terça-feira, 19 de março de 2024

EVANGELHO DO DIA

 


+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 1,16.18-

21.24a

16Jacó gerou José, o esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, que é chamado o Cristo.

18A origem de Jesus Cristo foi assim: Maria, sua mãe, estava prometida em

casamento a José, e, antes de viverem juntos, ela ficou grávida pela ação do Espírito

Santo. 19José, seu marido, era justo e, não querendo denunciá-la, resolveu

abandonar Maria, em segredo. 20Enquanto José pensava nisso,

eis que o anjo do Senhor apareceu-lhe, em sonho, e lhe disse: "José, Filho de Davi,

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não tenhas medo de receber Maria como tua esposa, porque ela concebeu pela ação

do Espírito Santo. 21Ela dará à luz um filho, e tu lhe darás o nome de Jesus, pois ele

vai salvar o seu povo dos seus pecados". 24aQuando acordou, José fez

conforme o anjo do Senhor havia mandado. Palavra da Salvação.

REFLEXÕES SOBRE AS LEITURAS DE HOJE

 19 DE MARÇO DE 2024

3ª. FEIRA - São José, esposo de Nossa Senhora .


Solenidade


Cor branco


1ª Leitura - 2Sm 7,4-5a.12-14a.16

Leitura do Segundo Livro de Samuel 7,4-5a.12-14a.16

Naqueles dias, 4a palavra do Senhor foi dirigida a Natã nestes termos: 5a"Vai

dizer ao meu servo Davi: `Assim fala o Senhor:

12Quando chegar o fim dos teus dias e repousares com teus pais,

então, suscitarei, depois de ti, um filho teu, e confirmarei a sua realeza.

13Será ele que construirá uma casa para o meu nome,


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e eu firmarei para sempre o seu trono real. 14aEu serei para ele um pai e ele

será para mim um filho. 16Tua casa e teu reino

serão estáveis para sempre diante de mim, e teu trono será firme para

sempre'". Palavra do Senhor.

Reflexão - O trono de Deus estará firme para sempre através de nós!

O Senhor está sempre suscitando nos corações a inspiração para a realização

do Seu Plano de Amor e Salvação. Por isso, a Obra de Deus não para nunca,

nem na família, nem na Comunidade, nem na Igreja. Ao longo dos tempos

Deus foi se manifestando por meio dos profetas aos reis e à sua descendência.

Dirigindo-se a Davi o Senhor lhe promete um descendente a quem confirmaria

a sua realeza, construiria para Ele o Templo e firmaria para sempre o seu

trono real. A promessa de Deus a Davi começou com Salomão, confirmou-se

por intermédio das gerações e se completou em Jesus, filho de Maria, que era

da descendência de Davi por parte de José, o Seu pai adotivo. José era

descendente de Davi, portanto, a promessa foi para ele e para a sua

descendência. Em todos os tempos Deus escolhe pessoas de fé para que

executem os seus projetos. Ele já sabe com quem contará para realizar a Sua

obra e levá-la adiante. Dessa forma é muito bom saber que, que para nós,

nada será interrompido quando não mais estivermos aqui. O trono de Deus

estará firme para sempre através de nós e de outros que virão. As Suas

promessas também se cumprem em nós, pois a Sua Palavra é eterna. Por isso,

o Senhor hoje também promete abençoar a nossa descendência, ser um pai

zeloso e firmar para todos nós, um trono real. Não podemos desacreditar! –

Você tem consciência das promessas de Deus para si? - Acolha para você

hoje essa promessa de Deus e peça ao Espírito Santo o entendimento para

perceber como isto pode acontecer na sua vida. - Você já recebeu algum

encargo de Deus? Assuma-o como um filho!

Salmo - Sl 88(89),2-3.4-5.27 e 29 (R. 37)

R. Eis que a sua descendência durará eternamente.

2Â Senhor, eu cantarei eternamente o vosso amor, *

de geração em geração eu cantarei vossa verdade!

3Porque dissestes: "O amor é garantido para sempre!" *

E a vossa lealdade é tão firme como os céus.R.

4"Eu firmei uma Aliança com meu servo, meu eleito, *

e eu fiz um juramento a Davi, meu servidor.

5Para sempre, no teu trono, firmarei tua linhagem, *

de geração em geração garantirei o teu reinado!"R.

27Ele, então, me invocará: `Â Senhor,vós sois meu Pai, *

sois meu Deus, sois meu Rochedo onde encontro a salvação!'

29Guardarei eternamente para ele a minha graça *

e com ele firmarei minha Aliança indissolúvel. R.


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Reflexão - O amor de Deus é garantido para sempre e a sua lealdade é tão

firme como os céus. Nisso nós precisamos nos apoiar: Deus fez conosco uma

aliança de amor para sempre aqui na terra através de nós e daqueles que nos

precederem.

2ª Leitura - Rm 4,13.16-18.22

Leitura da Carta de São Paulo aos Romanos 4,13.16-18.22

Irmãos: 13Não foi por causa da Lei, mas por causa da justiça que vem da fé, que Deus

prometeu o mundo como herança a Abraão

ou à sua descendência. 16É em virtude da fé que alguém se torna herdeiro. Logo, a

condição de herdeiro é uma graça, um dom gratuito, e a promessa de Deus continua

valendo para toda a descendência de Abraão, tanto para a descendência que se

apega à Lei, quanto para a que se apóia somente na fé de Abraão, que é o pai de

todos nós. 17Pois está escrito: "Eu fiz de ti pai de muitos povos". Ele é pai diante de

Deus, porque creu em Deus que vivifica os mortos e faz existir o que antes não

existia. 18Contra toda a humana esperança, ele firmou-se na esperança e na fé.

