REDAÇÃO CENTRAL, 15 Jul. 17 / 05:00 am (ACI).-
“O gozo espiritual é o melhor sinal de que a graça habita em uma alma”,
escreveu uma vez São Boaventura, Doutor da Igreja,
conhecido como “Doutor Seráfico”, por seus escritos cheios de fé e amor ao
Senhor. Sua festa é celebrada neste dia 15 de julho.
São Boaventura nasceu na
Itália por volta de 1221. Depois de tomar o hábito da ordem franciscana,
estudou na Universidade de Paris (França). Posteriormente, ensinou Teologia e Sagrada
Escritura nesse mesmo centro de estudos.
Dedicava muito tempo à oração
e seu rosto alegre e sereno era o reflexo de sua alma. Entretanto, começou a se
considerar indigno, cheio de faltas, e algumas vezes se abstinha de comungar,
embora sua alma desejasse receber a Eucaristia com todo seu amor. Mas, Deus lhe mostrou sua misericórdia e teve uma revelação divina em que
recebeu a comunhão. Desde aquele dia, São Boaventura comungou normalmente e
depois se preparou para receber a ordem sacerdotal.
Compôs seu “Comentário às
Sentenças de Pedro Lombardo”, que é uma grande suma de teologia escolástica. “A
maneira como se expressa sobre a teologia, indica que o Espírito Santo falava
por sua boca”, dizia o Papa Sisto IV sobre esta obra.
Nessa época, foi desencadeado
um ataque de alguns professores da Universidade de Paris contra os
franciscanos, produto da inveja e desconforto que geravam os êxitos pastorais
da vida santa
dos membros da ordem.
O Papa interveio e, depois de
uma investigação, devolveu aos filhos de São Francisco suas cadeiras. Em 1257,
São Boaventura e Santo Tomás de Aquino receberam o título de doutores.
São Boaventura foi eleito
superior geral dos frades menores e assumiu uma ordem dividida entre os que
pediam uma severidade inflexível e os que desejavam que se mitigasse a regra
original. Dessa maneira, o santo começou a escrever a vida de São Francisco de
Assis.
Em uma ocasião, Santo Tomás
de Aquino foi visitar Boaventura quando escrevia sobre “o pobre de Assis”. Ao
chegar, encontrou-o em sua cela em plena contemplação e Santo Tomás se retirou
dizendo: “Deixemos um santo trabalhar por outro santo”. Esta obra biográfica se
chamou “Lenda Maior”.
Foi nomeado Cardeal Bispo de
Albano e chamado imediatamente para Roma. O Papa Gregório X lhe encomendou a
preparação dos temas do Concílio ecumênico de Lyon sobre a união com os gregos
ortodoxos, no qual participou ativamente.
Renunciou a seu cargo de
superior geral da ordem e pouco tempo depois partiu para a Casa do Pai, na
noite de 14 para 15 de julho de 1274, em Lyon.
Fonte: ACI Digital
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