REDAÇÃO
CENTRAL, 27 Ago. 17 / 05:00 am (ACI).- “Continue a rezar,
pois é impossível que se perca um filho de tantas lágrimas”. Este foi o
conselho dado por um Bispo a Santa Mônica, cuja memória litúrgica a Igreja celebra
neste dia 27 de agosto.
A santa
seguiu este conselho, não se deixou abater pelas dificuldades até ver seu
filho, Santo Agostinho, convertido. Por essa razão, tornou-se a padroeira das
mães cristãs.
Ao recordar
a vida desta
santa, em 2013, o Papa Francisco destacou o exemplo que ela deixa a tantas
mulheres que atualmente choram por seus filhos. “Quantas lágrimas derramou
aquela santa mulher pela conversão do filho! E quantas mães, também hoje,
vertem lágrimas a fim de que os seus filhos voltem para Cristo! Não percais a
esperança na graça de Deus!”, disse.
Santa
Mônica nasceu em Tagaste, atual Argélia, na África, em 331. Ainda jovem e por
um acordo dos seus pais, casou-se com Patrício, um homem violento e mulherengo. Algumas mulheres lhe perguntaram por que o seu marido nunca lhe batia, então
lhes disse: “É que, quando meu marido está de mau humor, eu me esforço por
estar de bom humor. Quando ele grita, eu me calo. E para brigar é preciso de
dois e eu não aceito a briga, pois... não brigamos”.
Suportando
tudo no silêncio e mansidão, encontrava o consolo nas orações que elevava a
Cristo e à Virgem Maria pela conversão do esposo, que
mudou de vida, batizou-se e morreu como bom cristão.
Mas a dor
dessa mulher não terminaria aí. Agostinho, seu filho mais velho, tinha atitudes
egoístas, caprichosas e não se aproximava da fé. Levava uma vida dissoluta e
ela sofria por ver o seu filho afastado de Deus. Por isso, durante anos
continuou rezando e oferecendo sacrifícios.
Agostinho
se tornou um brilhante professor de retórica em Cartago. Mais tarde, foi, às
escondidas, para Roma e depois para Milão, onde conseguiu o cargo de professor
em uma importante universidade. Em Milão começaria também sua busca por
respostas que a vida intelectual não oferecia. Abraçou o maniqueísmo e
rejeitava a proposta da fé cristã.
Mônica não
desistiu e viajou atrás de seu filho. Ela sentiu que a sua missão foi realizada
quando, tempos depois, Santo Agostinho foi batizado na Páscoa de 387. Mãe e
filho decidiram voltar para a terra natal,
mas, chegando ao porto de Óstia, perto de Roma, Mônica adoeceu e logo depois
faleceu, em 27 de agosto de 387.
O Papa
Alexandre III confirmou o tradicional culto à Santa Mônica, em 1153, quando a
proclamou padroeira das mães cristãs.
Sobre sua
mãe, Santo Agostinho, que se tornou Bispo e doutor da Igreja, escreveu: “Ela me
gerou seja na sua carne para que eu viesse à luz do tempo, seja com o seu
coração para que eu nascesse à luz da eternidade”.
No Ângelus
de 27 de agosto de 2006, o Papa Bento XVI,
recordando estes dois santos, disse: “Santa Mônica e Santo Agostinho nos
convidam a dirigirmo-nos com confiança a Maria, Sede da Sabedoria. A Ela
confiemos os pais cristãos para que, como Mônica, acompanhem com o exemplo e a
oração o caminho dos filhos”.
Fonte: ACI Dgital
Nenhum comentário:
Postar um comentário