Assim, tornou-se pai de muitos povos, conforme lhe fora dito: "Assim será a tua

posteridade". 22Esta sua atitude de fé lhe foi creditada como justiça. Palavra do

Senhor.

Reflexão - A Fé em Jesus nos torna herdeiros da graça de Deus!

A condição de herdeiro é uma graça, um dom gratuito de Deus e uma virtude

da fé. “É em virtude da fé que alguém se torna herdeiro”. Portanto, a nossa

fé, é o parâmetro para que também sejamos considerados descendentes de

Abraão, a quem a promessa de Deus foi dirigida. A fé em Jesus é também o

documento necessário para que sejamos admitidos como filhos de Deus. Sem a

fé em Jesus não há filiação divina, pois a atitude de fé nos é creditada como

justiça e justo é quem tem fé. Por isso, a promessa de Deus continua valendo

para nós até hoje através dos tempos e das gerações. Aquele que acredita na

promessa de Deus para si, torna-se como Abraão e como José, testemunhas da

fé e será como um pai para aqueles a quem atrair para o Senhor. Assim

também, eles se tornarão seus herdeiros. Somos pais de muitos povos na

medida em que damos testemunho, contra toda a perspectiva humana, da fé

que temos nas promessas de Deus. Mesmo contra toda a esperança humana

precisamos nos manter firmes na fé n’Aquele que nos providencia todas as

coisas a todo o momento. - Você se considera descendente de Abraão? Por

quê? - A quem você tem atraído para Deus através da sua fé e do seu

testemunho? Se assim for, você poderá estar certo de que este alguém é

seu herdeiro espiritual.

Evangelho - Mt 1,16.18-21.24a

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 1,16.18-

21.24a

16Jacó gerou José, o esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, que é chamado o Cristo.

18A origem de Jesus Cristo foi assim: Maria, sua mãe, estava prometida em

casamento a José, e, antes de viverem juntos, ela ficou grávida pela ação do Espírito

Santo. 19José, seu marido, era justo e, não querendo denunciá-la, resolveu

abandonar Maria, em segredo. 20Enquanto José pensava nisso,

eis que o anjo do Senhor apareceu-lhe, em sonho, e lhe disse: "José, Filho de Davi,

59

não tenhas medo de receber Maria como tua esposa, porque ela concebeu pela ação

do Espírito Santo. 21Ela dará à luz um filho, e tu lhe darás o nome de Jesus, pois ele

vai salvar o seu povo dos seus pecados". 24aQuando acordou, José fez

conforme o anjo do Senhor havia mandado. Palavra da Salvação.

Reflexão - Quem segue os planos de Deus tem garantido o seu sustento!

A obediência de José lhe computou a qualificação de homem justo! Mesmo

que antes tenha decidido abandonar Maria, José tornou-se um homem justo,

porque, obediente e ajustado à vontade de Deus não relutou em atender ao

anjo que lhe apareceu em sonho. Voltou atrás diante da convocação que Deus

lhe fez, em sonhos! José era, portanto, um homem que tinha intimidade com

Deus e conhecia os passos do seu Senhor, por isso conseguiu tomar uma

decisão tão grave e radical. Ele é exemplo para os pais, porque cumpriu sua

missão conforme a vontade de Deus deixando de lado o seu projeto de vida

pessoal. Quem segue os planos de Deus tem garantido o seu sustento! José

confiou no plano de Deus para a humanidade e cooperou para que a Salvação

de Jesus nos fosse oferecida. Todos nós também podemos nos considerar

homens e mulheres justos quando, por obediência, acolhemos ao chamado de

Deus para cooperar com o Seu Plano de salvação, mesmo que nos seja

desconhecido. Embora não sejamos os primeiros, os mais ilustres, nós também

podemos participar do sonho de Deus, pois, somos descendentes de Davi e

herdeiros das promessas do Senhor a Abraão. - Para você é difícil ajustar-se

à mudanças de plano

 - Você acha que o sacrifício de José valeu a pena? 

- Tem valido a pena para você abdicar de algum projeto seu em favor de

fazer a vontade de Deus? 

– Você se sente importante na execução dos projetos de Deus aqui na terra?


Helena Serpa,

Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho

SANTO DO DIA - SÃO JOSÉ

 

Origens

Solenidade de São José, esposo da Santíssima Virgem Maria, homem justo, da descendência de David, que exerceu a missão de pai do Filho de Deus, Jesus Cristo, que quis ser chamado filho de José, e Jesus foi submisso como um filho ao seu pai. A Igreja venera, com especial honra, como seu patrono aquele a quem o Senhor constituiu chefe da sua família.

