quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

MISSIONÁRIOS DA COMUNIDADE SHALOM SEERÃO ORDENADOS DIÁCONOS AMANHÃ




O tempo do diaconato marca a vida de um sacerdote. É quando o novo ministro passa a se voltar ainda mais para o serviço.


Passo importante rumo ao Sacerdócio, o diaconato constitui a configuração profunda com Cristo Servidor. Esse grau sacramental será concedido a nove missionários da Comunidade Católica Shalom na próxima sexta-feira, 21, em celebração realizada na Catedral Metropolitana de Fortaleza (CE). O momento é de imensa alegria para os eleitos, para a Comunidade, para a Igreja local e, é claro, para todo o povo de Deus.
Padre Denys Lima, responsável pela formação dos sacerdotes, explica que o tempo do diaconato marca a vida de um sacerdote. É quando o novo ministro passa a se voltar ainda mais para o serviço. Sobre os novos diáconos da Comunidade, Padre Denys esclarece aque eles já servem o povo como missionários, mas agora devem se dedicar a uma missão específica por meio da celebração de sacramentos e da atenção aos mais necessitados, aos mais pobres.
Cristo Servo
O Documento de Puebla (1979), que reúne as conclusões da 3ª Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano, define o ministério diaconal da seguinte forma: “O diácono, colaborador do bispo e do presbítero, recebe uma graça sacramental própria. O carisma do diácono, sinal sacramental de “Cristo Servo” tem grande eficácia para a realização duma Igreja servidora e pobre, que exerce sua função missionária com vistas à libertação integral do homem” (nº 697).
Mas o que um diácono faz?
O diácono recebe sua missão por meio da imposição das mãos de um Bispo. A celebração da Palavra e a administração de alguns sacramentos, como Batismo e Matrimônio, são algumas das atividades que o ministro pode realizar. Quando ordenado, ele passa a pertencer ao clero e sua consagração é a via pela qual servirá à Igreja.
7 perguntas e respostas sobre o ministério do diaconato


Existem dois tipos de diáconos: o diácono transitório e o diácono permanente.

1 – O que é diaconato?
Diaconato é o primeiro grau do Sacramento da Ordem. Os outros dois são o presbiterato e o episcopado, portanto, diáconos, presbíteros e bispos compõem a hierarquia da Igreja.
As mãos lhes são impostas para o ministério e não para o sacerdócio. Com a ordenação o diácono deixa sua condição de leigo e passa a fazer parte do clero. Esse Sacramento imprime caráter, que o faz diácono por toda a eternidade. Não há como retroceder.
2 – O que é o diaconato transitório e o diaconato permanente?
Existem dois tipos de diáconos. O diácono transitório é aquele que recebe o Sacramento da Ordem no grau de diaconato para depois receber o segundo grau e tornar-se presbítero, ou padre, conforme costumamos dizer. O diácono permanente sendo casado não pode ascender ao grau superior, ficando permanentemente como diácono.
3 – Quais as funções do diácono?
Diaconia quer dizer serviço, então o diácono é ordenado para servir. Faz parte do ministério do Cristo Servo, que veio para servir e não para ser servido. A Lumem Gentium diz que servem o povo de Deus na Diaconia da Liturgia, da Palavra e da Caridade (LG 29). Na Liturgia Eucarística, o diácono tem funções próprias: servir o altar, proclamar o Evangelho, convidar para o abraço da paz, purificar os vasos sagrados e fazer a despedida. Deve, ainda, incentivar a participação correta e efetiva da assembleia na Divina Liturgia.
4 – O diaconato é coisa nova na Igreja?
Não. O diaconato foi instituído pelos apóstolos. Podemos ver em Atos 6, 1-6 a imposição de mãos sobre os primeiros sete diáconos: Filipe, Prócoro, Nicanor, Tímon, Pármenas, Nicolau e Estevão, que foi o primeiro mártir (At. 6, 8-7,60). Podemos, ainda, ver outras referências como Fl 1, 1 e 1 Tm 3, 8. Permaneceu florescente na Igreja do Ocidente até o século V, depois por várias razoes desapareceu.
5 – Quando foi restabelecido?
Foi restabelecido pelo Concílio Vaticano II. Inicialmente foi regulamentado pelo Papa Paulo VI, em 1967 no Motu Próprio Sacrum Diaconatus Ordinem. Em 31 de março do mesmo ano, foram promulgados pela Congregação para o Clero as Normas Fundamentais para a Formação dos Diáconos Permanentes e O Diretório do Ministério e da Vida dos Diáconos Permanentes. Estes documentos deixam explícitos que a restauração do diaconato permanente numa nação não implica a obrigação da sua restauração em todas as dioceses. Compete exclusivamente ao Bispo Diocesano restaurá-lo ou não.
6 – Porque a estola do diácono é diferente?
A estola do sacerdote desce verticalmente ao longo do corpo, pois age in persona Christi. O ministério do diácono é voltado para o serviço à comunidade. A estola atravessada no peito mostra a horizontalidade de suas funções.
7 – O que é necessário para se tornar diácono permanente?
As normas da Igreja fazem algumas exigências: a formação deve durar pelo menos três anos (no mínimo mil horas) e deve conter obrigatoriamente Teologia Bíblica, Dogmática, Litúrgica e Pastoral; o candidato deve estar casado no mínimo cinco anos; tem que ter pelo menos 35 anos. Vida matrimonial e eclesial exemplares. Autorização verbal da esposa, no momento da ordenação e por escrito, arquivada no processo.
Todas as dioceses têm normas específicas, exemplo: segundo grau completo, situação econômica estável, indicação do pároco, entrevistas com o Bispo (inclusive esposas), idade superior a quarenta anos, retiros espirituais a cada seis meses para que se possa meditar sobre sua vocação; estar intimamente ligado a uma paróquia, onde venha prestando valiosos serviços; complementar seus estudos com Teologia Moral, História da Igreja, Direito Canônico e Mariologia. Ser homem de oração e assíduo aos sacramentos.
Conheça o ministério do diaconato permanente


Conheça os novos diáconos Shalom
Da esquerda para a direita: Michel Bastos, Ticiano Cavalcante, Jonas Xavier, Vitor Bomfim, Francisco Antônio, Franco Michel, Ramilson Silva, Thiago José e Vicente Junior.


Fonte: Shalom

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