segunda-feira, 16 de setembro de 2024

REFLEXÕES SOBRE AS LEITURAS DE HOJE

 41


compromisso com a Sua Palavra e com os Seus ensinamentos que pregam a

misericórdia e a compaixão. A verdadeira fé, portanto, é traduzida por atos

concretos de piedade, por isso, precisamos observar se não estamos sendo

incoerentes quando professamos a nossa fé em nosso Senhor Jesus Cristo e

não vivenciamos o amor. – Como você lida com estas duas realidades: Fé e

obras? – Como você tem encarado a situação das pessoas necessitadas as

quais você encontra?

– Você tem a consciência livre em relação a isso? – Você crê em Jesus

Cristo e na Palavra que Ele deixou?

Evangelho – Mc 8, 27-35

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos 8,27-35

Naquele tempo: 27Jesus partiu com seus discípulos para os povoados de Cesaréia de

Filipe. No caminho perguntou aos discípulos: 'Quem dizem os homens que eu sou?'

28Eles responderam: 'Alguns dizem que tu és João Batista; outros que és Elias;

outros, ainda, que és um dos profetas'. 29Então ele perguntou: 'E vós, quem dizeis

que eu sou?' Pedro respondeu:

'Tu és o Messias'. 30Jesus proibiu-lhes severamente de falar a alguém a seu respeito.

31Em seguida, começou a ensiná-los, dizendo que o Filho do Homem devia sofrer

muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e doutores da Lei; devia

ser morto, e ressuscitar depois de três dias. 32Ele dizia isso abertamente. Então

Pedro tomou Jesus à parte e começou a repreendê-lo. 33Jesus voltou-se, olhou para

os discípulos e repreendeu a Pedro, dizendo: 'Vai para longe de mim, Satanás!'

Tu não pensas como Deus, e sim como os homens'. 34Então chamou a multidão com

seus discípulos e disse: 'Se alguém me quer seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua

cruz e me siga.

35Pois quem quiser salvar a sua vida, vai perdê-la; mas quem perder a sua vida por

causa de mim e do Evangelho, vai salvá-la.

Palavra da Salvação.

Reflexão - Somos também como Pedro!

Jesus procura sugar o pensamento dos Seus discípulos em relação a Ele para

que compreendessem a Sua verdadeira missão aqui na terra. No entanto,

Pedro, ao mesmo tempo em que, inspirado pelo Espírito, reconhecia em Jesus

o Messias, enviado por Deus para salvar a humanidade, se confundia não

admitindo que Ele pudesse passar por provações. No mesmo instante, Jesus

rechaçou as suas ponderações e o considerou um instrumento de satanás e

não de Deus. Somos também como Pedro! Com a mesma boca com que

proclamamos que Jesus é o Messias e o Senhor da nossa vida, também O

negamos quando precisamos assumir compromisso com a Sua Cruz e com o Seu

projeto de salvação. Queremos salvar a nossa vida fazendo “corpo mole”

diante dos encargos e desafios que o reino nos impõe, quando Jesus nos pede

qualquer coisa como tempo, dinheiro, pessoas, saúde... etc. Diante de Jesus,

nos momentos de oração e adoração, prometemos tudo, mas, quando

descemos o Tabor para enfrentar as provocações do mundo, nos apavoramos e

damos contratestemunho com ações covardes. Essas nossas atitudes apenas

comprovam que ainda não confiamos verdadeiramente na palavra de Jesus

que nos assegura: “quem perder a sua vida por causa de mim e do evangelho

vai salvá-la”. Peçamos, pois, a Jesus que afaste de nós as sugestões de

satanás para que saibamos aceitar a Cruz que é sofrimento e libertação. –


42


Você tem perdido alguma coisa por causa de Jesus e do Seu Evangelho? –

Para você o que significa tomar a cruz para seguir Jesus? – Você tem sido

convocado para assumir algum encargo e está deixando o chamado de Deus

passar? – Quando será a hora em que você irá encarar o fato de que o

tempo está passando e não assume a sua cruz?


