A Paróquia São João Eudes abriu, ontem, dia 29 de fevereiro,
nas capelas Nossa Senhora da Libertação e Divina Misericórdia, e e está dando
continuidade hoje, nas Capelas Menino
Deus (Matriz), Santa Luzia e Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, a Campanha da Fraternidade
do ano de 2020, proposta pela
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil
que tem como tema: Fraternidade e Vida: Dom e Compromisso e como Lema: “ Viu,
sentiu compaixão e cuidou dele”.
A Paróquia São João Eudes dentro das diretrizes de sua ação
pastoral para o triênio 2020-2023 tem como lema ser uma paróquia encarnada em Cristo,
renovada pelo seu amor e
missionária para anunciar a Boa Nova.
A Campanha da Fraternidade deste ano vem ao encontro da meta específica
da Diakonia, isto é do serviço aos irmãos, ser uma comunidade eclesial comprometida e
solidária com as necessidades e urgências das pessoas que habitam nos seus
limites, agindo com os mesmos
sentimentos do Cristo, Bom Samaritano,
que ouve o grito daqueles que estão com
fome, tem frio e permanecem em condições impróprias para os seres humanos.
Dentre os ricos textos bíblicos para iluminar nossa Quaresma
o texto do Bom Samaritano vai ser a referência para a Paróquia São João Eudes
em tudo o que ela vier a rezar, refletir e agir: “ Um doutor da Lei se levantou
e, para experimentar Jesus, perguntou:
Mestre que devo fazer para herdar a vida eterna? Jesus lhe disse: “ Que está
escrito na Lei? Como lês?” Ele
respondeu”: “ Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, com toda a tua
alma, com toda a tua força e com todo o teu entendimento,: e a teu próximo como
a ti mesmo!” Jesus lhe disse: Respondeste corretamente. Faze isto e viverás”.
Ele, porém, querendo justificar-se, disse a Jesus: “E quem é o meu próximo?
Jesus retomou: “ Certo homem descia de Jerusalém para Jericó e caiu nas mãos de
assaltantes, que lhe arrancaram tudo, espancaram-no e foram embora, deixando-o
meio morto. Por acaso descia por aquele caminho um sacerdote, mas ao ver o
homem passou longe. Assim também um levita: chegou ao lugar, viu o homem, e seguiu
adiante pelo outro lado. Um samaritano, porém que estava viajando,
chegou perto dele e ao vê-lo, moveu-se de compaixão. Aproximou-se dele, e tratou-lhe as feridas derramando nelas
azeite e vinho. Depois, colocou-o sobre seu
próprio animal e o levou a uma hospedaria, onde cuidou dele. No dia
seguinte, pegou dois denários e deu-os ao dono da hospedaria, recomendando:
Cuida dele, e o que gastares a mais, eu o pagarei quando voltar. No teu
parecer, qual dos três fez-se o próximo do homem que caiu nas mãos dos
assaltantes? Ele respondeu: “Aquele que usou de misericórdia para com ele”.
Então Jesus lhe disse: “Vai e faze o mesmo”. (Lc 10, 25-37).
E nos tempos de hoje, quem é o próximo do homem que foi
assaltado? A postura do samaritano contém o centro do ensinamento de Jesus: o
próximo não é apenas alguém com quem
possuímos vínculos, mas todo aquele de quem nos aproximamos. É todo aquele que
sofre diante de nós. Não é a lei, o medo,
a violência, o egoísmo que estabelecem prioridades, mas a compaixão e a
proximidade que impulsionam a fazer pelo outro aquilo que é possível, rompendo
dessa forma, com a indiferença e a
insensibilidade tão presentes nos dias de hoje.
Cristo nos faz entender que não somos nós, com base em nossos
critérios, que definimos quem é o próximo e quem não é, mas é a pessoa em
situação de necessidade a quem devemos reconhecer como próximo, isto é, usar de
misericórdia para com ela.
Ser capazes de sentir compaixão: essa é a chave. Essa é a
nossa chave. Se, diante de uma pessoa
necessitada, você não sente compaixão, o seu coração não se comove, se
endureceu significa que você se deixou
levar pela insensibilidade, pelo egoísmo
e esqueceu que a capacidade de compaixão se tornou a medida do cristão, ou melhor
do ensinamento de Jesus.
No Brasil, o exemplo de compaixão e de misericórdia de uma
samaritana comprometida com a vida foi a baiana Maria Rita de Souza Brito Lopes
Pontes, nascida em 26 de maio de 1914 e
falecida em 1992, aos 78 anos, conhecida por todos como Irmã Dulce e canonizada como
Santa Dulce dos Pobres, inspiradora desta Campanha da Fraternidade. Com uma
vida dedicada ao cuidado dos pobres, dos
doentes e abandonados, das famílias de operários, dos desempregados
e marginalizados.
Ela é modelo de santidade com o carisma missionário e
cuidadoso em nossas vidas de uma vida doada
e comprometida com os mais necessitados. Que ela nos ensine a compaixão
e o cuidado com o nosso próximo mais necessitado. E que cada um de nós, paroquianos
de São João Eudes, possamos viver este carisma de cuidado aos pobres e
marginalizados inspirados em irmã Dulce, mas também em São João Eudes, nosso padroeiro que, durante os anos de 1632 a 1676, na
França, promoveu numerosos missões, evangelizando e cuidando dos pobres e
excluídos do seu tempo. Finalizou o comentarista Diomar na celebração das 18hs30min. de
ontem, na Capela Nossa Senhora da Libertação, presidida pelo padre Santino Sacramento. ( Fotos das Capelas Nossa Senhora da Libertação, Nossa Senhora do Perpétuo Socorro e Menino Deus - Matriz)
PROGRAMAÇÃO
Afora a abertura da Campanha da Fraternidade 2020,a Paróquia cumpriu uma programação na Quarta-Feira de Cinzas, começando às 9 horas da manhã e encerrando às 12 horas, com louvor, oração eudista coordenada pelos seminaristas, e os padres confessando. Em seguida, houve uma pregação do padre Santino com o tema: Jonas o profeta rebelde, Adoração ao Santíssimo Sacramento, conduzida pelo padre Juan Carlos, finalizando com uma celebração penitencial conduzida pelo padre Santino.
Na sexta-feira, dia 28 de fevereiro, foi realizada a Via Sacra, na Igreja Matriz, às 18 horas, e voltará a acontecer todas sextas-feiras, até o dia 3 de abril.
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