Dom Severino Clasen / Foto: Facebook
Arquidiocese de Maringá
Maringá, 02 set. 20 / 11:41 am (ACI).-
O Arcebispo de Maringá (PR), Dom Severino Clasen, publicou uma nota por meio da
qual recordou a proibição de membros do clero se candidatarem a cargo político
e reforçou que aqueles que o fizerem terão suspenso o “exercício das sagradas
ordens”.
O Prelado, que foi nomeado pelo Papa
Francisco para a Arquidiocese de Maringá em 1º de julho e tomou posse no último
dia 15 de agosto, recordou em sua nota “o que dispõe a
Tradição e ordena o Magistério da Santa Igreja a
respeito da identidade sacerdotal, consignada nas sábias e precisas Normas do
Código de Direito Canônico”, bem como “a Declaração dos Bispos do
Regional Sul 2 em data de 16 de março de 2016” a respeito da candidatura de
padres e diáconos permanentes.
Nesse sentido, citando o Documento de
Puebla (526), afirma que “os pastores, uma vez que devem preocupar-se com a
unidade, despojar-se-ão de toda ideologia partidária que possa condicionar seus
critérios e atitudes”.
Além disso, segundo o Código de
Direito Canônico, “os clérigos se abstenham completamente de tudo o que não
convém ao seu estado, de acordo com as prescrições do direito particular...;
são proibidos de assumir cargos políticos que impliquem participação no
exercício do poder civil (cân. 285 §1 e 3)”.
Por isso, Dom Clasen reforça em sua
nota que os ministros ordenados estão proibidos de: “Filiar-se a partidos
políticos (cân 287 §2); Pré-Candidatar, Candidatar e Disputar a cargos eletivos
(cân 285 §3); Participar de atividades político-partidárias ou cargos públicos
remunerados; Usar ou disponibilizar qualquer espaço físico da paróquia para
apoiar candidatos ou partidos políticos; Usar ou disponibilizar dos meios de
comunicação da paróquia para apoiar candidatos ou partidos políticos”.
“Suspenderei do exercício das
sagradas ordens aquele, que por decisão própria, contrariar essa proibição. A
suspensão compreende o total afastamento do ministério sacerdotal ou diaconal e
o retorno à vida pastoral após o mandato e/ou a
desobediência não será automático”, conclui.
No dia 25 de agosto, ao final
da Missa do Crisma, na Catedral de Maringá,
Dom Severino Clasen exortou a que “nenhum padre tome partido político” e
advertiu que a Igreja não é “palco” para política.
“Quem acha que tem que ser candidato,
que seja honesto, não utilize a Igreja. A Igreja não é placo para campanha
política. Se alguém usar a Igreja como palco, eu faço propaganda contra, porque
já não está sendo honesto e também não vai administrar honestamente”, afirmou.
O Arcebispo ainda indicou que “é
importante a gente ter isso bem claro, nós servimos ao Senhor. É claro, toda
injustiça deve ser denunciada. Nós estamos a serviço da misericórdia do Pai.
Então, sejamos prudentes, firmes, profetas, sacerdotes, para fazer com que o
Cristo reine pela nossa missão”.
Durante o ano passado, o nome de
Padre Leomar Antônio Montagna, conhecido como Pe. Léo, havia sido cogitado como
pré-candidato à prefeitura de Maringá pelo PT.
Fonte: ACI Digital
Nenhum comentário:
Postar um comentário