16 DE SETEMBRO DE 2024

SEGUNDA-FEIRA DA VIGÉSIMA QUARTA SEMANA

DO TEMPO COMUM

Cor Verde

1ª. Leitura – I Cor 11, 17-26.33

Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios 11,17-26.33

Irmãos:  17No que tenho a dizer-vos, eu não vos louvo, pois, vossas reuniões não têm

sido para o vosso bem, mas para o mal.  18Com efeito, e em primeiro lugar, ouço

dizer que, quando vos reunis em assembleia, têm surgido divisões entre vós. E, em

parte, acredito. 19Na verdade, convém que haja até cisões entre vós, para que

também se tornem bem conhecidos aqueles dentre vós que resistem à prova. 20De

fato, não é para comer a Ceia do Senhor que vos reunis em comum.  21Pois cada um

se apressa a comer a sua própria ceia; e enquanto um passa fome o outro se

embriaga. 22Não tendes casas onde comer e beber? Ou desprezais a Igreja de Deus e

quereis envergonhar aqueles que nada têm? Que vos direi? Hei de elogiar-vos? Neste

ponto, não posso elogiar-vos. 23O que eu recebi do Senhor foi isso que eu vos

transmiti: Na noite em que foi entregue, o Senhor Jesus tomou o pão 24e, depois de

dar graças, partiu-o e disse: 'Isto é o meu corpo que é dado por vós. Fazei-o em

memória de mim'. 25Do mesmo modo, depois da ceia, tomou também o cálice e

disse: 'Este cálice é a nova aliança, em meu sangue. Todas as vezes que dele

beberdes, fazei isto em minha memória'. 26Todas as vezes, de fato, que comerdes

deste pão e beberdes deste cálice, estareis proclamando a morte do Senhor, até que

ele venha. 33Portanto, meus irmãos, quando vos reunirdes para a Ceia, esperai uns

pelos outros.

Palavra do Senhor.

Reflexão – Reunidos em comunhão uns com os outros!

São Paulo admoestava o povo que se reunia para a ceia do Senhor, porque eles

tinham como objetivo particular atender apenas as suas necessidades e cada um só

pensava em si. Por isso, havia divisões, intrigas, discórdias e injustiça. Eles não

entendiam que a finalidade de nos reunirmos para participar da ceia do Senhor

implica em que estejamos também reunidos em comunhão uns com os outros. As

palavras de São Paulo, então, nos dão plena consciência de que a Eucaristia é a

comunhão de Deus com os homens, e dos homens entre si, por isso, é partilha, é sinal

de unidade e não de divisão. A Palavra de Deus é comparável a Eucaristia, assim

sendo, da mesma forma, quando nos reunimos para orar e meditar sobre os

ensinamentos de Deus precisamos ter em mente de que o Verbo é Jesus, fonte de

união, amor e partilha, desse modo não podemos nos isolar e nos fechar para o

irmão. Hoje somos chamados a refletir sobre a nossa postura quando nos reunimos

para a Ceia do Senhor: - Será que temos comunhão de pensamento uns com os

outros? - Será que temos consciência de que O Corpo e o Sangue de Jesus nos


43


alimentam para que sejamos um só povo? - Com que intuito nós comparecemos

às reuniões de oração e de louvor a Deus?

– Qual é a nossa disposição quando vamos para o encontro no Grupo de Oração? –

Esperamos mais dar ou receber?

Salmo - 39 (40),7-8a. 8b-9. 10. 17 (R. 1Cor 11,26b)

R. Irmãos, anunciai a morte do Senhor, até que ele venha!

7Sacrifício e oblação não quisestes,*

mas abristes, Senhor, meus ouvidos;

não pedistes ofertas nem vítimas,+

holocaustos por nossos pecados,*

8aE então eu vos disse: 'Eis que venho!'R.

8bSobre mim está escrito no livro:

9'Com prazer faço a vossa vontade,*

guardo em meu coração vossa lei!'R.