Solenidade
Em 1870, o Papa Pio IX declarou José como patrono da Igreja Universal e instituiu outra festa, uma solenidade com uma oitava, a ser realizada em sua homenagem na quarta-feira, na segunda semana após a Páscoa. A festa de 1870 foi substituída no Calendário Romano Geral do Papa Pio XII, em 1955, pela Festa de “São José Operário”, a ser comemorada em 1º de maio. Essa data coincide com o Dia Internacional dos Trabalhadores, desde a década de 1890, e reflete o status de José como santo padroeiro dos trabalhadores.

Magistério
Em 1870, no Decreto QUEMADMODUM DEUS, o Papa Pio IX proclamou São José como Patrono da Igreja à Cidade e ao Mundo. Logo após, em 1871, o mesmo Papa, na INCLYTUM PATRIARCHAM, Carta Apostólica, concedeu as prerrogativas litúrgicas dos Patriarcas às festas de São José para Perpétua Memória. Em 1889, o Papa Leão XIII emitiu a encíclica Quamquam Pluries, em que pedia aos católicos que rezassem a São José, como patrono da Igreja, em vista dos desafios que a Igreja enfrenta.

São José e o Plano da Redenção

Cânon 
Em 1989, por ocasião do centenário dos cultos de Quamquam Pluries, o
 Papa João Paulo II emitiu o Redemptoris Custos (Guardião do Redentor), que apresentava o papel de São José no plano de redenção, como parte dos “documentos de redenção” emitidos por João Paulo II. Em 1962, o Papa João XXIII inseriu o nome de José no cânon da missa, imediatamente após o da Virgem Maria. Em 2013, o Papa Francisco inseriu seu nome nas três outras orações eucarísticas.

Justo
A primeira definição de José, que encontramos no Evangelho de Mateus, é “homem justo”. Diante da inexplicável gravidez da sua noiva, não pensa no próprio orgulho ou na sua dignidade ferida: pelo contrário, pensa salvar Maria da malvadez das pessoas, da lapidação à qual podia ser condenada. Ele não quis repudiá-la publicamente, mas deixá-la em segredo. Porém, um Anjo veio sugerir-lhe a escolha mais justa de não ter medo. “Não temas receber a Maria, tua esposa, porque o que nela está gerado é obra do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus”.

Obediente e íntimo dos Anjos
Um Anjo acompanha José nos momentos mais difíceis da sua vida; a sua atitude, diante das palavras do Mensageiro celeste, foi de confiante obediência: recebe Maria como sua esposa! E, depois do nascimento de Jesus, o Anjo volta a advertir-lhe sobre o perigo da perseguição de Herodes. Então, de noite, ele fugiu com a sua família para o Egito, um país estrangeiro. Ali, ele deveria começar tudo de novo e procurar um trabalho. E quando o Anjo volta, mais uma vez, para avisar-lhe da morte de Herodes, convidando-o a regressar para Israel, ele tomou consigo sua mulher e seu filho e se refugiou em Nazaré, na Galileia, sob a orientação do Anjo.

São José: exemplo de simplicidade

Carpinteiro e patrono dos trabalhadores
Mateus, no capítulo 13, fala da sua profissão de carpinteiro, quando os habitantes céticos de Nazaré se perguntam: “Não será este o filho do carpinteiro”? Assim, ele ganha a confiança dos vizinhos. Veem-se nesse grande homem a virtude do trabalho santificado de modo sublime. Ele trabalha e ensina o menino Jesus no serviço. Por isso, se torna modelo para nós, em nossos ofícios.

Pai putativo
Sem dúvida alguma, José amou Jesus com toda a ternura que um pai tem por seu filho: tudo o que José fez foi proteger e educar o misterioso Menino, obediente e sábio, que lhe fora confiado. Educar Jesus: a imensa desconformidade de uma tarefa de dizer ao Filho de Deus o que é justo e o que é injusto. Deve ter sido difícil para ele, humanamente falando, ter que procurá-lo, com aflição, por três dias, no Templo, onde ele tinha ficado, sem avisar seus pais, para discutir com os doutores, e ter que ouvir daquele menino de doze anos: “Não sabias que devo ocupar-me das coisas do meu Pai?“.

Este é um tipo de perplexidade que todo pai sente quando percebe que seus filhos não lhes pertencem e que o destino deles está nas mãos de Deus, por isso ele é modelo de paternidade e intercessor dessas causas. 

Patrono e Orações a São José

Patrono dos moribundos
Segundo a tradição, José teria morrido circundado por Jesus e Maria. Por esse motivo, é invocado também como protetor dos moribundos. Tal invocação deve-se a todos nós que gostaríamos de deixar esta terra tendo ao nosso lado Jesus e sua Mãe.

Oração de Leão XIII a São José pela Igreja
“A vós, São José, recorremos em nossa tribulação e, tendo implorado o auxílio de vossa santíssima esposa, cheios de confiança solicitamos também o vosso patrocínio. Por esse laço sagrado de caridade que vos uniu à Virgem Imaculada Mãe de Deus, e pelo amor paternal que tivestes ao Menino Jesus, ardentemente vos suplicamos que lanceis um olhar favorável sobre a herança que Jesus Cristo conquistou com o seu sangue, e nos socorrais em nossas necessidades com o vosso auxílio e poder. Protegei, ó guarda providente da Divina Família, o povo eleito de Jesus Cristo. Afastai para longe de nós, ó Pai amantíssimo, a peste do erro e do vício.

