origens
Romano de Trastevere, filho
de escravos, São Calisto não teve vida fácil. Ele está sepultado com efeito na
igreja de Santa Maria, em Trastevere, e não nas catacumbas que levam seu nome.
Administrador pouco habilidoso
O cristão Carpóforo, da família do imperador Cômodo, havia lhe
confiado a administração dos bens da comunidade cristã. Não foi um hábil
administrador e, descoberto um grande desfalque, Calisto fugiu.
Capturado em Óstia, a ponto de zarpar, foi condenado a girar a
roda de um moinho. Carpóforo mostrou-se generoso, condenando-o a pagar o
débito, mas a justiça seguiu seu curso. Foi condenado à flagelação, depois,
deportado para as minas da Sardenha.
São
Calisto I: de Condenado a Papa da Igreja
A Liberdade
Libertado, o Papa Vítor ocupou-se pessoalmente dele — sinal de que
Calisto desfrutava de certa fama, furto à parte. Para desviá-lo da tentação,
fixou-lhe um ordenado. O sucessor Zeferino foi igualmente generoso: ordenou-o
diácono e confiou-lhe a guarda do cemitério cristão na via Ápia Antiga (as
célebres catacumbas conhecidas em todo o mundo com seu nome).
Missão: Cemitérios da Igreja
O Papa Zeferino, no entanto, o chamou de volta à Roma,
confiando-lhe os cuidados dos cemitérios da Igreja. Assim começou a escavação
do grande cemitério ao longo da Via Appia que leva seu nome.
Eleito Papa
Com a morte de Zeferino, Calisto foi eleito Papa. Mas seu
pontificado atraiu as inimizades de uma ala da comunidade cristã de Roma que o
acusou falsamente de heresia.
Opositores
Ele teve muitos opositores entre os cristãos dissidentes de Roma
e, justamente, de um escrito do líder desses cristãos separados, um antipapa.
Por essa razão, temos quase todas as notícias sobre ele apresentadas, porém, de
forma tendenciosa. Lemos que, antes de se tornar Papa, ele era escravo e
fraudador. Tendo fugido para Portugal, foi preso e levado de volta a Roma, onde
foi condenado a trabalhos forçados nas minas da Sardenha. Retornando a Roma por
ocasião de uma anistia, ele foi enviado para Anzio.
Páscoa
São Calisto coroou a vida com o martírio, como bom Pastor que dá a
vida pelas suas ovelhas. Segundo a tradição mais segura, morreu numa revolta
popular contra os cristãos e foi lançado a um poço. Mais tarde, deram-lhe
sepultura honorífica no Cemitério de Calepódio, na Via Aurélia, junto do lugar
do seu martírio. Assim se explica não ter sido enterrado na grande necrópole
que ele próprio ampliara e onde foram enterrados São Zeferino e os Papas
seguintes, na parte chamada precisamente Cripta dos Papas.
O Legado de São Calisto I
A Construção da Cripta
Uma das metas obrigatórias para os peregrinos e turistas que se
dirigem à Roma são as catacumbas. Particularmente célebres e frequentadas são
as de São Calisto, definidas pelo Papa João XXIII “as mais respeitáveis e as
mais célebres de Roma”. Numa área de mais de 120.000 m², com quatro andares
sobrepostos, foi calculado que lá existem não menos de 20 quilômetros de
corredores.
Importância da Cripta
Essa obra colossal fixa para sempre a memória de São Calisto, que
cuidou de sua realização, primeiro como diácono do Papa Zeferino, e depois como
o próprio Papa. Mas além das dimensões, este lugar é precioso pelo grande
número e pela importância dos mártires que ali foram sepultados, e
particularmente célebres são a cripta de Santa Cecília e a contígua à dos
papas, na qual foram sepultados o Papa Ponciano Antero, Fabiano entre outros.
Relíquia
O túmulo dele está colocado bem no meio da Roma antiga, na
basílica de Santa Maria in Trastevere, que, construída por determinação do Papa
Júlio, na metade do século IV, foi intitulada também de São Calisto.
Minha oração
“Ao
Papa santo e pastor da Igreja, rogai pelos fiéis espalhados pelo mundo e não os
deixeis abandonados sem pastores. Atrai vocações para o seguimento radical de Cristo
assim como novos sacerdotes. Que sejamos santos à imagem de Jesus, Bom pastor.
Amém!”
São Calisto I, rogai por nós!
Fonte: Canção
Nova Notícias
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