quinta-feira, 1 de novembro de 2018

REFLEXÕES SOBRE AS LEITURAS DE HOJE



1 DE NOVEMBRO DE 2018

QUINTA-FEIRA DA TRIGÉSIMA SEMANA

DO TEMPO COMUM

Cor Verde

1ª. Leitura – Ef 6, 10-20

Leitura da Carta de São Paulo aos Efésios 6,10-20

10Para terminar, irmãos, confortai-vos no Senhor, e no domínio de sua força, 11revesti-vos da armadura de Deus, para estardes em condições de enfrentar as manobras do diabo. 12Pois não é a homens que enfrentamos, mas as autoridades, os poderes, as dominações deste mundo de trevas, os espíritos do mal que estão nos céus. 13Revesti, portanto, a armadura de Deus, a fim de que no dia mau possais resistir e permanecer firmes em tudo. 14De pé, portanto! Cingi os vossos rins com a verdade, revesti-vos com a couraça da justiça 15e calçai os vossos pés com a prontidão em anunciar o Evangelho da paz. 16Tomai o escudo da fé, o qual vos permitirá apagar todas as flechas ardentes do Maligno. 17Tomai, enfim, o capacete da salvação e o gládio do espírito, isto é, a Palavra de Deus. 18Com preces e súplicas de vária ordem, orai em todas as circunstâncias, no Espírito, e vigiai com toda a perseverança, intercedendo por todos os santos. 19Orai também por mim, para que a palavra seja colocada em minha boca para anunciar corajosamente o mistério do Evangelho, 20do qual sou embaixador acorrentado. Possa eu, como é minha obrigação,
proclamá-lo com toda a ousadia. Palavra do Senhor.

Reflexão – “vencendo a tentação”

Na maioria das vezes, estamos armados (as) e exercitados (as) para encarar as situações que surgem nos nossos relacionamentos humanos e nos precavemos contra as pessoas e os perigos, como nos assaltos e nas ameaças que sofremos no dia a dia. Temos munição para enfrentar os enganadores, os que querem nos passar para trás e vivemos sempre de “orelha em pé” para não cairmos nas situações em que possamos sair perdendo. Porém, poucos de nós temos consciência do que fazer para lutar contra a principal ameaça que ronda o nosso derredor. Nesta leitura, Paulo nos instrui a enfrentar a tentação a que ele chama de “dia mau”, isto é, o impulso que nos motiva a saciar os nossos desejos humanos e, consequentemente, cair nas manobras do diabo.  Existe uma força espiritual do mal que nos atinge e age em nós, de dentro para fora. São “as manobras do diabo”, o inimigo de Deus que deseja a todo o custo nos tirar do nosso desígnio de santidade. Há uma luta espiritual dentro de cada um de nós, entre o que é de Deus e o que é da nossa carne. Porém, nunca devemos nos entregar e desistir de perseguir o bem, porque dentro de nós também há as armas que precisamos empunhar para que sejamos vencedores. Para isso, nos foi concedido uma armadura do cristão, que tem como escudo a Palavra de Deus que é a verdade e como espada, a Oração de Súplica ao Espírito Santo que é a estaca da nossa fé. A couraça da justiça é a vivência do Evangelho de Jesus Cristo no nosso dia a dia. Todas as pessoas que estão firmadas na Palavra de Deus e têm o coração ligado aos ensinamentos do Senhor, mesmo que sejam tentadas mais que as outras, têm, com certeza, o antídoto que mata o veneno de satanás. Portanto, não tenhamos medo: com preces e súplicas oremos em todas as circunstâncias, no Espírito, e vigiemos com perseverança, confortados (as) no Senhor e no domínio da sua força. – 

Você tem mais medo dos “homens” ou dos espíritos que nos fazem cair em tentação? – Você tem usado a armadura do cristão? 
– Qual é a função que a Bíblia tem tido na sua vida?

Salmo 143 (144), 1. 2. 9-10 (R. 1a)

R. Bendito seja o Senhor, meu rochedo!

1Bendito seja o Senhor, meu rochedo,
que adestrou minhas mãos para a luta, *
e os meus dedos treinou para a guerra!R.

2Ele é meu amor, meu refúgio, *
libertador, fortaleza e abrigo;
É meu escudo: é nele que espero, *
ele submete as nações a meus pés.R.

9Um canto novo, meu Deus, vou cantar-vos, *
nas dez cordas da harpa louvar-vos,
10a vós que dais a vitória aos reis *
e salvais vosso servo Davi.R.

