terça-feira, o Cardeal Pietro Parolin nomeou como novo Diretor dos Programas da Rádio Vaticano o Padre polonês Andrzej Majewski, S.I. O sacerdote jesuíta sucede o Padre Andrzej Koprowski, também ele polonês, que trabalhou durante 10 anos na emissora.
(from Vatican Radio)