O que é a
esperança, ou melhor, quem é a sua esperança? Nesta pregação Moysés falou da
esperança que é viva, que é Jesus ressuscitado, que nos conduz a viver de uma
forma diferente da lógica natural. Lançamos a nossa esperança, como uma âncora,
não no fundo do mar, mas no céu; e por esta esperança, atraímos o céu para a
nossa vida cotidiana.
FOTO: COMSHALOM | FÓRUM SHALOM 2023
O fundador da Comunidade Católica Shalom, Moysés Azevedo,
pregou na manhã deste domingo (10), no Fórum Shalom trazendo aos participantes
uma nova oportunidade de refletir sobre a virtude da esperança. Com o tema da
‘esperança viva’, Moysés, falou da esperança como força de ressurreição e de
testemunho.
“A esperança não é
algo, a esperança é alguém, é uma pessoa. Sabemos que ela é uma virtude
teologal, mas ela vem de uma pessoa e é uma pessoa. A esperança é Jesus
Cristo”.
Ao falar da esperança que é Jesus, Moysés afirmou que , “desde
a criação existia em nós a esperança em potência” e que foi o
caminho da salvação que nos permitiu transformá-la em ato: “Jesus
ressuscitado é a nossa esperança, ele nos abriu as portas da plena felicidade“.
“A esperança é a mais
humilde das virtudes, mas é a mais forte. A nossa esperança tem um rosto, o
rosto do Senhor ressuscitado que vem com grande poder na glória” – Papa
Francisco
Além de manifestar grande poder, podemos experimentar também uma
grande ternura e doçura da parte de Deus. Ele é onipotente, nos ama de forma
incondicional e é fiel. Diante de tanto amor derramado sobre nós por esses
atributos de Deus, somos convidados e não olhar o mundo de forma natural,
porque o Senhor ressuscitado nos dá uma nova forma de olhar o mundo. Como não
nos alegrar e encher de esperança diante do cuidado de um Deus tão grandioso?
Por isso podemos afirmar que não fomos destinados à morte e a desesperança,
podemos afirmar: “eu não sou só, nem inútil, nem abandonado“.
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Nossa âncora
Utilizando a figura da âncora para falar da esperança, Moysés
citou a Carta aos Hebreus e o catecismo da Igreja, para dar um caminho vivo e
progressivo ao cristão que cultiva essa virtude. O Catecismo da Igreja diz que
“a esperança é a ancora da alma, inabalável e segura que penetra onde entrou
Jesus como nosso precursor”. Podemos então nos perguntar: onde Jesus entrou?
Ele entrou na eternidade, no céu, por isso a nossa âncora não se fixa no fundo
do mar, como naturalmente se poderia pensar; nossa âncora vai fixar-se no céu,
porque nossa esperança viva nos faz enxergar nossa vida de forma sobrenatural.
“A
esperança faz com que eu traga a eternidade para o meu hoje. Eu trago a
potência da ressurreição para a vida ordinária“. Olhar a vida sob a
ótica da esperança cristã, nos ajuda a ter uma nova atitude em relação ao nosso
cotidiano, os pequenos acontecimentos podem ser preenchidos pela eternidade,
porque se estou ancorado no céu, eu trago o céu para a minha vida.
A esperança também nos dá um caminho seguro para a alegria. É
necessário testemunhar que nossa esperança está fixa na vida eterna de forma
alegre, transparecendo a todos que estão ao nosso redor que a nossa busca é
feliz, que nossa esperança não é vã: “Você não é dono das suas emoções, mas é
dono dos músculos da sua face. Sua face não é sua, é dos outros. Isto não é
falsidade, é caridade”.