Assisti-nos do alto do céu, ó nosso fortíssimo sustentáculo, na luta contra o poder das trevas, e assim como outrora salvastes da morte a vida ameaçada do Menino Jesus, assim também defendei agora a Santa Igreja de Deus das ciladas do Inimigo e de toda adversidade. Amparai a cada um de nós com o vosso constante patrocínio, a fim de que, a vosso exemplo e sustentados com o vosso auxílio, possamos viver virtuosamente, morrer piedosamente e obter no céu a eterna bem-aventurança. Amém.”

Minha oração
“Oh Glorioso São José, assuma-me também como teu filho adotivo. Contigo desejo experimentar a paternidade do Pai. Alimenta-me fisicamente e espiritualmente para que eu te imite no amor a Jesus e Maria para todo o sempre!”

São José, rogai por nós!

Fonte: Canção Nova Notícias

 


segunda-feira, 18 de março de 2024

MISSAS AMANHÃ, DIA 19, EM HONRA A SÃO JOSÉ, NA PARÓQUIA SÃO JOÃO EUDES

 


CONFIRA A PROGRAMAÇÃO DE SÃO JOSÉ NA CATEDRAL DE FORTALEZA

 


 Foto: Geilson Cajuí

O encerramento da Festa de São José, padroeiro do Ceará, ocorrerá na , amanhã, terça-feira, 19 de março, com celebrações na Catedral Metropolitana. Durante o dia ocorrerão celebrações eucarísticas das 8h30 até às 18h30 e haverá padres ministrando a confissão.

É importante destacar que as celebrações na Igreja da Sé costumam atrair fiéis e devotos não apenas da cidade de Fortaleza, mas de toda a região circunvizinha, demonstrando a devoção e o carinho que as pessoas têm por São José, que é não apenas padroeiro do Ceará, mas também da Arquidiocese de Fortaleza e de várias paróquias na área.

O santo é venerado como padroeiro em 12 paróquias de nossa Igreja Particular: Centro (Catedral), Vila Pery, Passaré, Papicu, Sapiranga, Lagoa Redonda, Dourado (Horizonte), Maracanaú (Centro), Aquiraz (Centro), Bela Vista (Canindé), Alto Luminoso (Cascavel) e Araturi (Caucaia).

Programação na Catedral:

8h30 – Missa dos enfermos, presidida por padre Paulo Sérgio;

10h – Missa dos Josés, com padre Clairton Alexandrino;

12h – Missa das crianças, com padre Watson Façanha;

16h – Missa das famílias, com padre Glailson Ribeiro;

17h – Procissão: saída da Catedral, Rua Rufino de Alencar, Avenida Dom Manuel, Rua Costa Barros, Rua Sobral e Catedral;

18h30 – Missa de encerramento, presidida por Dom Gregório Paixão, OSB.

Acompanhe a programação das outras Paróquias aqui.

Mais informações: (85) 3231-4196, secretaria paroquial ou @catedralfor.


Texto: Thiago Ribeiro – Serviço de Comunicação da Arquidiocese de Fortaleza.

SOLENIDADE DE SÃO JOSÉ

 


O TEMPO DE DEUS

 

Pe. Johnja López Pedrozo

EVANGELHO DO DIA

 


+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João 8,1-11

Naquele tempo: 1Jesus foi para o monte das Oliveiras. 2De madrugada, voltou de

novo ao Templo. Todo o povo se reuniu em volta dele. Sentando-se, começou a

ensiná-los. 3Entretanto, os mestres da Lei e os fariseus trouxeram uma mulher

surpreendida em adultério. Colocando-a no meio deles, 4disseram a Jesus: 'Mestre,

esta mulher foi surpreendida em flagrante adultério.

5Moisés na Lei mandou apedrejar tais mulheres. Que dizes tu?'

6Perguntavam isso para experimentar Jesus e para terem motivo de o acusar. Mas

Jesus, inclinando-se, começou a escrever com o dedo no chão. 7Como persistissem

em interrogá-lo, Jesus ergueu-se e disse: 'Quem dentre vós não tiver pecado, seja o

primeiro a atirar-lhe uma pedra.' 8E tornando a inclinar-se, continuou a escrever no

chão. 9E eles, ouvindo o que Jesus falou, foram saindo um a um, a começar pelos

mais velhos; e Jesus ficou sozinho,

com a mulher que estava lá, no meio do povo. 10Então Jesus se levantou e disse:

'Mulher, onde estão eles? Ninguém te condenou ?'

11Ela respondeu: 'Ninguém, Senhor.' Então Jesus lhe disse:'Eu também não te

condeno. Podes ir, e de agora em diante não peques mais.'

Palavra da Salvação.

REFLEXÕES SOBRE AS LEITURAS DE HOJE

 

18 DE MARÇO DE 2024

2ª. FEIRA DA V SEMANA DA

QUARESMA


Cor Roxo


1ª Leitura - Dn 13,1-9.15-17.19-30.33-62

Leitura da Profecia de Daniel 13,1-9.15-17.19-30.33-62

Naqueles dias: 1Na Balilônia vivia um homem chamado Joaquim.

