Papa reza o Ângelus. Foto: Daniel Ibáñez / ACI
Prensa
Vaticano, 16 Jul. 17 / 09:15 am (ACI).- Milhares de pessoas
rezaram neste domingo o Ângelus com o Papa Francisco, o qual em sua breve
reflexão falou sobre a parábola do Semeador e convidou a não deixar sufocar a
presença de Deus pelos vícios do mundo e as ambições de poder e riqueza.
“Perguntemo-nos se o nosso coração
está aberto para acolher com fé a semente da Palavra de Deus. Perguntemo-nos se
em nós as pedras da preguiça são ainda numerosas e grandes. Devemos encontrar e
chamar por nome as sarças dos vícios”, disse o Papa.
Sobre a figura do Semeador, disse que
é Jesus que “propaga com paciência e generosidade a sua Palavra, que não é uma
gaiola ou uma emboscada, mas uma semente que pode dar fruto. E como pode dar
fruto? Se nós a acolhemos”, explicou.
Francisco afirmou que Jesus realiza
uma “radiografia espiritual do nosso coração, que é o terreno sobre o qual cai
a semente da Palavra”. “O nosso coração, como um terreno, pode ser bom e então
a Palavra dá fruto, mas pode ser também duro, impermeável. Isso acontece quando
ouvimos a Palavra, mas ela bate com força sobre nós, como numa estrada”.
“Entre o terreno bom e a estrada
existem dois terrenos intermédios que, de várias medidas, podem, nós podemos
ser”.
O Papa disse que o primeiro é o
“pedregoso”: “é o coração superficial, que acolhe o Senhor, quer rezar, amar e
testemunhar, mas não persevera, se cansa e nunca decola. É um coração sem
consistência onde as pedras da preguiça prevalecem sobre a terra boa, onde o
amor é inconstante e passageiro”.
O outro tipo é o “espinhoso”, “cheio
de sarças que sufocam as plantas boas”. “O que essas sarças representam?”,
perguntou-se. “A preocupação do mundo e a sedução da riqueza”.
“As sarças são os vícios que lutam
com Deus, que sufocam a presença: sobretudo os ídolos da riqueza mundana, o
viver com avidez, para si mesmo, para o ter e o poder”.
O Bispo de Roma assegurou, então, que
“se cultivamos essas sarças, sufocamos o crescimento de Deus em nós. Cada um
pode reconhecer as suas pequenas ou grandes sarças que não agradam a Deus e
impedem de ter um coração limpo”.
“Jesus nos convida hoje a nos
olharmos por dentro, a agradecermos pelo nosso terreno bom e a trabalharmos os
terrenos que ainda não são bons”.
O Papa convidou os fiéis a encontrar
“a coragem de recuperar o terreno, levando ao Senhor na confissão e na oração
as nossas pedras e nossas sarças”.
Ao terminar, o Santo Padre recordou
que hoje é celebrada Nossa Senhora do
Carmo, “insuperável em acolher a Palavra de Deus e colocá-la em
prática” e pediu que “nos ajude a purificar o coração e conservar nele a
presença do Senhor”.
Fonte:
ACI Digital
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