Para anunciar o Evangelho ao povo de Moçambique e, em especial, colaborar com a formação cristã dos jovens desse país, a Comunidade Católica Shalom enviará um grupo de cerca de cinco missionários até o final do ano para Maputo, a capital moçambicana. Na África, a Comunidade já está presente em Madagascar, Tunísia e Argélia. Está prevista também a fundação da missão de Cabo Verde.
Os jovens moçambicanos são o alvo da esperança do país devastado por sucessivas guerras. O arcebispo de Maputo, dom Francisco Chimoio, “aposta” neles como reconstrutores da sociedade.
“Se convertidos ao Evangelho, eles saberão conduzir bem o país rumo ao futuro. A evangelização é uma resposta para a geração atual e para as futuras gerações”, afirma o assistente internacional da Comunidade Shalom, padre Cristiano Pinheiro. Ele visitou já neste ano o país para, junto à diocese local, preparar a chegada dos missionários.
Os missionários colaborarão com a Pastoral Universitária. Na viagem a Maputo, padre Cristiano e o acompanhador regional das missões do Shalom na Itália, Júnior Alves, conheceram a arquidiocese de norte a sul, para que a Comunidade entenda bem a realidade local. Esse conhecimento é fundamental para que responda adequadamente às necessidades do povo, em comunhão com as iniciativas que já são desenvolvidas pela Arquidiocese, mas a partir de seu carisma próprio.
“Nós percebemos que a Comunidade vai ser como uma escola de oração, que o diferencial será a nossa espiritualidade, o nosso Caminho da Paz. Desejamos ser uma resposta como uma escola de oração para os jovens”, destaca padre Cristiano.
Paz na terra
Moçambique está localizado na costa sudeste africano e é o 34º maior país do mundo. Foi território de Portugal durante quatro séculos, tendo obtido sua independência em 1975, depois de vários anos de guerra. Dois anos mais tarde, o país mergulhou novamente em conflitos, uma guerra civil que durou até 1992. Em 1994, realizou suas primeiras eleições multipartidárias e manteve-se como uma república presidencial relativamente estável desde então. No entanto, Moçambique ainda sente os efeitos de tantos conflitos. O país continua sendo um dos mais pobres e subdesenvolvidos do mundo.
“Essas sucessivas guerras indicam uma sociedade que precisa de paz”, afirma padre Cristiano. E o Shalom, essa palavra hebraica, designa a paz, a verdadeira paz, que é a pessoa de Jesus Cristo e a reconciliação que Ele faz nos corações. “Os homens de Moçambique guerrearam entre si, e a paz, o Shalom, é a resposta para eles, para uma harmonia e reconciliação dos homens entre si e dos homens com Deus. Então, nós acreditamos que não é somente uma paz em nível espiritual, mas que do espírito transbordará no tecido da sociedade”, conclui.
Assista:
Emanuele Sales
Fonte: Site da Comunidade Shalom
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