Reflexão - É o próprio Senhor quem adestra as nossas mãos para a luta contra as forças espirituais do mal. Não precisamos fazer esforço sobre humano, mas apenas nos centralizar no louvor e na adoração ao nosso Deus. O louvor liberta o nosso coração da angústia e fortalece o nosso espírito. O Senhor submete ao Seu domínio todas as nações que tentam nos fazer mal. Por isso, o salmista O exalta, proclamando-O rochedo, fortaleza e abrigo. Assim também nós podemos afirmar.

Evangelho – Lc 13, 31-35

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 13,31-35
31Naquela hora, alguns fariseus aproximaram-se e disseram a Jesus: 'Tu deves ir embora daqui, porque Herodes quer te matar.'
32Jesus disse: 'Ide dizer a essa raposa: eu expulso demônios e faço curas hoje e amanhã; e no terceiro dia terminarei o meu trabalho.
33Entretanto, preciso caminhar hoje, amanhã e depois de amanhã, porque não convém que um profeta morra fora de Jerusalém. 34Jerusalém, Jerusalém! Tu que matas os profetas e apedrejas os que te foram enviados! Quantas vezes eu quis reunir teus filhos, como a galinha reúne os pintainhos debaixo das asas, mas tu não quiseste! 35Eis que vossa casa ficará abandonada. Eu vos digo: não me vereis mais, até que chegue o tempo em que vós mesmos direis: Bendito aquele que vem em nome do Senhor.' Palavra da Salvação.

Reflexão – “caminhando para Jerusalém”

Jesus caminhava firmemente para o desfecho final e se confrontava com os fariseus, que na sua ignorância, queriam amedronta-Lo e, assim, preveniam-no de que Herodes procurava matá-lo. No entanto, Jesus continuava firme no Seu propósito de fazer a vontade do Pai e não estava preocupado com o que Herodes poderia fazer com Ele. Afirmando que continuaria operando milagres até que seus dias chegassem ao fim Ele caminhava para a morte e sabia muito bem o que o esperava em Jerusalém, a cidade santa onde estava erguido o templo e que seria o palco dos acontecimentos que O levariam à crucificação e à morte e, depois de três dias, a ressurreição! Colocando isso na nossa vida prática   podemos tirar como mensagem o exemplo e determinação de Jesus diante da missão a que Ele se propunha. Não temeu os homens, mas permaneceu fiel ao Pai. Ele, como homem, tinha inteira liberdade para dar justificativas de afastar-se de Jerusalém porque o rei queria mata-Lo. No entanto, o Seu ideal de vida era justamente “beber o cálice” que Lhe estava destinado e, por isso, permaneceu fiel aos Seus propósitos. Jesus chorou diante das muralhas de Jerusalém lamentando a sua rebeldia e obstinação em não aceitá-Lo como Salvador. Chorou por aqueles que não O acolheram e previu para eles um tempo de abandono e dispersão.  Nós podemos também nos colocar no lugar de Jerusalém, isto é, do povo que não aceita a salvação de Jesus e não aproveita o tempo em que é visitado. Muitas vezes rejeitamos a Deus, não caminhamos segundo a Sua Palavra, não seguimos os Seus ensinamentos e perdemos o precioso tempo que estamos vivendo aqui na terra. Jesus também chora diante de nós e lamenta a nossa ignorância, mas mesmo assim, torce e espera que nós, no devido tempo, possamos ainda dizer de coração: “Bendito aquele que veio em nome do Senhor”. Todos aqueles que não acolheram Jesus como Salvador como ainda é o caso dos judeus hoje, também vivem abandonados, sem templo, a espera daquele que ainda virá.  A Jerusalém celeste é também o nosso destino, é para lá que caminhamos. Jesus Cristo abriu o caminho para nós, não precisaremos ser flagelados nem crucificados pois, Ele mesmo já o foi por nós, entretanto, até lá, haveremos de caminhar com coragem para atravessar os vales sombrios da nossa vida. 

 – Você tem desistido de assumir a salvação em vista das dificuldades? - Você tem coragem de enfrentar os "seus inimigos" como Jesus os enfrentou? – Você tem medo de se entregar pela causa do Evangelho?   - Você é uma pessoa que caminha firme para a santidade mesmo sabendo que dificuldades o (a) esperam?
- Você foge da realidade quando percebe algum indício de sofrimento?

Helena Colares Serpa,
Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho



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