O
forte apelo à solidariedade: "Queremos unir forças para acompanhá-los e
ajudá-los", lê-se na mensagem, "fazendo nossa a situação deles neste
momento de emergência, a fim de desenvolver ações pastorais conjuntas
destinadas a reconstruir o tecido social
Silvonei José – Vatican News
"Estamos com vocês, somos todos Haiti!":
com este forte grito de encorajamento, a Igreja da América Latina e do Caribe
expressa sua proximidade e solidariedade para com o Haiti, atingida neste
sábado por dois fortes terremotos, respectivamente de magnitude 7,2 e 6,6, na
escala Richter. No momento, o balanço é de mais de 300 mortos e cerca de 2.000
feridos, mas os números estão crescendo a cada hora. Em uma mensagem o CELAM
(Conselho Episcopal Latino-americano), CLAR (Confederação Latino-americana de
Religiosos), ICE (Confederação de Educação Católica Intra-Americana), CLAMOR
(Rede Eclesial para Migrantes, Deslocados e Refugiados) e a Cáritas Continental
lançaram um apelo para "apoiar o Haiti nesta hora de incerteza e dor"
que se soma à "prolongada e complexa crise social, econômica e política
que o país está vivendo".
Terremoto no Haiti
Alto preço
Além de pagar o alto preço de um terremoto
devastador que atingiu o território em 2010, a vida da população haitiana há
muito tempo tem sido marcada pela violência, impunidade, corrupção das forças
da ordem e pobreza extrema. Um jugo muito pesado ao qual se somou recentemente
a pandemia da Covid-19, com mais de 20.000 casos de contágios e mais de 570
mortes até o momento, bem como o assassinato do presidente Jovenel Moise, que
foi morto na noite entre 6 e 7 de julho por um grupo de homens armados que
invadiram sua casa. Expressando, portanto, "afeto e comunhão para com o
povo de Deus haitiano", a Igreja latino-americana enfatiza, em particular,
o compromisso dos missionários presentes no país em favor dos "mais
necessitados e vulneráveis" que "vivem uma dura realidade nesta hora
de incerteza e aflição".
Daí o forte apelo à solidariedade: "Queremos
unir forças para acompanhá-los e ajudá-los", lê-se na mensagem,
"fazendo nossa a situação deles neste momento de emergência, a fim de
desenvolver ações pastorais conjuntas destinadas a reconstruir o tecido social,
realizar ações humanitárias para o cuidado da vida e apoiar a missão
evangelizadora da Igreja do Haiti". É "um gesto eclesial de
solidariedade que pretende ser uma expressão de comunhão e caridade em chave
sinodal", afirmam os signatários da nota conjunta.
"Unirem-se a esta causa pelo
Haiti"
O mesmo apelo é dirigido às nações da América
Latina e do Caribe, assim como a outras instituições e órgãos em todo o mundo,
para "unirem-se a esta causa pelo Haiti", pensando "não apenas
como países individuais, mas também como uma única família humana". Finalmente,
invocando a intercessão da Virgem de Guadalupe, Padroeira do continente
americano, os signatários da mensagem pedem ao Senhor para apoiar a ilha
haitiana "na fé, na esperança e na caridade". "Estamos com
vocês, somos todos haitianos", conclui a nota conjunta.
Vatican
News Service – IP
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