"Uma viagem ao centro da Europa onde continuam soprando os ventos gelados da guerra, enquanto os deslocamentos de tantas pessoas colocam na ordem do dia questões humanitárias urgentes", havia dito o Papa no Regina Coeli do último domingo, ao pedir orações por sua peregrinação à Hungria, concluída neste domingo.
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No final da
tarde deste domingo o Papa despediu-se da Hungria. Da Universidade Católica
Péter Pázmány, onde encontrou o mundo acadêmico e universitário, o Pontifície
deslocou-se ao Aeroporto Internacional de Budapeste, distante 20 km, onde
foi acolhido na pista pela presidente Katalin Novák, pelo vice-primeiro
ministro e por crianças que agitavam bandeiras do Vaticano e da Hungria. O
Santo Padre recebeu uma rosa branca, agradecimentos por sua vista e
generosidade e saudou o séquito local e a delegação húngara, sendo o último a
embarcar. Não houve discursos. O voo A320 da ITA Airways decolou às 18h08.
Atento à
situação atual, o Papa visitou o país como "construtor de pontes entre os
povos", com um olhar voltado a um futuro de paz e fraternidade, a paz que
foi um tema recorrente em seus pronunciamentos (6 no total, incluindo a homilia
da Missa desta manhã). A Hungria faz fronteira com a Ucrânia e acolhe
milhares de refugiados da guerra.
Em sua
alocução antes de rezar o Regina Coeli na manhã deste
domingo, pediu à Virgem Santa para "infundir nos corações dos homens
e dos líderes das nações o desejo de construir a paz, de dar às jovens gerações
um futuro de esperança, não de guerra; um futuro cheio de berços, não de
túmulos; um mundo de irmãos, não de muros.
"Tomar
a vida em suas próprias mãos para ajudar o mundo a viver em paz" foi por
sua vez seu convite aos cerca de 12.000 jovens reunidos no Palácio dos Esportes
de Budapeste. “O zelo pela missão é anestesiado pelo nosso viver na segurança e
na comodidade, enquanto a poucos quilômetros daqui a guerra e o sofrimento
estão na ordem do dia”, sublinhou o Pontífice que, entre os testemunhos dos
jovens, ouviu também o deTodor Levcsenko, de 17 anos, da Eparquia de
Munkachevo, na Ucrânia.
E foi na
história húngara, seus personagens ilustres, seus santos e em suas raízes
cristãs que o Pontífice buscou inspiração em seus pronunciamentos para
encorajar o presente a ter esperança em um futuro de paz e fraternidade entre
os povos.
Cumprida sua missão nesta que foi a 41ª Viagem Apostólica de seu Pontificado, Francisco deverá chegar ao aeroporto Ciampino, em Roma, pouco antes das 20 horas, horário local. Durante o trajeto, terá lugar o já tradicional encontro com os jornalistas.
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