Origens
São
Januário nasceu em Nápoles, na segunda metade do século III, e foi eleito bispo
de Benevento, onde exerceu seu apostolado, amado pela comunidade cristã e
respeitado também pelos pagãos.
A
Visão
O
episódio, que levou Januário ao martírio, aconteceu no início do século IV, com
a retomada das perseguições contra os cristãos. Há algum tempo, Januário era
muito amigo de Sóssio, diácono da cidade de Miseno. Certo dia, enquanto lia o
Evangelho na igreja, teve uma visão: apareceu uma chama sobre a sua cabeça.
Reconhecendo nela o símbolo do seu futuro martírio, Januário deu graças ao
Senhor e pediu para que aquele fosse o seu destino.
Páscoa
Reconhecendo
o seu destino, o Bispo convidou Sóssio a participar da visita pastoral, que se
realizaria em Pozzuoli, para falar sobre a fé. O diácono pôs-se a caminho, mas,
durante a viagem, foi preso pelos guardas, enviados por Dragôncio, governador
da Campânia.
Na
prisão, recebeu a visita de Januário, acompanhado pelo diácono Festo e o leitor
Desidério: os três tentaram interceder, junto a Sóssio, pela sua libertação.
Mas, em resposta, todos foram condenados a serem dilacerados publicamente pelos
ursos. No entanto, a notícia da sua condenação à morte não foi bem vista pelo
povo. Por isso, temendo uma revolta, o governador mudou a sentença para uma
decapitação discreta, longe dos olhos do povo. Foram martirizados também
Próculo, diácono da igreja de Pozzuoli, e os fiéis Eutíquio e Acúcio, por terem
criticado a execução publicamente.
Outra
versão do seu martírio
Nem
todas as fontes, tão antigas, concordavam com o martírio de São Januário e, por
isso, há outra hipótese do que, provavelmente, poderia ter acontecido: enquanto
Januário se encaminhava para Nola, o pérfido juiz, Timóteo, o prendeu com a
acusação de proselitismo, que violava os decretos imperiais. No entanto, as
torturas perpetradas contra o Santo não afetaram seu corpo ou sua fé.
Por
isso, Timóteo o jogou em uma fornalha da qual, mais uma vez, Januário saiu ileso.
Enfim, foi condenado à decapitação em um lugar perto da chamada Solfatara.
Durante a sua transferência, encontrou um mendigo, que lhe pede um pedaço do
seu manto para guardar como relíquia: o Santo respondeu que podia ficar com
todo o lenço, que estava amarrado em seu pescoço, antes da execução. Antes de
morrer, Januário colocou um dedo na garganta, que também foi decepado pela
lâmina, junto com o lenço, depois conservados como relíquia.
O
Milagre do Sangue
Segundo
o costume, por ocasião da execução dos mártires, uma mulher, Eusébia, chegou ao
lugar da morte de Januário e recolheu, em duas ampolas, o sangue derramado pelo
Bispo, já em odor de santidade. Ela as entregou ao Bispo de Nápoles, que mandou
construir duas capelas em homenagem ao sagrado traslado: São Januarinho em
Vômero e São Januário em Antignano. Seu corpo, ao invés, sepultado na zona
rural de Marciano, teve uma primeira translação, no século V, quando o culto ao
Santo já era bem difundido. São Januário foi canonizado por Sisto V, em 1586.
Relíquia
Quanto
à relíquia do seu sangue, foi exposta, pela primeira vez, em 1305. Porém, o
milagre do seu sangue, que parece quase ferver e voltar ao estado líquido,
permanecendo até a oitava seguinte, ocorreu, pela primeira vez, em 17 de agosto
de 1389, após uma grande escassez. Hoje, o milagre se repete três vezes ao ano:
no primeiro sábado de maio, em memória da primeira translação; em 19 de
setembro, memória litúrgica do Santo e data do seu martírio; e em 16 de
dezembro, para comemorar a desastrosa erupção do Vesúvio, em 1631, bloqueada
por intercessão do Santo. As duas ampolas estão conservadas em uma teca de
prata, por desejo de Roberto d’Angiò, na Capela do Tesouro de São Januário, na
Catedral de Nápoles.
Via
de Santificação
São
Januário é venerado desde o século V, mas sua confirmação canônica veio somente
por meio do Papa Sisto V em 1586.
Minha
oração
“Querido
bispo, levai o teu povo ao mais profundo mistério dos milagres. Curai os
doentes e socorrei os necessitados, assim como Cristo deseja realizar em nós.
Que através das tuas relíquias aconteçam grandes conversões. Amém!”
São Januário, rogai por nós!
Fonte: Canção Nova Notícias
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