10Boas-novas de vossa justiça

anunciei numa grande assembleia;*

vós sabeis: não fechei os meus lábios!R.

17Mas se alegre e em vós rejubile*

todo ser que vos busca, Senhor!

Digam sempre: 'É grande o Senhor!'*

os que buscam em vós seu auxílio.R.

Reflexão - Anunciar a morte do Senhor é proclamar a Sua Ressurreição e a Sua

presença viva no meio de nós. Jesus já foi sacrificado por nós e o que podemos

ofertar a Ele é o nosso sacrifício de louvor, fazendo a vontade do Senhor e guardando

no nosso coração a Sua Lei.

Evangelho – Lc 7, 1-10

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 7,1-10

Naquele tempo: 1Quando acabou de falar ao povo que o escutava,

Jesus entrou em Cafarnaum. 2Havia lá um oficial romano

que tinha um empregado a quem estimava muito, e que estava doente, à beira da

morte. 3O oficial ouviu falar de Jesus e enviou alguns anciãos dos judeus, para

pedirem que Jesus viesse salvar seu empregado. 4Chegando onde Jesus estava,

pediram-lhe com insistência: 'O oficial merece que lhe faças este favor, 5porque ele

estima o nosso povo. Ele até nos construiu uma sinagoga.' 6Então Jesus pôs-se a

caminho com eles. Porém, quando já estava perto da casa, o oficial mandou alguns

amigos dizerem a Jesus: 'Senhor, não te incomodes, pois não sou digno de que entres

em minha casa. 7Nem mesmo me achei digno de ir pessoalmente ao teu encontro.

Mas ordena com a tua palavra, e o meu empregado ficará curado. 8Eu também estou

debaixo de autoridade, mas tenho soldados que obedecem às minhas ordens. Se

ordeno a um : 'Vai!', ele vai; e a outro: 'Vem!', ele vem; e ao meu empregado 'Faze

isto!', e ele o faz'.' 9Ouvindo isso, Jesus ficou admirado.

Virou-se para a multidão que o seguia, e disse: 'Eu vos declaro que nem mesmo em

Israel encontrei tamanha fé.' 10Os mensageiros voltaram para a casa do oficial e

encontraram o empregado em perfeita saúde. Palavra da Salvação.


44

Reflexão – Humildade é uma prova de Fé!

Porque tinha fé, aquele oficial romano que não fazia parte do povo de Israel,

conseguiu a cura do seu empregado. Apesar de ser uma autoridade romana, o oficial

acreditou no poder de Jesus e não quis um tratamento especial nem se valeu da sua

posição para impor a Jesus a sua presença física, mas, pediu apenas, uma “palavra

para que o seu empregado fosse salvo”. Esta manifestação do oficial teve um

significado de humildade e de fé na Palavra de Jesus. Humildade, porque reconheceu

a sua indignidade e a sua limitação; e fé, pois, sabia que a Palavra de Jesus continha

poder de salvação e de vida. O exemplo do oficial romano é para nós uma mensagem

de fé na Palavra de Deus. Só uma Palavra de Jesus nos basta para que sejamos

salvos, mas a nossa fé, às vezes, parece que não funciona se não enxergarmos as

evidências, as confirmações, as provas. Não nos contentamos somente com o que

Jesus nos fala quando nos promete vida, salvação e santidade. Queremos oração

especial, sinais que nos revelam alguma coisa e não entendemos que apenas uma

palavra de Jesus fará com que a nossa alma seja salva! Reconhecer a nossa limitação

é uma prática de humildade e dispensar os privilégios e as regalias é uma prova de

fé.

 - Se fosse o oficial romano você teria insistido para que Jesus fosse até a sua

casa?

 – O que você achou da atitude dele?

 – Qual é a opinião que você tem de si mesmo? 

– Quando você comunga tem noção de que Jesus está visitando a sua casa?

 – Você tem ideia da sua indignidade diante Deus?


Helena Serpa,

Fundadora da Comunidade Missionária um novo Caminho

Nenhum comentário: