sexta-feira, 28 de agosto de 2009

ASSEMBLEIA REFLETE AS COMUNIDADES ECLESIAIS DE BASE DO NORTE DO BRASIL

Encerra na manhã de hoje, 28, a 32ª Assembleia do Regional Norte 2 da CNBB (Pará e Amapá) que tem como tema “Comunidades Eclesiais de Bases: Comunhão de Vida e Missão” e o lema: “Não sentíamos o nosso coração arder?”. A assessoria foi feita pelo professor e assessor do Setor CEBs da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Sérgio Coutinho e pelo bispo de Macapá (AP), dom Pedro Conti.
De acordo com assessor da CNBB, Sérgio Cotinho, a escolha da temática atende a proposta do documento de Aparecida que convoca todos os cristãos católicos a colocar a Igreja em estado permanente de missão. “E para que isso aconteça é fundamental que a reestruturação da organização da pastoral. As estruturas atuais da Igreja, de certa forma são meio que um impedimento para que ela se movimente. Quem é missionário tem que caminhar. Ir ao encontro da sociedade, do mundo, dos católicos afastados. E as estruturas são muito travadas, antigas. É preciso rever essas estruturas e nada melhor que retomar a caminha das CEBs da Igreja no Brasil”.
De acordo com Sérgio, a caminhada das CEBs no Brasil, tem início em 1962 quando a Igreja fez seu plano de emergência para o Concílio Vaticano II e já se falava da necessidade de rever as estruturas paroquiais. “As CEBs tiveram papel fundamental em todo o processo de redemocratização do Brasil na luta pelos direitos humanos, muitos membros das CEBs deram a própria vida pela causa do reino, da justiça e dignidade humana e aí setores conservadores da sociedade começaram a criticar dizendo que isso não era função da Igreja, que era questão muito política”, explicou.
Para o professor, a 32ª Assembléia do Norte II representa uma nova oportunidade de repensar as Comunidades. “Parece ser novo tempo de sopro do Espírito para que as CEBs voltem ao que nunca deixaram de ser, com aquela proposta de ser Igreja no continente latino americano, mas com uma nova forma de ser Igreja, realizando aquele trabalho lá nas bases nas comunidades ribeirinhas, de pescadores, comunidades indígenas, quilombolas, na periferia da cidade. Acho que o Regional Norte 2 está de parabéns por ter escolhido esse tema que mexe com nossas estruturas”.
Participam da Assembléia, bispos do regional, coordenadores e representantes de grupos, pastorais, e organismos das 14 dioceses e prelazias do Norte II.
CNBB

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