Cornélio governou a Igreja de Roma de 251 a 253 entre as dificuldades causadas pela perseguição de Décio. Com longaminidade evangélica tomou uma atitude branda em relação àqueles que não tinham corajosamente confessado a fé (lapsos, caídos). Contra ele formou-se um cisma, mas Cipriano colocou-se ao lado de Cornélio. O papa exilado, morreu em junho de 253.
Cipriano, famoso orador, convertido a Cristo aos trinta e cinco anos, em 249 foi eleito bispo de sua cidade e pôs-se fervorosamente a organizar a Igreja da África. Foi grande mestre de moral cristã. Seus escritos, especialmente as cartas, são preciosa documentação sobre a fé e o culto no século III. Com Tertuliano, criou o latim cristão. A liturgia, unindo no culto Cornélio e Cipriano, lembra-nos os estreitos vínculos que uniam as Igrejas nos primeiros séculos. À África cristã devemos provavelmente as primeiras versões da Bíblia em latim, quando Roma a usava ainda em grego.
O epistolário dos dois santos evidencia a extraordinária consonância de idéias entre Roma e Cartago. Em particular, surge luminosamente clara a concepção de "Igreja" construída pela Eucaristia.
(MISSAL ROMANO, DA Paulus)
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