Pe. Brendan Coleman Mc Donald, Redentorista
No dia 11 de julho de 2017 a
Igreja Católica celebra a festa de São Bento de Núrsia. Bento nasceu em Núrsia
em 480. Seus pais, de família nobre, o enviaram para Roma a fim de que se
formasse nas ciências liberais, visando uma boa colocação na magistratura.
Porém, não gostou de Roma e logo se retirou para Subíaco, uns 50 km ao leste de
Roma nos Montes Abruzos. Lá ele viveu como monge entregando-se à oração, à
meditação e à ascese cristã. Não existiam ainda, na Itália, instituições
monásticas, ao contrário do Oriente, onde já havia uma tradição a respeito.
Ficou três anos na solidão de uma gruta como eremita e monge. Depois com um
grupo de monges chegou a fundar doze mosteiros com doze monges em cada
mosteiro. De Roma vieram importantes patrícios e senadores para colocaram-se
sob sua direção. Com essas pessoas estabeleceram em Monte Cassino, no meio do
caminho entre Roma e Nàpoles, onde Bento ficou até sua morte. A expansão que
alcançou esta iniciativa monástica foi realmente impressionante. Duzentos anos
mais tarde, a Regra beneditina vigorava em toda a Europa eliminando quase todas
as outras formas de vida consagrada.
A Regra de São Bento foi a
primeira tentativa de racionalização da vida monástica de uma comunidade de
homens. Sobre o tema “ora et labora” “oração e trabalhar” organizaram “o
trabalho de Deus” distribuindo racionalmente o tempo da jornada diária.
Colocaram grande ênfase na obediência e silêncio. O trabalho era para evitar a
ociosidade. A oração levava o monge à altura da doutrina e da perfeição. Tudo
sob o olhar do abade, pai e primeiro entre iguais.
Os mosteiros beneditinos se
tornaram na Idade Média centros de espiritualidade, cultura e ciência. Vinte
três beneditinos chagaram a serem papas! Alguns quilômetros de Monte Cassino,
Santa Escolástica, irmã de São Bento, adotou a Regra para as mulheres, dando
origem às mongas beneditinas.
São Bento faleceu em Monte
Cassino em 547 no dia 21 de março, com 67 anos de idade. Sua figura histórica
deixou pegadas na literatura cristã, na arte, e especialmente sobre a vida
religiosa consagrada. Foi proclamado patrono da Europa, em 1964, por Paulo VI,
por sua contribuição e a de seus monges, para a evangelização e civilização de
diversas regiões desse continente.
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