2Estava casado com uma mulher chamada Susana, filha de Helcias,

que era muito bonita e temente a Deus. 3Também os pais dela eram pessoas

justas e tinham educado a filha de acordo com a lei de Moisés. 4Joaquim era

muito rico e possuía um pomar junto à sua casa. Muitos judeus costumavam

visitá-lo, pois era o mais respeitado de todos. 5Ora, naquele ano, tinham sido

nomeados juízes dois anciãos do povo, a respeito dos quais o Senhor havia

dito: 'Da Babilônia brotou a maldade de anciãos-juízes, que passavam por

condutores do povo.' 6Eles freqüentavam a casa de Joaquim, e todos os que

tinham alguma questão se dirigiam a eles.

7Ora, pelo meio-dia, quando o povo se dispersava, Susana costumava entrar e

passear no pomar de seu marido. 8Os dois anciãos viam-na todos os dias

entrar e passear, e acabaram por se apaixonar por ela. 9Ficaram

desnorteados, a ponto de desviarem os olhos para não olharem para o céu, e

se esqueceram dos seus justos julgamentos. 15Assim, enquanto os dois

estavam à espera de uma ocasião favorável, certo dia, Susana entrou no

pomar como de costume, acompanhada apenas por duas empregadas.

E sentiu vontade de tomar banho, por causa do calor. 16Não havia ali

ninguém, exceto os dois velhos que estavam escondidos, e a espreitavam.

17Então ela disse às empregadas: 'Por favor, ide buscar-me óleo e perfumes e

trancai as portas do pomar, para que eu possa tomar banho'. 19Apenas as

empregadas tinham saído,

os dois velhos levantaram-se e correram para Susana, dizendo:

20'Olha, as portas do pomar estão trancadas e ninguém nos está vendo.

Estamos apaixonados por ti: concorda conosco e entrega-te a nós! 21Caso

contrário, deporemos contra ti, que um moço esteve aqui, e que foi por isso

que mandaste embora as empregadas'.

22Gemeu Susana, dizendo: 'Estou cercada de todos os lados!

Se eu fizer isto, espera-me a morte; e, se não o fizer,

também não escaparei das vossas mãos; 23mas é melhor para mim, não o

fazendo, cair nas vossas mãos do que pecar diante do Senhor!' 24Então ela

pôs-se a gritar em alta voz, mas também os dois velhos gritaram contra ela.

25Um deles correu para as portas do pomar e as abriu. 26As pessoas da casa

ouviram a gritaria no pomar e precipitaram-se pela porta do fundo, para ver o

que estava acontecendo, 27Quando os velhos apresentaram sua versão dos

fatos, os empregados ficaram muito constrangidos,

porque jamais se dissera coisa semelhante a respeito de Susana.


53


28No dia seguinte, o povo veio reunir-se em casa de Joaquim, seu marido. Os

dois anciãos vieram também, com a intenção criminosa

de conseguir sua condenação à morte. Por isso, assim falaram ao povo

reunido: 29'Mandai chamar Susana, filha de Helcias, mulher de Joaquim'! E

foram chamá-la. 30Ela compareceu em companhia dos pais, dos filhos e de

todos os seus parentes. 33Os que estavam com ela e todos os que a viam,

choravam. 34Os dois velhos levantaram-se no meio do povo e puseram as

mãos sobre a cabeça de Susana. 35Ela, entre lágrimas, olhou para o céu, pois

seu coração tinha confiança no Senhor. 36Entretanto, os dois anciãos deram

este depoimento: 'Enquanto estávamos passeando a sós no pomar, esta mulher

entrou com duas empregadas. Depois, fechou as portas do pomar e mandou as

servas embora. 37Então, veio ter com ela um moço que estava escondido, e

com ela se deitou.

38Nós, que estávamos num canto do pomar, vimos esta infâmia.

Corremos para eles e os surpreendemos juntos. 39Quanto ao jovem, não

conseguimos agarrá-lo, porque era mais forte do que nós e, abrindo as portas,

fugiu. 40A ela, porém, agarramos,

e perguntamos quem era aquele moço. Ela, porém, não quis dizer.

Disto nós somos testemunhas'. 41A assembléia acreditou neles, pois eram

anciãos do povo e juízes. E condenaram Susana à morte.

42Susana, porém, chorando, disse em voz alta: 'Ó Deus eterno, que conheces

as coisas escondidas e sabes tudo de antemão,

antes que aconteça! 43Tu sabes que é falso o testemunho

que levantaram contra mim! Estou condenada a morrer,

quando nada fiz do que estes maldosamente inventaram

a meu respeito!' 44O Senhor escutou sua voz. 45Enquanto a levavam para a

execução, Deus excitou o santo espírito de um adolescente, de nome Daniel.

46E ele clamou em alta voz:

'Sou inocente do sangue desta mulher!' 47Todo o povo então voltou-se para

ele e perguntou: 'Que palavra é esta, que acabas de dizer?' 48De pé, no meio

deles, Daniel respondeu: 'Sois tão insensatos, filhos de Israel? Sem julgamento

e sem conhecimento da causa verdadeira, vós condenais uma filha de Israel?

