Em um telegrama assinado pelo secretário de Estado, cardeal Parolin, o Pontífice assegura sua proximidade e orações a quem perdeu entes queridos e as próprias casas e encoraja todos os envolvidos no esforço de socorro. À medida que o número de mortos aumenta, expressões de solidariedade estão chegando de todo o mundo. A Conferência Episcopal Italiana destinou 300 mil euros como "uma forma ajuda imediata".
Vatican News
O
Papa Francisco expressa a sua "dor" pelas centenas de vítimas do
terremoto de magnitude 7 que atingiu "violentamente" a região de
Marrakech, no Marrocos: cerca de 820 mortos até o meio-dia deste sábado (9) e
mais de 600 feridos. Em um telegrama assinado pelo cardeal Pietro Parolin,
secretário de Estado, o Pontífice disse estar "entristecido" por essa
catástrofe natural e assegurou sua "comunhão orante" e "profunda
solidariedade" com "aqueles que são tocados na carne e no coração por
essa tragédia" registrada na noite desta sexta-feira (8). O Papa reza
pelos mortos, pela cura dos feridos e pelo consolo daqueles que "choram a
perda de seus entes queridos e de das próprias casas".
O
Santo Padre, ainda diz o telegrama, "reza para que o Altíssimo apoie os
marroquinos nessa provação e oferece seu encorajamento às autoridades civis e
aos serviços de socorro". O Papa invoca a todos a bênção divina como
"sinal de conforto".
Aumento do número de
mortos
O
primeiro tremor do terremoto ocorreu às 23h11 de sexta-feira, 8 de setembro. O
epicentro foi localizado a 16 quilômetros do vilarejo de Tata N'Yaaqoub, na
região de Marrakech. O número de mortos aumenta a cada hora e, ao meio-dia
deste sábado (9), já eram 820 as vítimas fatais, de acordo com o balanço
divulgado pelo ministro do Interior. Os feridos são pelo menos 672, 205 dos
quais estão em estado grave. Fotos e vídeos de casas destruídas e pessoas nas
ruas estão circulando nas redes sociais e sites de notícias. Enquanto isso, do
país vem o apelo por doações urgentes de sangue.
A solidariedade da
Conferência Episcopal Italiana
Houve
inúmeras expressões de solidariedade de governos de todos os países do mundo,
inclusive da Ucrânia. A Igreja também entrou em campo imediatamente, por meio
da Caritas. A Conferência Episcopal Italiana (CEI) anunciou que decidiu,
"como forma imediata de ajuda", doar 300 mil euros dos fundos 8xmille que
os cidadãos destinam à Igreja Católica. "Às irmãs e aos irmãos do
Marrocos, enviamos nossas mais profundas condolências e nossa proximidade.
Estando próximos da população atingida por esse trágico evento, rezamos pelas
vítimas e suas famílias", diz o cardeal Matteo Zuppi, arcebispo de Bolonha
e presidente da CEI. "Também asseguramos o apoio de nossas Igrejas,
abraçando todos aqueles que foram afetados por essa calamidade e a comunidade
marroquina na Itália ferida em seus afetos."
O
repasse da CEI, por meio da Caritas Italiana, deve ajudar a atender às
primeiras necessidades, segundo um comunicado. A Caritas Italiana - que há
muitos anos colabora com a Caritas no Marrocos em vários projetos em favor de
pessoas particularmente vulneráveis, como migrantes e menores desacompanhados -
está constantemente acompanhando as notícias que chegam do país do norte da
África para monitorar a situação e avaliar as intervenções mais urgentes.
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