Os
desejos de Leão XIV para os dois conflitos em curso e os objetivos da “soft
diplomacy” da Santa Sé, para tentar resolver os problemas com o diálogo e não
com a guerra, expressos aos jornalistas à sua chegada à Vila Barberini, em
Castel Gandolfo. Até próxima a terça-feira, passará um período de descanso, com
alguns compromissos públicos e celebrações nos dias 15 e 17 de agosto.
Vatican News
Cessar-fogo e acordo de paz na Ucrânia, resolução
da crise humanitária e da fome e libertação dos reféns israelenses em Gaza.
Esses são os objetivos da “soft diplomacy” da Santa Sé para problemas que “não
podem ser resolvidos com a guerra”, e é isso que o Papa Leão XIV pede e deseja,
segundo afirmou na noite desta quarta-feira a alguns jornalistas à sua chegada
a Castel Gandolfo, onde passará um segundo período de descanso de verão, até 19
de agosto. Enquanto cumprimentava as muitas pessoas que aguardavam sua chegada,
em frente ao portão da Vila Barberini, que será sua residência nestes dias, o
Papa respondeu às perguntas de alguns repórteres sobre a atualidade
internacional.
Buscar sempre o diálogo, o trabalho
diplomático
Quando questionado sobre o que espera da cúpula de 15 de agosto
entre o presidente estadunidense Donald Trump e o russo Vladimir Putin, Leão
XIV responde: é preciso buscar sempre “o cessar-fogo, é preciso acabar com a
violência, com tantas mortes. Vamos ver como eles podem chegar a um acordo.
Porque a guerra depois de tanto tempo, qual é o objetivo? É preciso sempre
buscar o diálogo, o trabalho diplomático e não a violência, não as armas”. E à
pergunta se está preocupado com a possibilidade da população de Gaza ser
deportada, o Papa responde: “É preciso resolver a crise humanitária, não se
pode continuar assim. Conhecemos a violência do terrorismo e respeitamos os
muitos que morreram e também os reféns, é preciso que sejam libertados. Mas
também é preciso pensar nos muitos que estão morrendo de fome”.
Problemas que não se resolvem com a guerra
Por fim, perguntam-lhe o que está fazendo a Santa Sé para pôr
fim a estes e outros conflitos. O Pontífice responde que “a Santa Sé não pode
pôr fim... mas estamos trabalhando, digamos, uma soft diplomacy’, sempre
convidando, incentivando a busca da não violência através do diálogo e
procurando soluções, porque estes problemas não se resolvem com a guerra».
Na audiência geral: Deus conceda a paz a todos os povos
Na manhã desta quarta-feira, durante a audiência geral na Sala
Paulo VI, ao saudar os peregrinos poloneses, o Pontífice chamou a atenção do
mundo para as populações dos países assolados por conflitos e violência.
“Supliquem a Deus que conceda a paz a todos os povos que vivem a tragédia da guerra”.
O ponto de partida para o apelo do Pontífice foi a figura de São Maximiliano
Maria Kolbe, o franciscano polonês que morreu no campo de concentração de
Auschwitz, onde se ofereceu para tomar o lugar de um pai de família destinado
ao bunker da fome.
A missa e o Angelus em Castel Gandolfo na solenidade da Assunção
Durante este segundo período de descanso na residência da Vila
Barberini, dentro das Vilas Pontifícias, Leão XIV terá alguns compromissos
públicos. Na sexta-feira, 15 de agosto, festa da Assunção da Bem-Aventurada
Virgem Maria, às 10h, o Pontífice celebrará a Santa Missa na Paróquia de São
Tomás de Villanova, em Castel Gandolfo, e às 12h recitará o Angelus na entrada
do Palácio Pontifício, na Piazza della Libertà, também em Castel Gandolfo.
Em Albano, missa e almoço com os pobres da Caritas
No domingo, 17 de agosto, às 9h30, o Papa Leão XIV celebrará a
missa no Santuário de Santa Maria della Rotonda, em Albano Laziale, com os
pobres assistidos pela Caritas diocesana e os operadores. Às 12h, recitará o
Angelus na Piazza della Libertà, em Castel Gandolfo. Por fim, compartilhará o
almoço com os pobres e assistidos da Caritas no Borgo Laudato si’, dentro das
Vilas Pontifícias.
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