49Voltai a repetir o julgamento, pois é falso o testemunho que levantaram

contra ela!' 50Todo o povo voltou apressadamente, e outros anciãos disseram

ao jovem: 'Senta-te no meio de nós e dá-nos o teu parecer, pois Deus te deu a

honra da velhice.' 51Falou então Daniel: 'Mantende os dois separados, longe

um do outro, e eu os julgarei.' 52Tendo sido separados, Daniel chamou um

deles e lhe disse: 'Velho encarquilhado no mal! Agora aparecem os pecados

que estavas habituado a praticar. 53Fazias julgamentos injustos,

condenando inocentes e absolvendo culpados, quando o Senhor ordena: 'Tu

não farás morrer o inocente e o justo!' 54Pois bem,

se é que viste, dize-me à sombra de que árvore os viste abraçados?' Ele

respondeu: 'É sombra de uma aroeira.' 55Daniel replicou 'Mentiste com

perfeição, contra a tua própria cabeça.

Por isso o anjo de Deus, tendo recebido já a sentença divina,

vai rachar-te pelo meio!' 56Mandando sair este, ordenou que trouxessem o

outro: 'Raça de Canaã, e não de Judá, a beleza fascinou-te e a paixão

perverteu o teu coração. 57Era assim que procedíeis com as filhas de Israel, e

elas por medo sujeitavam-se a vós. Mas uma filha de Judá não se submeteu a

essa iniqüidade.


54


58Agora, pois, dize-me debaixo de que árvore os surpreendeste juntos?' Ele

respondeu: 'Debaixo de uma azinheira.'

59Daniel retrucou: 'Também tu mentiste com perfeição, contra a tua própria

cabeça. Por isso o anjo de Deus já está à espera,

com a espada na mão, para cortar-te ao meio e para te exterminar!' 60Toda a

assistência pôs-se a gritar com força,

bendizendo a Deus, que salva os que nele esperam. 61E voltaram-se contra os

dois velhos, pois Daniel os tinha convencido, por suas próprias palavras, de

que eram falsas testemunhas. E, agindo segundo a lei de Moisés, fizeram com

eles aquilo que haviam tramado perversamente contra o próximo. 62E assim

os mataram,

enquanto, naquele dia, era salva uma vida inocente.

Palavra do Senhor.

Reflexão –Nem sempre o testemunho dos homens é digno de confiança!

Podemos nos inserir na situação deste relato da história de Suzana para fazer uma

reflexão profunda sobre os nossos pensamentos, julgamentos e ações nas diversas

circunstâncias do nosso dia a dia. Só Deus conhece as coisas escondidas, por isso,

nem sempre o testemunho dos homens é digno de confiança! Muitas vezes, como

Suzana, alguém pode ser inocente, mas ser condenada, por causa do falso

testemunho de pessoas consideradas fidedignas, isto é, dignas de confiança.

Podemos, porém, nos encontrar nas duas situações; podemos ser o inocente, mas

também, dependendo da ocasião ser o falso acusador, cheio de autoridade. Quando

estivermos no lugar do inocente uma única coisa, nos ajudará: entregar a Deus a

nossa situação e confiar Nele que conhece as coisas escondidas e sabe tudo de

antemão. Ele virá em auxílio da nossa orfandade e nos enviará o anjo, como fiel

testemunha para nos salvar.  Daniel, jovem que tinha a “honra da velhice”, fez um

julgamento fiel ao que Deus lhe inspirava. O contrário dos dois juízes, pessoas

conceituadas, maduras, respeitadas no meio do povo, porém, levados pela paixão da

carne, “ficaram desnorteados desviando os olhos para não olharem para o céu, e se

esqueceram dos seus justos julgamentos.”  Partindo do pensamento, eles chegaram à

ação, mas foram punidos pelo próprio julgamento, quando foram arguidos sobre qual

árvores estavam postados na hora do delito. As suas próprias palavras desvendaram

toda a verdade libertando a vida de uma filha de Deus.  Qualquer um de nós, se

desviarmos os olhos do céu, poderá também  tramar contra a vida das pessoas

quando queremos ver atendidos os nossos interesses – O que você achou da história

de Suzana? – Você acha que essa realidade ainda acontece nos dias de hoje? -

Alguma vez você levantou falso testemunho contra alguém para livrar a sua pele?–

O que você aprendeu com a história de Suzana e os dois juízes?

Salmo - Sl 22, 1-3a. 3b-4. 5. 6 (R. 4a)

R. Mesmo que eu passe pelo vale tenebroso,

nenhum mal eu temerei, estais comigo.

1O Senhor é o pastor que me conduz;*

não me falta coisa alguma.

2Pelos prados e campinas verdejantes*

ele me leva a descansar.

Para as águas repousantes me encaminha,*

3ae restaura as minhas forças.R.


55

3bEle me guia no caminho mais seguro,*

pela honra do seu nome.

4Mesmo que eu passe pelo vale tenebroso,*

nenhum mal eu temerei.

Estais comigo com bastão e com cajado,*

eles me dão a segurança!R.

5Preparais à minha frente uma mesa,*

bem à vista do inimigo;

com óleo vós ungis minha cabeça,*

e o meu cálice transborda.R.

6Felicidade e todo bem hão de seguir-me,*

por toda a minha vida;

e, na casa do Senhor, habitarei*

pelos tempos infinitos.R.

Reflexão - A confiança na providência e na proteção do Senhor deverá ser a

bandeira que nós empunhamos em todos os momentos da nossa vida.

