11/07/2017 - 3ª. feira XIV semana comum
– Gênesis 32, 23-33 – “Nós também lutamos com Deus! ”
Por mais que não tenhamos consciência, a nossa luta com Deus é constante e ocorre quando a nossa vontade vai de encontro à Sua e rejeitamos as sugestões que Ele nos dá para que o Seu projeto se realize na nossa vida. Portanto, para nós, a luta de Jacó com o anjo mensageiro de Deus é uma revelação de como também acontece o combate espiritual que se trava no nosso interior, entre a nossa carne decaída pelo pecado e o nosso espírito, que deseja divinizar-se. Também pelejamos com Deus quando impomos as nossas condições de vida e queremos à todo custo que tudo aconteça de acordo com as nossas conveniências. Inconscientemente nós somos “rebeldes” e vivemos em constante batalha contra Deus. Para nosso espanto, muitas vezes somos nós os vencedores quando obstinadamente vamos às últimas consequências. Em algumas vezes, a nossa luta é tão audaz que, aparentemente, nos sentimos vitoriosos (as) e até agradecemos a Ele porque as coisas aconteceram como nós queríamos. No entanto, Deus também tem um propósito em nos deixar lutar com Ele para que alcancemos os nossos objetivos. Ele nos toca o coração e nos faz compreender a nossa capacidade de vencer e de superar obstáculos, mas também nos faz sentir que ao lutar com Ele, nunca mais seremos os mesmos, porque, de alguma forma, nós também saímos mancando. São as consequências das nossas escolhas. Entretanto, sempre irá surgir algo mais que o Senhor quer fazer em nós, mesmo quando estamos certos de que já fizemos tudo e já cumprimos com a nossa missão. O Senhor quer estar continuamente a nos formar e exercitar para a vida, a fim de construir, com a nossa ajuda, um mundo melhor. No final de tudo, mesmo que tenhamos lutado contra Ele, o Senhor nos abençoa e a experiência vivida com Ele nos sugere até um nome novo, como foi o caso de Jacó, isto é, de Israel. - Você também tem lutado com Deus? - Depois das experiências da sua vida, qual o nome que Deus lhe daria? – Na luta entre você e Deus quem tem sido o vencedor? - Há luta dentro de você, entre a sua humanidade e o seu espírito? - O que poderia significar para você a expressão: - “larga-me, pois já surge a aurora”?
Salmo 16 – “ Verei, justificado, vossa face, ó Senhor!”
O nosso coração é provado por Deus porque Ele é justo e os Seus olhos enxergam as nossas motivações. Ele conhece a obra prima que criou. Por isso, nós confiamos no Seu julgamento conscientes de que Ele é cheio de misericórdia e o Seu amor maravilhoso nos salva das nossas próprias armadilhas. Vivemos hoje a noite da nossa vida, mas a nossa alma anseia pelo novo dia, quando, ao despertarmos nos saciaremos com a presença de Deus.
Evangelho – Mateus 9, 32-38 – “somente por misericórdia e compaixão”
Jesus continuava fiel na Sua missão salvífica mesmo diante da incompreensão daqueles que opinavam que Ele estaria a serviço do “chefe dos bg demônios”, por isso, apiedava-se das pessoas por viverem abandonadas, cansadas e abatidas. Por isso mesmo, durante o tempo em que passou na terra, Ele não perdia tempo, percorrendo todas as cidades e povoados pregando o Evangelho, ensinando nas sinagogas e mostrando a todos o caminho para o reino dos céus. Ele, porém, concretizava os Seus ensinamentos curando os enfermos, expulsando os espíritos maus e libertando os oprimidos, somente por misericórdia e compaixão. Ao se deparar com as mais diversas situações de pecado e de sofrimento do povo Jesus se compadecia e enxergava a necessidade de que houvesse pessoas comprometidas com o Seu projeto de Salvação. Claramente Jesus dava a entender que viera inaugurar o tempo da misericórdia e conclamava os seus discípulos a serem trabalhadores da messe para que todos conhecessem o amor misericordioso do Pai. Hoje, também, “a messe é grande, mas os trabalhadores são poucos.” As pessoas continuam como ovelhas sem pastor, abatidas, cansadas, desanimadas, sem esperança até dentro das nossas casas, por isso, Jesus nos chama também a sermos trabalhadores (as) da Sua colheita e nos cura da timidez, do respeito humano, da falta de convicção e nos habilita para podermos falar e anunciar aos que não têm esperança, que existe solução para todos os problemas que nos assolam. Nós também podemos ser trabalhadores da messe de Cristo apenas fazendo o que Ele fazia: tudo por amor. A vivência do amor anima as pessoas abatidas, cansadas e sem esperança. O amor vence o ódio e expulsa dos corações a intriga, a divisão, a incompreensão. Se fizermos como Jesus fez, estaremos sendo trabalhadores da Sua messe. - Você acha difícil fazer tudo como Jesus fazia?- Você se considera trabalhador da messe de Cristo?- Você conhece quando as pessoas à sua volta estão desanimadas e sem esperança? – O que você diz a elas?- Em que você tem empregado o seu tempo livre?
Helena Serpa,
Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho
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