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Teresinha do Menino Jesus
Moysés trouxe o exemplo do mártir vietnamita Paulo Le-Bao-Thin,
que foi preso e, mesmo vivendo em um contexto terrível, conseguia encontrar
esperança:
“Este cárcere é
realmente a imagem do inferno eterno: além de suplícios de todo o gênero, tais
como algemas, grilhões, cadeias de ferro, tenho de suportar o ódio, as
agressões, calúnias, palavras indecorosas, repreensões, maldades, juramentos
falsos, e, além disso, as angústias e a tristeza. Mas Deus, que outrora
libertou os três jovens da fornalha ardente, está sempre comigo e libertou-me
destas tribulações, convertendo-as em suave doçura, porque é eterna a sua
misericórdia. […] Escrevo todas estas coisas, para que estejam unidas a vossa e
a minha fé. No meio da tempestade,
lanço a âncora que me permitirá subir até ao trono de Deus: a esperança viva
que está no meu coração” – Paulo Le-Bao-Thin.
“O grande segredo da vida é fixar a esperança no Senhor. Ela nos
faz ter a força e a potência para viver os desafios da vida, já com a certeza
da vitória. Pela esperança, a vitória já nos foi dada”, afirma o fundador.
Devemos olhar os desafios da vida com os óculos da esperança cristã e nos
lembrar que só Deus pode transformar o mal em bem pela fé em Cristo.
Oração, perseverança e caridade
O Catecismo também nos ensina que “a esperança exprime-se e
nutre-se na oração”. Pela oração sou introduzido no céu e eu levo ao céu
aqueles por quem eu rezo. Só reza quem tem esperança. Eu lanço meu olhar para o
céu e minha esperança se nutre. Quanto mais eu rezo, mais aumenta a minha esperança,
mais desejo o céu, mais o meu coração se dilata e enche de amor divino. “A
oração é a esperança em ato”, afirmou Moysés. Eram esses os ‘desejos imensos’
que Santa Teresinha trazia em seu coração, a sua esperança na santidade a fazia
aspirar grandes coisas. “A esperança torna-se sinônimo de desejo de santidade
quando compreendemos que Deus nos comunica sua santidade”. Quanto mais
entramos na presença de Deus, mais aumenta em nós o desejo de santidade. É o
próprio Deus que faz este desejo crescer. A esperança na santidade nunca é vã,
devemos tomar cuidado com a ausência desta virtude, pois o desespero e a
desesperança na santidade é obra do demônio.
Devemos nos lembrar sempre que a esperança cristã não é aquela
natural, ela não engana! E como ela não engana e é viva, algo pode mudar em
nossa vida a qualquer momento, hoje, agora! A esperança protege contra o
desânimo e o abatimento. Ela não é passiva, porque se nós cremos na potência da
vida, não somos nós que fazemos crescer, mas cooperamos com a ação da graça.
Contando o testemunho de conversão de Charles Péguy, que era ateu e se
converteu, Moysés falou sobre a esperança que nos faz perseverar. Charles, após
sua experiência com Deus, intercedia pela conversão de sua esposa e para que
ela permitisse que seus filhos fossem batizados. Ele continuou intercedendo e a
graça só foi alcançada após a morte dele. No tempo de Deus, o fruto de
perseverar na esperança sempre vem! É esta perseverança que não nos permite
desistir, que nos faz continuar: “A vida cristã é isso, recomeçar todos os
dias. Porque eu espero na graça de Deus, e posso sempre recomeçar”.
A esperança traz um estilo divino para a nossa vida, isso
significa não viver para si mesmo e sim viver para Deus e para os outros:
“Antecipamos a caridade do céu na nossa vida”. Vivemos em um mundo desesperado,
que investe no que passa. Precisamos anunciar a razão da nossa esperança.
Quem sabe em quem colocou a esperança não é indiferente a alguém, sente-se um
distribuidor da esperança. Não podemos perder a esperança em ninguém, porque
Deus não perde a esperança em nós. Devemos olhar os jovens, os pobres, cada um,
com a esperança do Ressuscitado. “Devemos dar a esperança que recebemos”.
Acompanhe trecho da pregação “Uma esperança viva”,
com Moysés Azevedo:
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