Passamos diariamente por vales tenebrosos, por situações difíceis que às

vezes, nos fazem desanimar e arrefecer o ânimo. Porém, a lembrança de que

temos um Pastor que olha por nós, Suas ovelhas, e que provisiona para nós,

água, óleo, casa, descanso, fartura, saúde, fortuna e felicidade nos faz seguir

com esperança  atravessando montes e colinas para chegar no nosso destino

final. O Senhor é o meu pastor e nada me faltará! Esse deve ser o nosso lema.

Evangelho – Jo 8, 1-11

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João 8,1-11

Naquele tempo: 1Jesus foi para o monte das Oliveiras. 2De madrugada, voltou de

novo ao Templo. Todo o povo se reuniu em volta dele. Sentando-se, começou a

ensiná-los. 3Entretanto, os mestres da Lei e os fariseus trouxeram uma mulher

surpreendida em adultério. Colocando-a no meio deles, 4disseram a Jesus: 'Mestre,

esta mulher foi surpreendida em flagrante adultério.

5Moisés na Lei mandou apedrejar tais mulheres. Que dizes tu?'

6Perguntavam isso para experimentar Jesus e para terem motivo de o acusar. Mas

Jesus, inclinando-se, começou a escrever com o dedo no chão. 7Como persistissem

em interrogá-lo, Jesus ergueu-se e disse: 'Quem dentre vós não tiver pecado, seja o

primeiro a atirar-lhe uma pedra.' 8E tornando a inclinar-se, continuou a escrever no

chão. 9E eles, ouvindo o que Jesus falou, foram saindo um a um, a começar pelos

mais velhos; e Jesus ficou sozinho,

com a mulher que estava lá, no meio do povo. 10Então Jesus se levantou e disse:

'Mulher, onde estão eles? Ninguém te condenou ?'

11Ela respondeu: 'Ninguém, Senhor.' Então Jesus lhe disse:'Eu também não te

condeno. Podes ir, e de agora em diante não peques mais.'

Palavra da Salvação.

Reflexão – O pecado é uma traição a Deus!

Jesus não precisou argumentar muito nem debater com os acusadores daquela

mulher surpreendida em adultério. Somente com o gesto de escrever na areia

e de falar aos circunstantes, “quem dentre vós não tiver pecado seja o


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primeiro a atirar-lhe uma pedra”, Ele desfez os planos dos que queriam

apedrejar a mulher adúltera, conseguindo com que o povo se afastasse a

começar pelos mais vividos e experientes. Esta é a prova de que só o Senhor

conhece o nosso coração, os nossos motivos, as nossas razões. “Eu também

não te condeno. Podes ir, e de agora em diante não peques mais!” Nunca

poderemos condenar alguém, porque pecou nem tampouco atirar pedra em

alguém quando ele erra! Precisamos seguir o exemplo do Mestre que mesmo

diante do povo que a condenava a ser apedrejada, para que se cumprisse a

Lei, Jesus, o único Santo, O Justo, a perdoava para que se cumprisse a Lei da

Misericórdia de Deus. No entanto, Jesus não eximiu aquela mulher do

pecado, mas não a condenou, usou de compaixão e a levantou daquela

situação. Nós que queremos seguir a Jesus precisamos aprender a

compreender as fraquezas do nosso próximo e, ao mesmo tempo, ajudá-lo a

reencontrar o caminho novo que o Senhor abre para ele. A conversão daquela

mulher partiu da misericórdia que Jesus usou para com ela. Talvez se ela

tivesse sido apedrejada, não tivesse se convertido, mas apenas se emendado

por algum tempo com medo de infringir a lei. Entretanto a revolta e a dor

permaneceriam dentro do seu coração. Pelo contrário, nós sabemos que

aquela mulher teve a sua vida completamente transformada por causa do

amor com que ela foi acolhida por Jesus. Pensamos que só adultera o homem

ou a mulher que traem um ao outro, porém existe o adultério espiritual,

quando negamos a Jesus, Seu Senhorio e prevaricamos em busca de outros

deuses que tentam preencher o nosso vazio espiritual. Hoje também Jesus

fala para todos nós de uma maneira bem clara: “quem não tiver pecado”,

isto é, quem não for pecador atire a primeira pedra. O pecado é uma traição

a Deus, seja ele qual for. Somos sim homens e mulheres adúlteros e

necessitados de misericórdia. Precisamos ter consciência disso.

 - Você tem aprendido com Jesus a ser misericordioso? 

– Você costuma também condenar e jogar pedras nas pessoas porque erram?

 – Com quem você tem traído a confiança de Deus? 

– Qual o seu menor pecado? 

– Será que o pecado tem tamanho?


Helena Serpa,

Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho



SANTO DO DIA - SÃO CIRILO DE JERUSALÉM

Origens

São Cirilo de Jerusalém nasceu por volta do ano de 315 em Jerusalém ou em seus arredores. Pouco se sabe sobre sua infância e juventude, além de que ele cresceu num lar cristão, com uma vida financeira confortável. Recebeu uma sólida formação nas Sagradas Escrituras e em matérias humanísticas.

Sacerdote aos 30 anos
Ordenado sacerdote em 345, aos 30 anos, ele foi sagrado bispo de Jerusalém apenas três anos mais tarde, em 348. São Cirilo de Jerusalém viveu numa época em que a Igreja do Oriente estava envolvida em muitas controvérsias.  São Cirilo precisou enfrentar especialmente a heresia do arianismo. O arianismo basicamente negava a consubstancialidade entre Jesus e Deus Pai, ou seja, segundo os arianos, Jesus seria o filho de Deus, mas não o próprio Deus.

Escritos valiosos
São Cirilo deixou para a Tradição da Igreja diversos escritos, mas os mais famosos deles são as suas 24 catequeses, que estão entre os mais preciosos tesouros da antiguidade cristã. Suas catequeses foram escritas como parte da preparação dos catecúmenos para o batismo. Nela, incluem uma introdução, dezoito catequeses aplicadas durante a Quaresma e cinco “catequeses mistagógicas”, que foram ministradas durante a semana de Páscoa para aqueles mesmos que receberam o batismo.

São Cirilo de Jerusalém e o rigor à Doutrina

Catequeses
As catequeses são marcadas pelo rigor em relação à doutrina. A grande habilidade de São Cirilo em explicar conceitos complexos de forma simples e direta, facilita o entendimento. A título exemplificativo, vejamos como ele explica o significado da proclamação “Corações ao alto!”, na quinta catequese mistagógica:

Verdadeiramente, nesta hora mui tremenda, é preciso ter o coração no alto, junto de Deus, e não embaixo, na terra, nas coisas terrenas. Com autoridade, pois, o sacerdote ordena que, nesta hora, se abandonem todas as preocupações da vida e os cuidados domésticos e que se tenha o coração no céu, junto ao Deus benevolente.”

O capítulo das perseguições
A vida de São Cirilo não se resumiu às suas brilhantes catequeses, ela foi também marcada por polêmicas e perseguições justamente por causa do arianismo. Acácio, um bispo muito influente na época, simpatizante do arianismo, teria nomeado São Cirilo bispo de Jerusalém imaginando que fosse tê-lo como aliado na defesa da heresia. Mantendo-se fiel à sã doutrina, São Cirilo foi perseguido e acabou enfrentando por três vezes o exílio. A primeira vez em 357, conforme disposto por um Sínodo em Jerusalém. A segunda em 360, por obra direta de Acácio. O último exílio foi em 367, o seu mais longo exílio, que durou 11 anos, por obra direta do imperador Valente, que também era ariano. 

Com a morte do imperador, em 378, São Cirilo pôde finalmente voltar para a sua sede episcopal em ânimo definitivo. Participou em 381, do Concílio Ecumênico de Constantinopla, onde foi firmado o símbolo Niceno-Constatinopolitano.

Proclamado Doutor da Igreja e o seu reflexo na atualidade

Páscoa
Em 386, provavelmente no dia 18 de março, São Cirilo morreu, aos 71 anos de idade. Em meio a muitas acusações de heresia, São Cirilo permaneceu fiel à Igreja de Cristo. Foi paciente nas perseguições e sua ortodoxia foi reconhecida a tal ponto que em 1882 o Papa Leão XIII o proclamou Doutor da Igreja. 

Fontes de documentos atuais
Além disso, duas importantes constituições dogmáticas do Concílio Vaticano II, a Lumen Gentium e a Dei Verbum, foram inspiradas em seus escritos.

Sua repercussão na atualidade
São Cirilo de Jerusalém ajuda, até hoje, cristãos de todo o mundo a mergulharem no mistério da fé, como tão bem expressou o Papa Bento XVI:

O mistério que se deve desvendar é o desígnio de Deus, que se realiza através das ações salvíficas de Cristo na Igreja. Por sua vez, a dimensão mistagógica está acompanhada pela dos símbolos, que expressam a vivência espiritual que eles fazem “explodir”. Assim, a catequese de Cirilo, com base nas três componentes descritas – doutrinal, moral e, por fim, mistagógica –, resulta numa catequese global no Espírito. A dimensão mistagógica atua como síntese das duas primeiras, orientando-as para a celebração sacramental, na qual se realiza a salvação do homem todo. Trata-se, em definitivo, de uma catequese integral, que envolvendo corpo, alma e espírito permanece emblemática também para a formação catequética dos cristãos de hoje.

Exemplo de Vida e Oração

Ação de Deus
Olhando para a vida de São Cirilo, encanta-nos o que o Espírito Santo pode realizar na vida de quem se abre à graça de Deus: de um lado, um dom impressionante para transmitir a fé e a sã doutrina, por meio de catequeses que continuam atualíssimas até hoje; do outro lado, a paciência e a fortaleza para viver perseguido e não se render, não ceder ao desânimo nem ao cansaço. Mesmo que, imitando a Cristo, por tanto tempo não tenha tido um lugar onde reclinar a cabeça.

Minha oração
“Ajudai-nos, São Cirilo de Jerusalém, a buscarmos sempre mergulhar nos mistérios da fé, para que vivamos uma fidelidade à toda prova ao que Cristo nos ensinou. Ensinai-nos a suportar as perseguições, injúrias e falsas acusações com o coração limpo, sem temor, sem ódio, olhando apenas para Cristo que, crucificado, suportou muito mais perseguições, muito mais injúrias, muito mais falsas acuações. São Cirilo de Jerusalém, rogai por nós, para que sejamos fiéis a Deus como vós fostes, para que defendamos a verdade como vós defendestes, para que nos esforcemos para imitar a Cristo como vós imitastes.”

São Cirilo de Jerusalém, rogai por nós. Amém!

Fonte: Canção Nova Notícias