Imagem referencial / Papa
Francisco. Foto: L'Osservatore Romano
Vaticano, 30 Jul. 17 / 09:12 am (ACI).- Em suas palavras
antes da oração do Ângelus na Praça de São Pedro, no Vaticano, o Papa Francisco
assegurou que Cristo é “o tesouro escondido” que preenche nossa vida de significado.
Ao refletir sobre as parábolas do
tesouro escondido e da pérola preciosa, no capítulo 13 do Evangelho de Mateus,
o Sato Padre disse que Cristo é “o tesouro escondido, é Ele a pérola de grande
valor. Ele é a descoberta fundamental que pode dar uma reviravolta decisiva à
nossa vida, preenchendo-a de significado”.
Estas duas parábolas, destacou o
Papa, “destacam a decisão dos protagonistas de vender qualquer coisa para obter
o que descobriram”.
“No primeiro caso se trata de um
camponês que casualmente encontra um tesouro escondido no campo onde está
trabalhando. Não sendo o campo de sua propriedade, deve compra-lo se quiser o
tesouro. Portanto, decide arriscar todos os seus pertences para não perder
aquela ocasião realmente excepcional”, recordou.
Na segunda parábola, assinalou,
“encontramos um comprador de pérolas preciosas. Ele, por ser um profissional,
identificou uma pérola de grande valor. Também ele decide apostar tudo naquela
pérola, ao ponto de vender todas as outras”.
“Essas semelhanças evidenciam duas
características sobre a posse do Reino de Deus: a busca e o sacrifício. É
verdade que o Reino de Deus é oferecido a todos, é um presente, mas não é
colocado à disposição em um prato de prata. Requer um dinamismo: trata-se de
buscar, caminhar, mexer-se”.
Francisco sublinhou que “a atitude de
busca é a condição essencial para encontrar. É preciso que o coração arda de
desejo de alcançar o bem precioso, ou seja, o Reino de Deus que se faz presente
na pessoa de Jesus”.
“Diante da descoberta inesperada,
tanto o camponês quanto o comprador percebem que têm diante de si uma ocasião
única que não podem perder e, por isso, vendem tudo o que possuem”, destacou.
O Papa ressaltou que “o valor
inestimável do tesouro” implica para ambos os protagonistas das parábolas
“sacrifício, distanciamentos e renúncias”.
“Quando o tesouro e a pérola foram
descobertos, isto é, quando encontramos o Senhor, é necessário não deixar
estéril esta descoberta, mas sacrificar a ela qualquer outra coisa”, disse.
O Santo Padre indicou que “não se
trata de desprezar o resto, mas de subordiná-lo a Jesus, colocando Ele em
primeiro lugar. A graça em primeiro lugar”.
“O discípulo de Cristo não é alguém
que se privou de algo essencial, é alguém que encontrou muito mais: encontrou a
alegria evangélica dos doentes curados, dos pecadores perdoados, do ladrão a
quem se abre a porta do paraíso”.
Francisco destacou que “a alegria do
Evangelho preenche o coração e a vida inteira dos que se encontram com Jesus.
Aqueles que se deixam salvar por Ele foram livrados do pecado, da tristeza, do
vazio interior, do isolamento. Com Jesus Cristo sempre nasce e renasce a
alegria”.
O Papa exortou a descobrir “a
proximidade e a presença consoladora de Jesus na nossa vida. Uma presença que
transforma o coração e nos abre às necessidades e ao acolhimento dos irmãos,
especialmente dos mais fracos”.
Ao finalizar sua mensagem, o Santo
Padre incentivou os fiéis a pedir a intercessão da Virgem Maria, “para que
cada um de nós saiba testemunhar, com as palavras e os gestos cotidianos, da
alegria de ter encontrado o tesouro do Reino de Deus, isto é, o amor que o Pai
nos deu mediante Jesus”.
Fonte:
ACI Digital
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